quarta-feira, 23 de junho de 2010

política à moda de albufeira (60)


O tempo é um instrumento de medição, onde se incluem as ambições e a recuperação dos desgostos da política.

O causídico Carlos Silva e Sousa, que já havia provado o amargo da derrota eleitoral e se refugiou no populismo de Desidério Silva, onde no decorrer do tempo e da preparação intelectual foi sarando as feridas, ganhando a penetração no sufrágio local do partido e influenciando o processo da gestão autárquica, até chegar ao lugar esperado e confirmado nos dias passados -o de ser presidente da concelhia do PSD em Albufeira.

Este longo caminho, que atravessou três mandatos no lugar de presidente da assembleia municipal, algo afastado do exercício efectivo do poder, obcessivamente na posse de Desidério Silva, funcionou como a escolaridade dos dossier e a entrada nos meandros do poder económico, que emana a principal corrente de influência na definição das políticas a seguir no concelho.

A partir da assembleia, fez o trabalho de suporte do executivo, não permitiu veleidades aos da sua cor e fundamentalmente aos adversários, esteve à altura dos interesses que gravitam à volta do poder, falhando no caso dos 10 milhões de euros para a empresa dos lixos, Cavacos SA, onde o decoro de alguns prosélitos, contribuíram para travar o oportunismo desta proposta do executivo.

No presente, segurou as pontas de qualquer ruído na assembleia quanto à colocação pelo FORUM ALBUFEIRA, de um processo no Ministério Público, contra a Câmara, pelo que se passa na Urbanização das Texugueiras, impondo habilidosamente a rolha na discussão e levando as hostes a chumbar uma proposta que visasse uma análise tripartida, onde o queixoso teria voz, através de um técnico por si escolhido.

Com a paciência que a política requer, Carlos Silva e Sousa, por ambição própria, cobriu os espaços de opinião, reconhecendo-lhe os seus pares a votação desejada.

A corrente de opinião que se desviou do desiderismo continua sem expressão, no momento, porque haverão eleições locais antes das autárquicas. Há muito verniz para estalar e muita luta pelos lugares que a saída de Desidério Silva abre.

Aguardemos.

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