segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O Fim de ano pãozinho sem sal


Albufeira necessita de melhor cartaz. O Fim do ano raiou a desilusão esperada.

Os critérios que estiveram subjacentes à organização, que são de todo inaceitáveis para um concelho que vive exclusivamente do Turismo, apoiaram-se em razões economicistas e na excessiva valorização do papel da televisão.

Para a cadeia de televisão que veio montar o seu espectáculo, os objectivos foram alcançados. Tinha o seu público por trás do ecran assegurado e juntou-lhe o toque de uma pequena multidão.

Para o concelho de Albufeira, onde estão em causa os seus interesses económicos, nem todo o suporte televisivo predecessor conseguiu produzir os efeitos exigíveis.

As cerca de 25 a 30 mil pessoas que visitaram a baixa no dia 31 e não nos esqueçamos que só o concelho tem mais de 60 mil habitantes, tendo-se muitos deles misturado com os visitantes, não são um resultado minimamente satisfatório.

Entre os visitantes, na maioria jovens pouco abonados e que chegaram num autocarro e partiram noutro, são uma parte da massa que faz número e acrescenta entusiasmo, muitos deles vieram pela folia e não pelo cartaz e ficam naturalmente aquém das expectativas financeiras.

De estrangeiros nem vale a pena falar, porque o cartaz passou-lhes completamente ao lado. Nem o tardio anúncio de uma passagem de Mariza pelo palco os mobilizaria e vindo de fora muito menos.

Uma ausência muito notada e em contra-ciclo com os anos anteriores, foi a dos espanhóis. E foi precisamente em Espanha que o executivo fez acções de divulgação variada, o que vem provar a falta de atributos de interesse do cartaz para justificar as opções dos nossos vizinhos.

Os atrozes números adiantados de cima do palco, que para a cadeia de televisão pouco adiantavam ao espectáculo e não lhe trazem responsabilidade, só permitem avaliar a agonia oficial nos bastidores que os sopravam. A mensagem ficou entre os milhões do sofá, portugueses, quiçá aqueles que não gozam ou não poderão gozar férias.

Ao executivo só lhe cumpre assumir as responsabilidades por inteiro.

Recordemo-nos que a marca Albufeira obteve os seus melhores resultados com a apresentação de artistas de topo, no auge naquele momento ou criteriosamente escolhidos para serem apreciados dentro e fora do país, por nacionais e estrangeiros.

Ao executivo PSD compete-lhe trabalhar no assunto desde já e interiorizar que esta é uma promessa sua, indispensável ao lançamento da marca para a época seguinte e que não se pode rebaixar a argumentos de razão financeira.

Sem esforço não há compensação e a marca Albufeira requer as duas coisas.

FORUM ALBUFEIRA

4 comentários:

alpha disse...

Sem deixar de concordar em alguns (muitos) pontos, quantas vezes já entraram em contacto com os gabinetes do Município para sugerir eventos e/ou espectáculos?

Falar é fácil meus caros, mas fazer melhor é muito difícil. Até nem achei mal o aproveitamento deste programa para a nossa cidade, visto que me parece que pelo menos não foi preciso a loucura de orçamento apresentado em anos anteriores.
Queria apenas lançar um tema que achava interessante ser discutido:

Qual é a razão que afasta a feira medieval do Castelo de Paderne? Não compreendo como se pode fazer um evento daqueles, que se quer grande e que crie tradição, num singelo parque de estacionamento de um campo de futebol. Já é hora de abrirem os olhos!

alpha

Anónimo disse...

voces neste blog já nem sabem o que dizem,

uma excelente passagem de ano, e vocÊs continuam a escrever patranhadas???

Anónimo disse...

Meu Amigo,

meio milhão de euros não é uma loucura! é uma barbariedade
Você vive em que mundo?

Anónimo disse...

Para quem não esteve na baixa de Albufeira na passagem de ano, talvez desconheça realmente o que se passou.
Aí poderemos desculpar as bacuradas postas a circular, que para bem da verdade não chegam a muita gente ultimamente.
As milhares de pessoas que circularam na baixa de Albufeira, cuja estimativa ronda os 100 mil (segundo informação via SIC).
Presumo que talvez se excederam nas previsões, mas que estavam mais de 80 mil isso estavam, é uma questão de comparar com os anos anteriores.
Para quem teve a pachora e coragemde de estar aberto para atender essa malta rapioqueira, esses sim estão a esfregar as mãos e desejando que para o ano novos Idolos aparecem.
Eu pela minha parte dou os parabens á CM de Albufeira e á equipa que teve a coragem de trazer para Albufeira este programa de passagem de ano.
Quantas câmaras do Algarve e não só não desejariam ter um programa destes por este preço.
Por isso mais uma vez os meus parabéns, porque, quem ficou a ganhar foi mais uma vez ALBUFEIRA e isso para mim basta...::
Um abraço
A.Saraiva