quinta-feira, 28 de julho de 2011

política à moda de albufeira


Entre a prosperidade e o fosso, identificam-se os caminhos da gestão política.

A cidade de Albufeira, que hoje é uma localidade que se entregou aos prazeres teleguiados da descaracterização e não passa de um aglomerado de caixotes, de ruas curtas no espaço e na visão e grandes na especulação, deixou de ter personalidade e luz própria para continuar a vingar no competitivo mundo turístico. A marca Albufeira vale pelo curto período de sol e praia, fundamentalmente fora da frente de mar da cidade.

PS e PSD são os teleguias desta derrocada. No poder ou fora dele, os dois siameses cavaram o nosso empobrecimento. Do chico-espertismo do xufrismo ao desiderismo, o concelho de Albufeira destruiu uma boa parte da sua beleza e deixou que um conjunto de interesses saloios se instalassem e a transformassem num grande bordel turístico. A bagunça com o ruído, o tráfico e consumo de droga e os desacatos ainda são apoiados oficialmente… numa cidade vendida como de diversão…

De vila piscatória rodeada de uma beleza invulgar que fez fama e tinha condições para se sustentar por séculos, com a entrada em cena e consolidação dos falsos arautos do “socialismo” de pacotilha e os sociais-democratas do saudosismo fascista, passou a mais uma urbe “moderna” que matou a arquitectura e as linhas tradicionais pela fusão do aproveitamento dos bolsos com a estupidificação dos espaços e das pessoas.

A marina, o cerro do Bem-Parece, as Areias, a Av. Sá Carneiro, a destruição dos Salgados e o caos dos Olhos de Água, com o Programa Polis/Câmara como o expoente, são retratos das políticas lacaias dos interesses que procuraram Albufeira para especulação e enriquecimento, deixando os problemas futuros para as costas da população.

Casos como os abusos da Urbanização das Texugueiras são muitos, que se protegem no arrastamento cúmplice para a figura das prescrições ou dos direitos políticos dos prevaricadores.

Ainda a ferver e já na preparação do embate autárquico de 2013, assistimos a um debate entre amigos (Gracias Fernandes, engenheiro chefe de divisão na Câmara e Fernando Anastácio, recandidato à autarquia), sobre despesismo e falhas de governação, com base numa obra concreta (quando os palcos de seriedade trariam à cena muitas outras).

Questões como os custos dos lixos e do pavilhão de luxo para consumo interno, não arrebatam as várias “oposições” que sobrevivem de laivos de intervenção à espera das farsas das disputas eleitorais.

Albufeira tornou-se num charco político, com muita gente a enriquecer à custa da chancela do poder e como no prato cheio comem os dois principais partidos, a impunidade continua o traço comum.

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