domingo, 27 de junho de 2010

A toda a velocidade sem respeitar os sinais?



Se analisarmos à lupa as declarações oficiais dos líderes regionais dos dois principais partidos, encostados às cordas por tudo o que foi dito no passado, por eles e pelas direcções nacionais, constataremos o refúgio na linguagem tecnocrática e legalista à volta do desalinhamento do estatuto da Via do Infante e, na reclamação junto da UE.

Ideias e atitudes concretas de salvaguarda dos interesses globais do Algarve não existem e vão, cautelosamente, adiantando que a isenção de residentes e empresas registadas na região, são um factor minimizador…

Toda esta atrapalhação à volta das SCUT, cuja revolta nortenha levaram o PSD a entrar em segundo tempo, introduzindo a radicalização da universalidade, fazem parte de uma estratégia que corresponde ao propósito de levar a população a vergar, segundo a introdução da sensatez da justicialidade. Os partidos do PEC não têm muitos argumentos e pensam cada passo para cada medida. E não estão sossegados, porque os patrões da EU querem mais e aqui podem estar escondidas as intenções do que hoje são promessas para os moradores, amanhã poderão ser mais uma receita para o propósito nacional…

Em 2004, quando fomos alvo da primeira tentativa, saímos à rua e a situação do Algarve, embora já em curva descendente, afigurava-se bem melhor que os tempos actuais.

Economicamente estamos em grandes dificuldades, o investimento privado está parado e o que está em espera não muda em nada a orientação imobiliária e dos grandes espaços comerciais, que muito têm contribuído para o esvaziamento da qualidade turística, do emprego e fixação de capitais, financeiramente, uma boa parte das autarquias estão tecnicamente falidas e sem capacidade de investimento e o Estado central só dispara medidas de corte sobre os desempregados, que são quase um terço da população activa, descrimina negativamente, de ano para ano, as obrigações de investidor, criando um volume de factores negativos que o tecido regional não consegue responder.

A ordem de cobrança que cuidadosamente preparam sobre as SCUT e a Via do Infante, que o primeiro-ministro considera justa para as regiões com rendimentos acima da média nacional, é mais uma cereja para cima de um bolo em degenerescência.

Quantos impostos tem o Estado sobre a circulação automóvel? O que fez o Estado pela EN 125 e pelos transportes regionais? E agora querem-se aproveitar de uma estrada financiada com 2/3 da EU e apenas por um terço do OE, que não cobre a enorme dívida para com os algarvios?

E deixamos uma pergunta: quanto custará no futuro, acreditando que alguma vez esta crise passará, para restabelecer a degradação alcançada?

Pensem nisto senhores dirigentes! Os algarvios estão mais atentos do que nunca e não julguem que não percebemos a diversão de levar o assunto da A22 aos vossos chefões da Europa…


Luis Alexandre

2 comentários:

Anónimo disse...

A toda a velocidade mas sem respeitar ninguém,é o que acontece em Albufeira com a "nossa"CMA.
A "nossa" CMA preocupa-se mais com uns centimetros a mais dos expositores exteriores do comercio em Albufeira do que os bares fora da lei do ruido que por aqui existem.No Sabado á noite na rua dos bares,era,farta a vilanagem,a ver quem tinha a musica mais alta,nem para eles(bares)são bons.Impossivel,falar, estar e conviver,num espaço daqueles.A isto chama a "nossa CMA"qualidade de vida e turismo de qualidade.É só gozo.Andam estas "sumidades"autarquicas a governar esta cidade,hipotecando o nosso futuro e o das gerações vindouras,mantando a "galinha dos ovos d´ouro"o turismo.VERGONHA,INCÔMPETENCIA E INCÚRIA.

Anónimo disse...

Acho muito bem que a CMA ande a fiscalizar esplanadas e demais ocupações da via pública. Ao comerciante dá-se uma mão e ele ocupa o braço. Na Sá Carneiro há zonas em que é preciso pedir licença aos expositores para passar.
Já tive que descer do passeio para a rua com um carrinho de bébé porque nem conseguia passar.
A CMA dá-lhes 20cm e eles ocupam 1 metro.
Que gente mais estranha, se a CMA fiscaliza é porque fiscaliza, se não fiscaliza devia fiscalizar. Decidam-se. Ou quando vai contra os vossos interesses já são contra a fiscalização?