terça-feira, 3 de novembro de 2009

As teias que Albufeira tece...

DESIDERISMO RECONDUZIU HOMENS FORTES



O desiderismo/populismo, que vai deixar marcas no concelho para além das placas alusivas aos actos de inauguração e aos cheques distribuídos, teve nos agora reconduzidos chefes de divisão camarárias, um dos pilares da sua acção.

Duas destacadas figuras do regime local, incondicionais do poder, são o arquitecto Melo que detém o controle da divisão de Planeamento e Projectos e o engº Gracias Fernandes, que preside o Departamento de obras e serviços Urbanos.

Tudo o que de mau está feito em matéria de urbanismo e ordenamento, tem o dedo final do presidente e os conselhos abonatórios do famoso arquitecto Melo. Este homem, incontornável em qualquer aprovação de projectos privados foi, conjuntamente com Desidério Silva, o grande responsável pela falta de brilho e qualidade da arquitectura da cidade, tal como, não deixou de aprovar o que apareceu, em aproveitamento de todos os furos do PDM e da inexistência da complementaridade dos planos de pormenor.

Quanto ao super engº Gracias Fernandes, o tal do fechar de olhos sobre todas as asneiras do Programa Polis/Câmara e o proponente dos 10 milhões de acréscimo para entregar de bandeja à empresa dos lixos Cavacos SA, foi desde o primeiro momento uma escolha de Desidério Silva e por esse motivo um homem de mãos livres.

Está associado à falta de rede separativa na baixa, ao seu mau funcionamento, às inundações e a todas as avarias ocorridas nas estações de tratamento de águas do concelho, que para além dos inconvenientes para as populações, criaram problemas de imagem.

No Departamento de Finanças está uma figura do status, que convém ser dócil para continuar a apoiar e a cobrir a liberdade de execução sobre os recursos disponíveis.

O tridente reconduzido, é a almofada perfeita para o desiderismo acabar o seu trabalho de serviço às clientelas que, na prerrogativa legal do fim a termo certo, tem de ficar feito, sirva ou não os interesses de desenvolvimento estratégico do concelho.

Pelo passado e por tudo o que está anunciado ou omisso por razões tácticas, só temos razões de preocupação pela gestão dos cerca de 360 milhões do somatório de orçamentos de mandato e o seu uso para reforçar os tentáculos laranja nas instituições e sustentação dos planos dos interesses privados, sobre os interesses e necessidades da população.

O desiderismo renova as confianças, as fidelidades e com certeza muitas cumplicidades, indispensáveis para a caminhada final.


FORUM ALBUFEIRA

1 comentário:

Anónimo disse...

Um mestre de obras tem de ter pedreiros e serventes para as obras, verdade? e para pior já basta assim que tão bons resultados tem dado e ganham todos, verdade?