terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A ANMP E O FUTURO

in adf

O poder local esteve reunido em Congresso, não fugiu muito ao seu velho quadro de reivindicações e, mais uma vez, acabou por não ser ouvido pelo poder central.

A ANMP, tem consciência da necessidade de um novo modelo para o desenvolvimento do poder de proximidade, reclama novas competências e fundos, quer ser parte directa na aplicação das tranches do QREN mas, as suas perspectivas batem na indisponibilidade dos últimos Governos, das mesmas cores partidárias nela representadas.

Não sendo um dado novo, a regionalização esteve no leque de reivindicações dos autarcas e não será por acaso, porque muitos destes vêem nesta nova organização territorial e por arrastamento, uma saída política para a continuação das suas carreiras.

Realizado nas vésperas de um dos acontecimentos mais importantes do ano, a cimeira de Copenhaga, este Congresso da ANMP não lhe deu grande relevância, como se os municípios não tivessem um papel de liderança e exemplo locais para cumprirem, quer ao nível do seu contributo prático, como na definição de leis locais que apoiem e introduzam novas dinâmicas na construção autorizada e nos comportamentos dos munícipes.

A ANMP e a CIA/AMAL têm de ser parte deste processo, que é uma tarefa mundial e mais do que abordar o assunto, têm a obrigação de traçarem planos que dêem forma às poupanças energéticas e a novos comportamentos.

No entanto, do Congresso, um dos aspectos a que a imprensa deu mais destaque, foram as declarações públicas do presidente da mesa, Mário Almeida, no poder autárquico há 30 anos, que se "deveria realizar um referendo quanto à limitação de mandatos", a qual foi aplaudida pelos 1.000 congressistas.

Mais gratificante que as políticas ambientais e o papel das autarquias no combate à desertificação e à crise económica e social que voltamos a atravessar, é falar do futuro dos dinossauros da exuberância local nos diferentes patamares da organização do território.

São estas posições, que acabam por justificar o afastamento das populações da participação na vida local e, pelos vistos, dos primeiros-ministros...

Quanto às entradas de Manuel da Luz e de Desidério Silva como vogais da direcção da ANMP, concertadas pelos respectivos partidos, é o reconhecimento pelo trabalho destes autarcas em matéria de massificação, desordenamento e de perda de qualidade de vida dos respectivos concelhos.


FORUM ALBUFEIRA

4 comentários:

Anónimo disse...

Como diz a sabedoria e já Eça dizia:"Os políticos, tal como as fraldas devem ser mudados com frequência pela mesma razão"...Albufeira é o exemplo pragmático e está recheada e pronta a explodir de recheio há muito...

Sportinguista disse...

QUE GRANDE DÔR DE CORNO!

Anónimo disse...

os gajos das camaras querem é saber do tacho e o nosso amigo ddsiderio foi o ultimmo a acabar as palmas que acendeu-se a luzinha ao fundo só se o pais tiveese louco pzara voltar pra tras.

Anónimo disse...

Esta associação está cheia de tipos que não querem mudar nada no país e só falam de mais dinheiro e mais tempo para ficarem no poder.

Há tanta coisa com que se preocuparem e só falam mesmo é do que lhes interessa a eles.

Mas acabarem de uma vez por todas com casas sem água e luz, esgotos, caminhos alcatroados, tranportes para o trabalho e para as escolas disso não falam.