Assembleia Municipal de Albufeira
Uma proposta de regulamento divisionista e injusta
O texto da proposta que ontem esteve inscrita na ordem de
trabalhos e adiada à última hora por um ano, é considerada pelos comerciantes e
pela única associação presente – a ACOSAL -, de inaceitável, porquanto introduz
um princípio de limpeza dos espaços de ocupação de rua pelos comerciantes do
comércio tradicional em proveito dos bares e restaurantes, cujas associações
ACRAL e ARESHP aprovam.
O regulamento tenta entregar os espaços públicos ao usufruto
de quem tem restauração e bebidas, enfiando as lojas para o fundo de um escasso
metro e meio proposto, insistindo em erros que nasceram no desenho da intervenção
Polis/Câmara, que deu de bandeja espaços largos de um lado das ruas e avenidas
e desvalorizou o outro. Este mau princípio pode ser verificado nas Avenidas 25
de Abril e da Liberdade.
O texto apresentado pelo executivo municipal determina a
divisão explícita a favor da visibilidade dos bares e restaurantes, fazendo
encolher os demais negócios e não abrindo qualquer parágrafo de excepção para a
possibilidade de análise e diferenciação que tem de haver entre zonas ZAC, ruas
com trânsito automóvel e as várias medidas de passeios.
A ACOSAL nunca aceitará a injustiça que estava para ser
aprovada e a sua presença em força na reunião pública de Câmara e na assembleia
municipal rodeada de comerciantes, é uma prova insofismável de que o assunto
tem de subir a outro patamar de discussão, onde já se percebeu a alienação das
outras associações, tendo o coordenador da ACRAL afirmado publicamente o seu
apoio à proposta da Câmara porque “pela Europa fora é assim”!
Albufeira é uma cidade turística e tudo tem que ser analisado
neste prisma. Olhando e interpretando o terreno, a forma de o usar, em respeito
pelos interesses de todos mas nunca num pressuposto de filhos e enteados.
FORUM ALBUFEIRA
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