As traições acumuladas
Os
resultados agora apresentados, na extensão do seu dramatismo e não têm
fim à vista, são o reflexo das ilusões dos comerciantes nos seus
dirigentes associativos que se mancomunaram com as más opções do poder.
O
executivo de Portimão, a força política que o suportou e as que nada
fizeram para travar as decisões de excesso de oferta de grandes
superfícies, são os principais responsáveis pela degenerescência dos
pequenos negócios e da qualidade do emprego.
Sempre
à procura de receitas e em obediência a ordens centralistas, o poder
local de Portimão permitiu o excesso de oferta da grande distribuição
que atingiu taxas muito elevadas em termos europeus e os resultados
estão à vista.
A
crise financeira que se instalou por via fraudulenta e que está a roubar
os salários dos trabalhadores, provocou a maior quebra do poder de
compra depois do 25 de Abril e, este Governo do PSD/CDS, apesar das
promessas que afinal eram mentiras, não pára de agravar.
Estes
dados sobre o município de Portimão têm extensão ao conjunto da região,
onde a situação é igualmente desastrosa. De barlavento a sotavento, as
falências e o desemprego não dão tréguas e o Governo do país não tem
quaisquer planos de intervenção.
Mudanças?
Não vão haver porque as forças que nos trouxeram a esta situação só
querem salvar a pele e que paguemos a chamada dívida pública.
Para
mudar este curso de afundamento, também temos de mudar as consciências e
as atitudes. No caminho das ilusões, só estaremos a salvar a pele de
quem nos enterrou nesta crise. Só há duas vias: ou amouchamos ou
combatemos quem nos quer afundar!
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