terça-feira, 27 de outubro de 2009

O PS, A LIDERANÇA E O MURO DA SERRA DO CALDEIRÃO


Miguel Freitas é um dos "monstros sagrados" da política algarvia. Não por feitos alcançados, que não se lhe conhece nenhum mas, porque consegue sobreviver aos insucessos das suas estratégias.

Dentro de um partido disforme, insonso e cada vez mais distante das grandes transformações sociais, o seu papel histórico encetado por Mário Soares de capacho dos ditames do grande capital, tão bem consubstanciado no estilo manhoso de Sócrates, mostram a disponibilidade da grande casa de albergue de todo o tipo de interesses das camadas da classe média urbana, onde o protagonismo, o carreirismo e as fidelidades são uma escola, onde não há reprimenda para os maus resultados.

Uma análise atenta sobre as eleições autárquicas na região, afinal aquelas que melhor aferem o trabalho organizativo das direcções distritais dos partidos, permitem concluir que a vitória em Tavira não apaga a profundidade da derrota global, onde sobressaem o esmagamento de um ex-presidente em Loulé e de dois ex-deputados em Albufeira e Vila Real de Stº. antónio, mais as perdas das Câmaras em Faro e Monchique.

As teses das "Polis para as pessoas" não passaram e o denominador comum foi a condenação da ausência do PS na vida das populações locais, optando pela política de gabinete sobre a denúncia e o trabalho persistente junto destas.

Ficou provado que, os nomes, os títulos, os chavões e o muito dinheiro, não chegam para ganhar eleições.

Depois da capitulação à atitude de diminuição do papel do líder distrital, que não chega para liderar a candidatura da região às legislativas, esta derrota de Miguel Freitas deixou-o numa posição de fragilidade para conduzir os destinos do partido em actos futuros.

As segundas linhas do PS na região, não percebendo o que está em causa nos propósitos de José Sócrates para a formação de um Governo a prazo ou, na melhor das hipóteses de ministros a prazo, acreditando que possa chegar ao fim da legislatura, revelam uma total incompreensão da realidade que criaram de uma vez menorizados para o parlamento, nem seriam achados para o Governo.

Os grandes partidos trazem o Algarve domesticado e basta olhar para a degradação dos factores sociais e económicos que não justificam um levantar de voz dos seus dirigentes locais.

Os partidos do centrão, teoricamente diferentes, acabam por se fundir nas suas práticas políticas generalizadas e no que se refere ao Algarve, os políticos para cá do Caldeirão afinam pelo mesmo diapasão e continuam a preferir a submissão partidária e provinciana, a uma atitude regionalista
de energia reivindicativa, que imponha o valor e importância da região no conjunto da capacidade de criação de riqueza no país.

A atitude no interesse colectivo da região, tem sido muitas vezes preterida pelos interesses pessoais da maioria dos nossos representantes e por este caminho continuaremos a ser vistos e controlados à distância e as nossas afirmações não passam de simples lamúrias.

Por quanto tempo mais vamos aceitar estas situações, é a pergunta que fica no ar!



FORUM ALBUFEIRA

4 comentários:

CIDADÃO disse...

Pelo cumprimento da lei do ruido.
Pelo cumprimento da proibição da venda de bebidas alcoolicas a menores.
Que as entidades competentes façam cumprir a lei.

Anónimo disse...

Sempre cagaram em cima do algarve e não vamos dar a volta com esta gente que nem para abrir a boca servem

carlos

António Maria disse...

Esta gente só vai para a política por interesse e uma vez dentro dos partidos têm de esperar pelas ordens.
As peneiras ou a boa vontade de ajudar com a ideia que o partido é uma família, morrem depressa. Falo do que sei.
Querem melhoras? comprem uma cadeira que têm muito para esperar.

Anónimo disse...

acaba com esta merda, censor careca porque estás a fazer o jogo miserável esperando que o desiderio te de uma esmola podes esperar sentado porque a tua chantagem não pega