Desidério… o estadista
Até a insegurança serve para engordar o ego. A dimensão da pobreza do seu desabafo no”CM”, é tão grande como a gravidade dos problemas.
Resguardado na cor do novo poder central, o presidente da Câmara do concelho com o maior índice de degradação social e económica do Algarve, abandonou o “choradinho” de que não o ouviam em Lisboa, enquanto os assaltos se multiplicavam e endureciam em Albufeira e substitui-o pela barbaridade de que estes assuntos não se tratam na praça pública (só os criminosos é que a podem usar).
Querendo fazer passar uma imagem… de estadista, deixou que os problemas chegassem às mortes e ao sentimento de insegurança generalizado. A criminalidade que ajudou a encobrir com o Governo P”S”, quase triplicou!
Mas com a pomposidade da vinda do novo ministro dos crimes e das polícias e o comandante-geral da GNR ao concelho para anunciarem uma subida de patente na chefia e o reforço de efectivos, Desidério Silva faz da ocasião a oportunidade para um “lifting” de face sobre as suas co-responsabilidades passadas.
A incapacidade de se impor no passado foi em nome da imagem do Algarve, enquanto os problemas se agravavam e a imprensa nacional e estrangeira não deixavam de fazer o seu trabalho - informar. Todos conspiravam e só ele se recusou, escamoteando o uso da força… institucional do cargo.
Os políticos chinelo da nossa praça, mais preocupados com as suas carreiras e responsáveis pela degradação generalizada da região, pelo desgaste da imagem do Turismo e pela falência de uma boa parte das autarquias, querem-nos fazer embarcar na ideia das soluções tipo “Harry Potter”.
Se medidas reorganizativas de segurança se impõem, as sociais e económicas são imperativas. O crime combate-se na prevenção e repressão mas a queda de cada vez mais franjas na pobreza, são um barril municiador da desestabilização.
A vinda do ministro de fresco no lugar é apenas mais uma manobra de diversão para local e inglês ouvir. O que vão decidir (mais protecção para grandes interesses privados e de imagem e o resto…) são cócegas e afasta-se do essencial.
O Algarve precisa, não da vinda sectorial de um ministro mas de um Governo que se preocupe com um plano de solvência, combate ao desemprego, de recuperação da actividade económica e criação de riqueza.
Com a recessão que ao invés estão a preparar como resposta imposta de acção global sobre a crise e que no Algarve terá efeitos ainda mais devastadores do que os resultados dos PEC, no futuro do nosso descontentamento não há ministro nem Governo que valha…
Receamos que o tempo nos dê razão…
FORUM ALBUFEIRA
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