terça-feira, 28 de setembro de 2010

Temos uma polícia municipal xenófoba?

São muitas as queixas que se acumulam sobre os comportamentos de falta de corpo, de civilidade e de direcção da polícia municipal de Albufeira e, hoje, chegou-nos ao conhecimento uma sucessão de factos lamentáveis, que testemunham as críticas.

Junto aos depósitos de lixo da Av. da Liberdade, uma cidadã brasileira aqui residente há vários anos, que ali se deslocou para depositar alguns papelões e encontrando um cenário de muito lixo depositado ao redor, naturalmente por estarem cheios, foi abordada de forma ríspida por dois elementos da polícia, exigindo-lhe que colocasse todo o lixo que não era da sua responsabilidade, dentro dos moloques.

Com a justificada recusa da cidadã, já identificada pelo seu sotaque, os senhores guardas deram largas à sua falta de respeitabilidade que as suas funções exigem, ameaçando a cidadã de ser levada para o posto para averiguações.

Com o burburinho levantado e os comerciantes em redor e os transeuntes a observarem, também o companheiro foi alertado para o incidente e ao questionar o comportamento policial, foi desrespeitosamente tratado na primeira pessoa para lhe pedirem a identificação, que não possuindo consigo, provocou o descontrole destes policiais que passaram às ameaças misturadas com linguagem ofensiva, de ser deitado no chão e algemado.

Acabando por os meter no carro policial a caminho do posto, resolveram reconsiderar e conduzi-los a casa para apresentarem os seus documentos que comprovaram a legalidade da sua presença de vários anos em Portugal, sendo conhecidos como pessoas de bem e daí a revolta de quem presenciou a intempestividade policial.

Fica o alerta para o executivo municipal sobre o assunto, para que analise o programa de formação destes guardas, que já protagonizaram cenas pouco dignas no passado, não gozando de grande fama entre a população em geral, o que poderá aumentar a falta de receptividade em que outras pessoas se interessem em integrá-la.

Uma polícia municipal num concelho essencialmente turístico, obedece a regras sociais bem determinadas e de grande capacidade de integração no meio que têm de gerir.

O acto em causa, tem contornos altamente negativos, inclusivamente xenófobos, e que deveriam ser escalpelizados no seu interior para não se repetirem.

FORUM ALBUFEIRA

1 comentário:

Bibizinho disse...

Ah se soubessem o que eu sei, sobre um desses polícias chefe!!!
O povo tem um ditado: tal pai, tal filho! A fábula mantém-se, desde o avô que era guarda fiscal: tal pai tal filho (estejam atentos à escola, antigo ciclo preparatório); e agora, com este chefezeco de polícias, que nem a altura devida e exigida por lei tem, podemos bem dizer: tal avô tal neto! E no meio temos o papá a fazer os disparates que bem lhe apetece numa escola onde os prof's demonstram não ter "tomates" para lhe fazer o respectivo cerco.
Diga lá Ó Sr Presidente da Câmara: como ludibriaram o concurso do chefe de polícia ao escolher quem nõ tem os requisitos nacionais para o cargo?
O Sr ganha maiorias numa terra de cegos!