segunda-feira, 29 de março de 2010

política à moda de albufeira (59)


O partido dito socialista, grande precursor da betonização de Albufeira e um verdadeiro exemplo de frentismo neo-liberal, que já reuniu muitos interesses à sua volta, é hoje uma sombra da abastança e do desperdício dos tempos de poder e um prato vazio para aqueles que chafurdam à sua volta.

A bagunça organizativa instalada e a desorientação política teve uma tentativa de solução com a entrada em cena desse produto de marketing, chamado David Martins, na altura deputado e homem de confiança das várias lideranças.

Com a bênção do decano tutor do partido no concelho, assumiu a liderança da concelhia e afirmou-se o candidato natural à Câmara. Redigiu a sua visão de programa, rodeou-se das velhas glórias da derrocada partidária e atirou-se às feras da competição eleitoral para sair em estado comatoso e ainda mais humilhante. Cremos até, que foi um dos piores resultados do partido no conjunto do país.

David Martins e o PS, ainda hoje não racionalizaram as razões da tareia e acharão, se é que se deram ao trabalho de fazerem análise pós-traumática, que tudo não passou de uma ingratidão do eleitorado.

Com o mandato de presidente da concelhia em finais e as feridas muito abertas, os semblantes, os praças e as suas ideias para qualquer mudança, estão embrulhadas num denso nevoeiro sem D. Sebastião à vista.

À volta da mesa estão os mesmos de sempre, nada de novo acontece a não ser a passagem dos dias vazios.

Uma nova concelhia, só pode a velha concelhia, com os mesmos pontos nos is e a recondução a preceito do mesmo presidente e da mesma corte. Até o texto do discurso vai repetir os mesmos horizontes, os que falharam e mais alguns que vão preparar os falhanços futuros.

Seis meses depois da sentença, o eclipse continua. Não há esperança para tanto silêncio e tão pouco futuro. Não quiseram cortar o mal pela raiz… porque doutrinariamente não há nada para mudar. Só as moscas.

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