sábado, 27 de novembro de 2010

Albufeira aposta em cantina social e subsídios...

Albufeira cai do pedestal e mostra as feridas


Para um presidente que se engasgava quando os jornalistas lhe perguntavam “das razões de apoiar campanhas sociais para necessitados, e estamos a falar de há apenas 3 anos atrás em que se tentava vender a imagem de um concelho em franco progresso (?!) e a realidade envergonhava, as iniciativas de criar uma cantina social e o reforço em milhares de euros dos apoios à AHSA, uma associação humanitária de mão PSD criada para influenciar (os pobres também votam) e contraponto com a Misericórdia de mão PS, são a prova de uma evidência e, pior, do seu crescimento nos últimos anos.

Há muito que o desordenamento incrementado, num desenvolvimento urbanístico sem primazia para a qualidade, os espaços lúdicos e a ligação infra-estrutural, vêm condenando a cidade a um aumento da oferta que, longe de se traduzir em aumento da procura, produziu uma imagem de insatisfação e rejeição, que resultaram em perdas acentuadas do número e qualidade dos visitantes, de que resulta um empobrecimento geral, o aumento do espaço sazonal e a quebra acentuada do emprego e das receitas, afectando trabalhadores e empresários.

Uma condução política em pressupostos de ocupação desregrada do território, com atraso e desacerto na implementação de equipamentos estruturantes, a insistência nas acções de folclore lúdico, passageiro, despesista e inconsequente, as implantações arquitectónicas deslocadas do espaço natural, a desfiguração de elementos da cultura popular que estiveram na base da fama de Albufeira, deixa claro que o resultado final só poderia descambar em números preocupantes de pobreza e as consequentes componentes que vão da forçada acção e satisfação oficiais, ao aumento da marginalidade.

Outros factores potenciadores associados aos erros da gestão política consciente, que entroncam na mesma árvore de razões e demonstrativos de degradação social, são os números especulativos do custo de vida e principalmente da habitação, com resposta zero na habitação social de que os segregados subsídios de arrendamento constituem a mão hipócrita, levaram muitos trabalhadores e em especial os jovens, a fugirem para os concelhos vizinhos.

O executivo camarário esperneia para dissimular a realidade acumulada, enfocando a seu favor as acções de carácter social que resolveu tomar sobre problemas que criou e não se explicam na crise profunda da sociedade portuguesa e da actividade turística.

A cantina é uma medida de relevância ocasional que deixa escondidos os problemas e as medidas de fundo que são necessárias tomar. E não será este executivo, convencido de que a obra dispersa a que se obrigou realizar e para a qual dispôs de muito dinheiro proveniente dos impostos mais elevados do país, que tem essa clarividência.


FORUM ALBUFEIRA

1 comentário:

Anónimo disse...

O presidente da junta, o helder é que deu as dicas pra cantina. A ideia veio que na camara á cada vex mais pedidos para ajuda e dai tinham que fazer alguma coisa. O helder meteu-se nisto pra não levarem na cabeça da população e do padre Cesar e Rosaque sabe bem das queixas.