domingo, 1 de novembro de 2009

UM PAÍS DESCONCERTANTE!



Com a chegada do Outono e o fecho dos balanços do 3º trimestre da actividade económica e da época turística, que este ano coincidiram com a formação de um novo Governo, vão caindo no nosso conhecimento os números e as previsões para os próximos tempos.

Ao bom estilo da propaganda política de que o céu é já ali, o Governo aproveitou as décimas de aumento do consumo de Verão sobre os valores de crescimento negativo da economia, para lançar a palavra de ordem da retoma lenta, linguagem que não é acompanhada pelo governador do Banco de Portugal, que prefere chamar a atenção para o combate ao deficit, como condição a prazo para o relançamento da economia.

Os Bancos e o INE fecham as suas contas e a sucessão de factores macroeconómicos que nos são friamente apresentados, contrastam entre os valores fabulosos dos lucros dos primeiros, com os dados estatísticos das falências de empresas, o sufoco de uma boa parte delas e o consequente aumento do desemprego.

A economia clama por liquidez, em particular o sector mais flagelado das pequenas e médias empresas e os Bancos, que são co-responsáveis com os políticos pelo crash económico e financeiro do país, não participam no esforço financeiro e ainda se aproveitam do mercado para alimentarem a gula dos seus investidores.

Neste quadro de grandes dificuldades do país, em especial do seu mercado de trabalho e dos mais desfavorecidos, ainda se ouvem as poderosas e influentes Confederações patronais, a coberto das dificuldades de alguns empresários, rejeitarem a enormidade de 25 euros de aumento do miserável salário mínimo. O Governo, que sabe para que lado quer pender, refugia-se no silêncio cúmplice sobre um compromisso celebrado sob a sua égide.

Os triliões encaixotados nas off-shores, dinheiros roubados às economias reais dos países continuam intocáveis, quando se fossem injectados gerariam o emprego e a riqueza indispensáveis. Sobre esta situação, não saímos das declarações formais de uma resignação hipócrita, em que os responsáveis políticos de cada país se escondem atrás da estratégia europeia para a sua manutenção.

O Tratado de Lisboa, uma pseudo glória do umbigo de Sócrates, ainda vai concentrar mais poderes nos burocratas europeus e a hegemonia das decisões no eixo franco-alemão.

Os portugueses, são cada vez mais enterrados nos ditames macrocéfalos vindos de um poder distante e desconhecido, que nos coloca restrições e deveres sem que a qualidade de vida, traduzida em Justiça, segurança, salários, assistência médica e medicamentosa e reformas, atinjam os níveis dos nossos parceiros. Dizem que somos desqualificados, pouco inovadores e pouco produtivos, para justificarem os baixos salários mas não deixam de fugir ao fim das isenções fiscais concedidas.

Dos milhares de milhões injectados pela Europa, restam-nos as estradas, algumas escolas e equipamentos sociais mas, a nossa economia continua super dependente do investimento estrangeiro, porque os nossos empresários e algumas instituições bafejadas pelos fundos e em cumplicidade com os poderes políticos, não criaram as condições que se exigiam para o lançamento das bases de formação e inovação para a sustentação de sectores estratégicos vitais para a afirmação do país.

E esta crise não despertou o que de há de melhor no país, nada mudou nos comportamentos e preferimos adoptar as directivas europeias de incremento de políticas sociais circunstanciais, esperando que as economias mais fortes rompam a conjuntura negativa e relancem as outras que vivem na sua dependência, condição em que nos encontramos.

Continuamos um país adiado, onde os nossos responsáveis desfrutam da abundância de argumentos para prosseguirem as suas políticas de penalização do trabalho, em favor da apropriação da riqueza por uns quantos.

As políticas sociais europeias e as teorias de esbatimento das assimetrias, a existirem, ao fim de tantos anos ainda não chegaram a Portugal!


Luis Alexandre

3 comentários:

Anónimo disse...

Albufeira: Rapariga integra grupo que já terá feito outros assaltos violentos a turistas à noite
Jovem ‘caçada’ por roubo
Uma jovem, com cerca de 20 anos de idade, foi identificada pela GNR de Albufeira depois de ter sido reconhecida por um casal inglês que assaltou com o auxílio de uma cúmplice.

Segundo o CM apurou junto de fonte do Comando da GNR , o casal foi atacado na zona de Areias de S. João, Montechoro, anteontem de manhã, pelas duas jovens, as quais, com violência, roubaram um telemóvel e ainda uma carteira contendo documentos e dinheiro.

A jovem, N., foi ontem presente ao Tribunal de Albufeira. Quanto à sua cúmplice, estava ontem ainda a ser procurada pela GNR.

De acordo com a mesma fonte, a rapariga que foi identificada é suspeita de estar ligada a outros roubos violentos ocorridos em Albufeira nas últimas semanas. O último caso aconteceu há três dias na zona da Baixa da cidade, próximo dos bares. Outras situações semelhantes ocorreram próximo da Câmara, junto ao Modelo e na zona de Montechoro.

O ‘modus operandi’ tem sido semelhante em todos os casos. O grupo de jovens, entre os 20 e os 23 anos, escolhe turistas embriagados durante a noite e rouba-lhes todos os valores que têm em sua posse. "Quando as vítimas oferecem resistência usam facas ou partem para a violência física, até que os alvos fiquem inconscientes no chão", disse ao CM fonte da GNR.

PORMENORES

DISTÚRBIOS

Um grupo de jovens foi ontem identificado pela GNR de Albufeira, cerca das 21h30, por provocar distúrbios junto às Piscinas Municipais. O grupo atirou cadeiras e garrafas contra outro grupo que saía do espaço desportivo. A GNR de Albufeira actuou de imediato e identificou os jovens.

ASSALTO A GARRAFEIRA

Uma garrafeira situada na Rua Almeida Garrett, em Areias de S. João, Albufeira, foi assaltada na madrugada de ontem, cerca das 04h00. Os gatunos furtaram uma quantidade significativa de garrafas de bebidas e de maços de tabaco, cujo valor não foi divulgado.

Firmino Santos disse...

Com os políticos que temos é vira o disco e toca o mesmo e cada vez mais vai ganhando força que só temos a rua para protestar, o resto está montado para nos controlar.

TonyCurtes disse...

moss...
o 1º comentário mostra que sabe fazer copy paste do "correio da manhã"
o 2º em vez de apontar o dedo aos politicos,devia perguntar onde andam os pais ou questionar que tipo de educação e formação têm estes jovens