quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A INVENÇÃO DA "MARCA PADERNE"


(apresentada no discurso de tomada de posse dos órgãos autárquicos
)


A precipitação e a invenção continua a ser a imagem de marca do desiderismo.

De uma forma infundamentada e no entusiasmo do ar quente do grande ambiente de salão, Desidério Silva atira para a ribalta a criação da marca Paderne, apenas porque tem em carteira o lançamento do Museu do Barrocal, com a assinatura desse grande nome da arquitectura nacional, Siza Vieira.

Tal como uma andorinha não faz a primavera, também este Museu, de grande valor acrescentado, não faz da aldeia de Paderne, um centro cultural de referência.

É por isso que afirmamos, que este investimento da autarquia não faz de Paderne uma marca, nem tem sentido estratégico que assim deva ser.

Somos de opinião, que o concelho turístico de Albufeira seja vendido como um todo e não por fracções, que na realidade devem, cada uma pelas suas razões, contribuir para a afirmação da marca única de Albufeira.

A valorização harmoniosa das partes do concelho tem de ser um objectivo da acção governativa local e a promoção da sua interactividade, uma alavanca promocional e de rentabilização com efeitos colectivos.

Linha de costa e interior têm de ser ligados como duas valências de grande complementaridade, na perspectiva de uma puxar pela outra.

O disparate da afirmação, esbarra na falta de estruturas da aldeia de Paderne, que manifestamente é muito rica em beleza e voluntarismo das suas gentes mas, muito pobre em aspectos estruturantes como alojamentos, condições para a construção, cuidados de saúde, vida comercial e iniciativas empresariais.

Façam o prometido Museu do Barrocal e integrem-no na venda da imagem global do concelho, que bem precisa de novos produtos e valores de atracção e fixação de pessoas.

O concelho agradece!


FORUM ALBUFEIRA

3 comentários:

Anónimo disse...

Fujam que o blogue do engenheiro vem aí. Virá? e o que vai dizer do chefe?
que paderne vai ser a capital do concelho?

carlos

alpha disse...

Paderne... A minha terra. Merece mais do que tem tido, mas diga-se que as suas gentes não tem feito muito por isso. Acomodam-se e fogem para a capital de concelho. Lá existe o trabalho e a vida social. Mas e a vida em Paderne. Acredito que apenas com sangue jovem e com mais ideias se poderá fazer de Paderne uma freguesia condigna. Pode ser que com os projectos anunciados para o espaço da Facial tudo em sua volta cresça e floresça.

Quanto ao senhor Carlos do comentário acima, esteja descansado que o meu blogue não terá andamento. Porque neste momento encontro-me a formar-me, para quem sabe, poder ajudá-lo a si ou a qualquer um que me critica a ter ao seu dispôr equipamentos e infraestruturas melhores e mais aceitáveis.

Madeira disse...

Facial não é o povo de Paderne..! Se Paderne não cresceu foi só devido ao PDM. Confirme-me o contrário indicando geograficamente na periferia do povo onde se pode fazer um foco habitacional ou de comércio. Os jovens de Paderne que saiem de casa dos pais são obrigados a procurar casa noutras povoações. Na minha modesta opinião a camara de albufeira deixa muito a desejar e não aponto só o dedo ao desiderio, há lá muito flhdpt!