A política do PSD na rota da fuga da Thomas Cook e da TUI
Na sessão pública de Câmara do dia 7 de Dezembro, a boca do presidente Desidério Silva fugiu para a verdade, ao dizer que “ a Thomas Cook afirmou que o Algarve não satisfazia as necessidades dos seus clientes para a operação de Inverno”!
Mas rebobinando os factos, lembremo-nos que no Inverno passado, com a cidade às moscas, à semelhança dos últimos anos após as obras Polis/Câmara, o executivo camarário rogou aos comerciantes que mantivessem os estabelecimentos abertos para agradar a uma comitiva especialmente convidada, exactamente do operador Thomas CooK.
Os convidados, pelos vistos, mesmo de barriga cheia não foram nos filmes camarários, percebendo a realidade que lhes queriam ocultar, montando a farsa dos comerciantes serem convidados a reabrirem os seus estabelecimentos que no dia anterior e nos seguintes à visita continuaram vazios, tal como as ruas.
Um ano depois sai a sentença de recusa destas duas companhias em operarem para o Algarve no período de Inverno, sob o veredicto de falta de aceitação dos seus clientes sobre a qualidade dos serviços que poderiam ser oferecidos.
Duas companhias com mais de 50 anos de operações para a região, que nos viram nascer e acompanharam durante tanto tempo, concluíram da sua degenerescência e frustrante perda de qualidade.
Engoliu o secretário de Estado, que procurou ocultar a verdade com a mentira da compensação das low-cost e, engoliram os políticos e responsáveis autárquicos, pelo largo conteúdo crítico que encerra este bater de porta cujas consequências ainda estão por contabilizar pelo desconhecimento da duração da decisão.
Nunca o crescimento desordenado e a massificação construtiva tinham sofrido um revés tão grande e sido postos em causa de forma tão arrasadora que não lhes incomoda o umbigo mas, tem dramáticas consequências na já magra economia turística do longo período de sazonalidade.
Quanto a Albufeira, a gestão política foi directamente posta em causa pelo facto de ser uma das cidades escolhidas para a observação de terreno, embora os observadores das companhias conhecessem a realidade.
O que é preocupante por parte de quem dirige é não reconhecerem os erros e nem revelarem pingo de preocupação em perceber o significado dos factos.
E fica o sofrimento de mais uma machadada na debilitada indústria turística.
FORUM ALBUFEIRA
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