sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

CAMAS DO PROTAL SORTEADAS

A polémica em torno da distribuição das camas parece estar agora a obter ‘fumo branco’ por parte das autarquias, ainda que com cerca de um ano de atraso relativamente à altura em que estas tinham de lançar os concursos públicos para a construção nos Núcleos de Desenvolvimento Turístico (NDT) previstos no Plano de Ordenamento Regional.

Curiosamente, este mapa da ocupação turística do território viu a luz do dia uma semana depois de o Governo ter decidido atribuir unicamente às autarquias a gestão dos Planos Directores Municipais (PDM).

Os municípios acabaram por recorrer à mediação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve que agora apresentou a distribuição pelos diversos concelhos.
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Alcoutim, um dos concelhos mais deprimidos da região e que tem actualmente uma capacidade de alojamento de apenas 4.776 camas, é o único autorizado a lançar concurso para três mil camas turísticas, enquanto que a Portimão, Albufeira, Lagoa e Vila Real Santo António apenas lhes foi atribuído um valor mínimo de 600 camas.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR) adiantou à Lusa que os 16 autarcas algarvios podem a partir de hoje lançar os concursos públicos relativos ao investimento turístico nas NDT.

A CCDR/Algarve reuniu hoje com os autarcas algarvios e a maioria dos edis não colocou entraves à proposta da distribuição das 24 mil camas turísticas nos 16 municípios, segundo o responsável da CCDR.

"Embora com reservas do ponto de partida do Plano Regional de Ordenamento do Território para o Algarve (PROT Algarve), nomeadamente o limite das 24 mil camas, o método utilizado não foi questionado e houve consenso quanto à necessidade de se avançar com os concursos", declarou João Faria, salvaguardando que em 2010 "há o compromisso de reunir" para reavaliar os investimentos.
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Os municípios que já possuem mais oferta hoteleira e de turismo residencial são os que vão receber menos, ou seja, 600 camas turísticas. Este número abrange Portimão, Lagoa, Albufeira e Vila Real Santo António. Recorde-se que no entanto, para estas zonas foram aprovados, mas não construídos, diversos empreendimentos, que não entram nas contas de dividir do PROT.
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Camas podem vir a ser "ajustadas”

Contudo, a proposta da CCDR/Algarve "não tem carácter vinculativo" e as propostas podem vir a ser "ajustadas" através da margem de variação de 10 por cento prevista no PROT Algarve. Recorde-se que, de acordo com a regulação do PROTAL está previsto um máximo de 300 camas por cada Unidade Territorial (litoral, barrocal e serra), número que, quando toca ao território dos concelhos, poderá ir de 600 a 3 mil camas.

O cálculo das camas a distribuir em cada um dos 16 municípios algarvios foi feito proporcionalmente à área livre de condicionantes que dispõe em cada Unidade Territorial (UT) definida em sede de PDM.

Procura maior que a oferta
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Depois de dois anos de falta de consenso sobre a distribuição das 24 mil camas no Algarve, o que os autarcas contestam é o limite imposto pelo PROT, que significa um incremento de 4% de mais camas no Algarve, nos próximos cinco anos.

*com Lusa


Comentário FORUM ALBUFEIRA

Aprovadas em sorteio, 600 camas para Albufeira, desconhecemos, no entanto, quantas reivindicava o Executivo camarário.

Profundamente massacrada com as camas particulares, que apenas dão vida à cidade durante 3 ou 4 meses por ano, que consubstanciam a estratégia adoptada de fazer receitas através dos impostos camarários e agora se revelam incapazes de movimentar a vida social e económica da cidade, Albufeira tem absoluta necessidade de investimentos em estruturas hoteleiras de elevada qualidade que tragam turistas que viajam em qualquer altura do ano e têm grande poder aquisitivo.

2 comentários:

Anónimo disse...

queremos hoteis e não mais moradias porque os hoteis ou estão ligados a cadeias t^m muita agressividade na busca de clientes ou estão ligados a associações que conseguem em conjunto mais resultados.
A cidade tem falta de vida no inverno e os hoteis sempre trabalham melhor.

Anónimo disse...

Mais apartamentos caros não