domingo, 6 de dezembro de 2009

O TEMPO E OS MEIOS DESPERDIÇADOS!


A passos largos do fim das mordomias financeiras da Europa (2013), Portugal continua a ser um País atrasado, inculto e dependente da inovação e do interesse dos investidores estrangeiros.

Em menos de três décadas, malbaratámos “as ajudas comunitárias”, e dando asas a maiorias absolutas de cores diferentes, estas não produziram resultados, como não inverteram as tendências suicidas de um modelo de nação habituada ao saque.

A queda da monarquia e as transformações sociais decorrentes da I Guerra Mundial, não introduziram nada de novo a não ser uma luta fratricida pelo poder, que conduziu ao despotismo salazarista e a uma exploração social de calibre terrorista, que afastou o País das novas correntes do pensamento e das técnicas de desenvolvimento emergentes.

Os cenários abrilistas, repuseram o poder da palavra, a liberdade de movimentos, a quimera do voto e um conjunto de regalias conquistadas a pulso e, quando reencontrado o equilíbrio entre o poder económico e o político, puseram de pé o actual modelo parlamentar, onde só meia dúzia voltam a decidir os destinos do País, na completa aquiescência dos seus pares a todos os níveis. De um modelo autoritário musculado, passámos a um modelo crescentemente lamacento, que afunda o País em despesismo, corrupção, desconfiança e, pior, vem perdendo todas as batalhas do crescimento e da modernidade.

O cavaquismo triunfante e de cofres cheios, caiu de redondo, porque o modelo se apoiava na propaganda e não na solidez das estruturas e dos investimentos, que se sabe hoje, ter celebrado contratos a prazo com os investidores predadores.

O socratismo, que pretendia ser um fôlego de nova geração, insistiu na mesma pose de homem salvação, acima das dúvidas, pondo a economia nacional a ferros, acabando “traído” pelo descambar do sistema, que servia com afinco e obstinação.

Uma atrás da outra, com incidentes de desperdício de poder pelo meio, a prosápia das duas maiorias sucumbiu e todas as metástases do corpo nacional estão em exposição, traduzidas na descapitalização aventureira e fraudulenta da banca, na fuga dos capitais multinacionais e no elevado endividamento do Estado, das empresas e das famílias, mostrando à saciedade as fragilidades das más políticas e das quais o interesse nacional estratégico esteve sempre arredado.

A caminho dos 40 anos da condenação pela força do salazarismo/marcelismo, o País, apesar das oportunidades e dos milhões usufruídos, está para a Europa na mesma proporção de atraso e sem um rumo definido. O que sabemos, é que estamos à beira da falência, deixam-nos estar na União Europeia e vivemos a felicidade de o seu último Tratado, ter o nome de Lisboa.

E no rol das boas notícias, temos os avisos de um velho amigo de Portugal -o FMI-, apontado como um organismo da confiança dos investidores e que anuncia a inevitabilidade do aumento dos impostos, num empurrão que funciona como natural ao Governo, enquanto assaca 1.060 milhões de euros do erário nacional para o seu reforço de fundos, deixando a economia portuguesa na falta desses meios financeiros para estancar as falências e o desemprego.

Já havíamos escrito que passadas as eleições, os portugueses iriam pagar a factura do aventureirismo financeiro e com a total disponibilidade do sistema político.

Luis Alexandre

2 comentários:

ó troilari ó troilaró da Galé disse...

Quem foi esperto abriu domingo e facturou à grande!

E que abram 3ª que tbem vão facturar à grande com a Espanholada!

Vão na conversa destes do forum e fechem pa chatear o Desidério, que nem se deve xatear é nadica de nada quer fexem ou estejam abertos... e vão ver o trambolhão nas registadoras...

Fiem-se na virgem fiem... e vêm o trambolhão que levam a fiar-se nestes.

Que trombose! pedirem aos comerciantes para n abrirem... ó xente!

Anónimo disse...

Os politicos não são todos iguais, uns piores e outros apoiantes do mal que está feito e será que têm soluções? Vai ficando cada vez mais dificil acreditar...