sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Uma população cega...

As moscas não largam Albufeira


De ano para ano, sobem os maus resultados das políticas aplicadas pelos executivos PSD.

A sazonalidade não pára de ganhar espaço na proporcionalidade do que foi o crescimento exagerado da oferta baseada nos complexos de cimento, eixo fundamental do considerado desenvolvimento implementado pela autarquia.

A gula foi tanta que a exaustão está instalada. O sector da construção é o mais afectado, na completa paralisação, levando por arrastamento todos os outros, incluindo o orçamento camarário que vivia sobre esta almofada e na sua falta abate-se sobre a actividade económica sobrevivente.

Com a perda da procura e os conflitos com agentes transportadores de longa data, o panorama da cidade é o de um grande mar de moscas que não tiram o sono aos responsáveis políticos.

O definhar da actividade económica e o aumento desproporcional entre receitas e despesas enfrentados pela maioria dos agentes económicos, vão tornando mais cinzenta a sua funcionalidade, encurtando os períodos de emprego e as condições que acompanhados das medidas governamentais de cortes nos apoios sociais, exponenciam a cidade e o concelho ao aumento da criminalidade.

Os factos estão aí para o testemunhar mas o executivo não perde o seu rumo. Não tratou da segurança para a qual recorre a slogans de lamentações sobre visitas ministeriais improcedentes, não gera empregos e riqueza com ideias de requalificação e mais-valias estruturais e ambientais, mas já pediu ajuda aos que têm para abastecerem a despensa da Cantina Social, de que a Câmara é intermediária, em favor dos muitos desempregados e pobres com fome que incomodam os serviços camarários.

A dupla Desidério Silva em fim de carreira por via de lei e o seu futuro sucessor Carlos Silva e Sousa, principais responsáveis pela situação a que chegámos, não revelam qualquer despudor político como não param de agravar as condições de vida da população, com a introdução de um vasto leque de aumentos em taxas camarárias e introdução de outras novas.

Para além da ideia da Cantina, no plano social mantêm os bailes dos idosos, as excursões, umas dúzias de apoios nos arrendamentos, ultra seleccionados apoios escolares para o nível universitário, os subsídios para as associações amigas e acríticas e mais nada. O somatório não ultrapassa os 2% do orçamento.

Toda esta encenação num cenário de 100 milhões de orçamento, que excluindo o ano findo só tem crescido á base do aumento generalizado dos impostos, desde a longínqua primeira tomada de posse da mais famosa dupla de governantes locais.

Já o denunciámos por mais de uma vez: a Câmara engordou em contra-ciclo com o empobrecimento geral da actividade económica e da sua população.

E as moscas são cada vez mais de ano para ano!

FORUM ALBUFEIRA

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