terça-feira, 13 de março de 2012

Ministro chamado ao Algarve...


Macedo: a segunda volta da impotência


Em menos de um ano temos o ministro a ser chamado à pedra por causa do aumento da criminalidade que coloca os interesses turísticos do Algarve em causa, relegando para segundo plano a actividade criminosa que lesa os cidadãos em geral da região.

O ministro desce sensibilizado pelo clamor das associações do sector que conjugaram vozes e têm razão, mas não passa despercebido a desvalorização das consequências da criminalidade em pessoas e bens fora da actividade turística.

O lobby do Turismo tem canais próximos do poder ao contrário da populaça, cujas queixas morrem na secretária dos postos de atendimento e têm de ser pagas.

O ministro, em Julho passado, ladeado do embaixador de Inglaterra, do comandante-geral da GNR e do inefável presidente da Câmara Municipal de Albufeira, assegurou medidas para a tranquilidade, que afinal redundaram no crescimento exponencial da criminalidade.

Como na altura denunciámos, as medidas securitárias, reforços ocasionais ou o folclore de mexidas em chefias, escondem os problemas de fundo do aumento da criminalidade que são todos de ordem social e económica.

Com a região no topo percentual do desemprego, com a queda abrupta da construção civil e a incapacidade pública central e autárquica em fazer investimentos, com a falta de dinheiro no mercado e até o aumento das portagens e dos bens de consumo, o frágil e super-dependente tecido económico entrou em espiral de colapso.

O Governo de Passos e Portas, obcecados pelo pagamento da dívida fraudulenta que o país foi acumulando pelas más gestões governativas, não escutaram os apelos das regiões e no caso do Algarve, não tomou as devidas precauções para evitar os efeitos perversos que a degradação social poderia provocar no sector do Turismo, nas suas duas frentes, a residencial e de visitas ocasionais
.
A visita anunciada para esta semana é mais um passo na artificialidade que caracteriza a acção deste Governo, que desistiu do país e do seu povo, para dar voz aos interesses dos mercados de especuladores que sugaram a nossa economia e finanças e nos impuseram uma troica de medidas que nos está afundando.

Este ministro, ou qualquer outro, tal como aqueles que o chamaram, fingem não perceber a natureza dos problemas e querem apenas que os seus quintais e os dos amigos do poder sejam minimamente protegidos.

Os próximos meses, dada a falta de planos de criação de emprego e riqueza em favor da população, encarregar-se-ão de provar o que afirmamos.

A criminalidade é um problema social mas, por razões de classe, nenhum Governo servilista do grande capital nacional e estrangeiro o entende. Temos de ser nós a fazê-lo entender, começando por participar na GREVE GERAL de protesto conta as políticas terroristas que nos vêm impondo!


Luis Alexandre


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