quarta-feira, 25 de abril de 2012


O 25 de Abril continua a dividir

Militares reformados, Soares e Alegre fazem birra

 O golpe militar do dia 25 de Abril de 1974, que alguns oportunistas de uma falsa esquerda insistem em chamar de “Revolução dos cravos”, tem vindo a diluir-se na sociedade portuguesa com cerimónias de fachada, a maior das quais e pelo simbolismo, realizada no interior do parlamento do regime burguês de exploração do povo, instalado no país.
Os cavalheiros de armas e os outros protagonistas da política, depois de alimentarem as farsas anos a fio até aos últimos dias, rematam uma demarcação com a política do actual Governo do PSD/CDS, deixando de fora do seu repúdio os Governos de Sócrates que aprofundaram os factores de crise.
Se o 25 de Abril de 74 foi um golpe de pura natureza militar que até escolheu um general fascista para a transição do poder, tudo o que se passou nas ruas com o povo em massa a reclamar mudanças profundas, acabou por lhe dar uma direcção revolucionária a que os militares, até provavelmente divididos ou impotentes, se associaram.
Se os donos do golpe de Estado e os políticos que sempre quiseram mascarar as coisas por interesses estratégicos agora dizem que nos desviámos dos objectivos, fazem-no de uma forma hipócrita, quando estes assistiram ao desmantelamento da economia e finanças do país cujos custos são agora descarregados sobre o seu povo.
Os resquícios do MFA querem restaurar o seu papel ao mesmo tempo que não valorizam o papel da acção de revolta do povo português e a sua bravura em pretender construir um país de igualdades e desenvolvimento.
Os que hoje reclamam e apenas fogem de um acto de pompa farsante, se têm razão em atacar este Governo de opressão e subserviente aos interesses estrangeiros, têm atrás de si um oceano de encobrimentos e até de apoios a outros Governos que puseram pedra sobre pedra no estado a que o país chegou.
De certeza que não é por aqui que o povo deve construir a sua independência e prosperidade. Os tempos vão-se aclarando, como as opções de cortar estes males pela raiz.

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