terça-feira, 27 de março de 2012

Mudam os ministros, a mesma inércia



Agricultores contestam falta de respostas à seca





 Com uma grave seca em curso no país, os agricultores repetem as velhas queixas de falta de respostas atempadas que os deixam expostos aos prejuízos. Mudam os Governos e os ministros da pasta da agricultura, mas não mudam as práticas.

No Algarve, o cenário não foge ao protesto nacional e até é apelidado de tragédia. Um Governo em posse desde o princípio do ano passado, apercebeu-se da seca como os que a sofrem nos campos. Só tardiamente acionou os mecanismos de recurso aos apoios da UE, os mesmos que são dirigidos aos agricultores dos outros países membros.
A doutora Cristas, que fez ouvidos de mercadora sobre os apelos vindos do sector que dirige, não vendo uma pinga de água para os pastos e para as culturas, só em Março anunciou um dossier a levar junto da Comunidade.
Tal dossier, que prevê ajudas para muito depois dos factos arrasarem as economias dos atingidos, mostram a indiferença do Governo, a incompetência da ministra e o papel subalterno que Portugal ocupa nas decisões da Política Agrícola Comum (PAC).
A senhora ministra, conhecedora do descontentamento que lavra neste sector que dirige, decidiu, contudo, vir cortar a fita de um acontecimento aparentemente inofensivo, no Arena de Portimão e tem o pomposo nome de “Feira Algarve Genuíno”.
Vamos adivinhar que discurso fará: “O Governo PSD/CDS não é culpado da falta de chuva e nem da falta de dinheiro…”. A culpa é do Governo anterior que devia prever todas estas situações. Nós tardámos em reagir, porque esperávamos dia após dia que chovesse…, quando comprovámos que não chovia, resolvemos falar com os afectados para percebermos o que pretendiam…”


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