terça-feira, 17 de abril de 2012

Pelo derrube do Governo PSD/CDS! Por um Governo de esquerda, democrático e patriótico!


Que legitimidade para este Governo?

 As circunstâncias históricas de acumulação das políticas de desastre nacional, que timidamente alguns sectores europeus vêm reconhecer (?!) foram erradas, criaram o actual contexto de dívida fraudulenta em favor dos interesses internacionais, com o imperialismo alemão à cabeça.
Com a chegada da hora de reclamarem os dividendos, porque os riscos de incobrança atingiram o limite, estes interesses que esvaziaram a nossa economia e a puseram de joelhos, numa balança de deve e haver insustentável, rapidamente criaram os meios externos de pressão e os internos para a saída de cena do P”S”, para dar lugar, simultaneamente, ao pagamento e ao velho sonho da direita clássica, de um presidente, um Governo e uma maioria. Só não contavam com o bónus de atrelar o P”S”!
Para a engenharia estrangeira que fabricou a estratégia de endividamento de Portugal, as condições políticas reunidas não podiam ser mais favoráveis. Faltava a estratégia do pagamento da dívida ser associada à redução dos custos do trabalho, da despesa pública com a população e a colocação no mercado para exploração privada, o que resta dos activos de criação de riqueza nacional.
Quando Passos e Portas iniciaram a sua campanha para ludibriarem a população e chegar ao poder, tinham em mãos as ordens dos credores. E o mesmo é válido para a derrota do P”S”.
A perda de soberania e todas as medidas aplicadas, de fortalecimento do grande capital, do roubo dos salários e subsídios ao Código do Trabalho, passando pelas falências fraudulentas e pelos despedimentos, tudo foi acertado ao pormenor pelo novo Governo de traição nacional, o falso partido socialista e as ordens externas.
A realidade que hoje vivemos em termos de estruturas do poder, é que o Governo PSD/CDS propõe, a maioria parlamentar aprova, o P”S” abstém-se, a dita esquerda que vende ilusões parlamentares faz a caramunha, o presidente promulga e o povo que engula. Digamos que a burguesia construiu o quadro perfeito.
Cavaco Silva vive na felicidade do cumprimento e da obediência, ignora a mentira original atirada ao povo e não hesita em usar as prorrogativas para que o Governo e o P”S” cumpram a missão.
Os trabalhadores, os desempregados, os reformados, os pequenos e médios empresários e as famílias clamam, mas Cavaco Silva não ouve. “Tudo o que está a ser feito é para bem do país, porque é preciso pôr as contas públicas em ordem”, repete.
Nunca os campos estiveram tão demarcados. De um lado o povo que não contraiu qualquer dívida em seu proveito e, no outro, todos os matizes que nos governaram para a falência.
Portanto, Cavaco Silva como Presidente da República reconhece legitimidade às políticas e nada fará contra o Governo que apoia.
Cabe ao povo tirar as suas ilações e organizar-se para a acção. Cabe ao exército de trabalhadores, dos desempregados, jovens sem futuro, homens e mulheres deste país, revoltarem-se conta a exploração desenfreada a que nos querem sujeitar.


Luis Alexandre



  


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