domingo, 7 de novembro de 2010

Soltas… o mundo cabe em Portugal


Não tínhamos Orçamento, tínhamos juros altos. Temos Orçamento os juros subiram! Logo o PSD foi enganado… ou enganou-se.

O governo de iniciativa presidencial funcionou na aprovação do Orçamento. A Drª. Ferreira Leite aplaudiu o Orçamento inevitável e o engenheiro sorriu.

A oposição do lado esquerdo da direita não esqueceu o slogan que os alimenta, dos trabalhadores e das famílias e disse não, imitando o voto de contestação da direita que se armou em esquerda.

Macedo e Aguiar Branco, que não gostam do Orçamento e por isso abstiveram-se pelo sim, porque não querem Sócrates a sair pelo pé, prometeram ter os sapatos engraxados para o prazer do chuto lá para 2011.

Passos Coelho, em retiro de declarações por contrição da abstenção que o força a aumentar o tempo de preparação para primeiro-ministro, não se deixou alcançar pelos dois andamentos, allegro andante e largetto, da sua orquestra partidária.

Cavaco Silva, que tem escutas no Parlamento, não gostou do belicismo na discussão e recorreu ao twitter, não para convocar uma manifestação para S. Bento, por ser um confundível e mau precedente, mas para dizer que não havia necessidade e chega de espectáculo na devastada credibilidade.

O BE, o tal partido televisivo, ainda ponderou formar uma comissão independente de utentes do Orçamento para o remendar nas suas propostas mas, Manuel Alegre poetisou que há males, mesmo ditados por ditos socialistas, que fazem falta.

Carvalho da Silva, não deve saber para que efeito convocou a Greve Geral, pois disse antes da aprovação que fazia falta um Orçamento e que deveria ser negociado com as forças do Parlamento. Então a 24 deste mês os trabalhadores vão contestar o quê? Os parceiros errados na negociação ou os seus interesses que não estão lá consubstanciados?

A UGT telefonou ao chefe Sócrates para lhe perguntar o sentido das palavras de ordem da Greve e este terá respondido: “deixem-nos gritar à vontade agora, porque no próximo ano o dinheiro que lhes sobra não dá para pagar os dias de greve…”

O líder da UGT ainda terá tentado responder: “mas o chefe não acha peri… go… so… piiiiiiiiii…

Entretanto, há dois dias que a senhora Merkel e Sarkosy não telefonam para Portugal…

Mas telefonaram os assessores de Hu Jintao, a perguntar se os títulos da dívida estavam já preenchidos conforme combinado no interesse de compra, ao que os assessores do BP e de Sócrates, em conjunto terão respondido, por ordem dos chefes, que se a China quisesse podia ficar com a dívida toda que a vendiam barato… e assim, Portugal antecipava 2013 e com lucro…

Nesta hora de aflição nacional e por mera coincidência na conveniência, a NATO vai estar em Portugal para decidir também a nossa segurança… porque se houver dúvidas tumultuosas na interpretação do OE 2011, eles já cá estão.

Obama, companheiro de linha política de Sócrates, também vai estar na cimeira e juntos vão concertar saídas para as crises, estando fora de questão a troca de estágios nos países, por um período de 6 meses, porque os resultados poderiam ser bem piores.

Com o Orçamento aprovado, o apito arbitral de Cavaco Silva afinado, o FMI à espera de sinal e o povo sem saber da culpa do que lhe exigem, não sabemos se o Governo perdeu a certidão de “golden share” para a PT, que dava jeito usar na promessa de libertação de impostos sobre uns tais 260 milhões.

Última hora sobre Faro: vai ser constituída uma comissão de salvação do Município, composta por Luis Coelho. José Vitorino, José Apolinário e David Santos, este último eleito entre pares como representante das empresas municipais falidas, para trabalharem ao lado do presidente Macário, nos próximos 20 anos… e já há contactos com o Banco nacional chinês…

O mundo é tão pequeno comparado com os problemas de Portugal.

Luis Alexandre

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