quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Bloco de Esquerda questiona Ministro através de Requerimento na AR

Pergunta

Assunto: Cheias na baixa de Albufeira

Dirigido a: Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional

Data: 30 de Setembro de 2008

O Programa Polis em Albufeira foi um projecto do então Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente que, em parceria com a Câmara Municipal de Albufeira, tinha como objectivo melhorar a qualidade de vida urbana e aumentar a atractividade económica deste importante pólo urbano algarvio.

No entanto, durante o período do seu debate público e mesmo durante a sua execução, foram várias as entidades e cidadãos que manifestaram grande preocupação sobre as consequ~encias para o ambiente e a vida urbana, resultantes da execução do projecto aprovado, principalmente na Baixa de Albufeira e, nomeadamente, ao nível do escoamento das águas pluviais.

As recentes cheias ocorridas nos últimos dias de Setembro, em Albufeira, parecem corroborar as críticas feitas a diversos aspectos do projecto. De facto, as cheias na Baixa de Albufeira repetiram-se ao ritmo dos sucessivos episódios de precipitação atmosférica que afectaram a região, apesar de expectáveis para a época, segundo o Instituto de Metereologia. Os prejuízos para o comércio local, de acordo com as declarações do presidente da Associação de Comércio e de Serviços de Albufeira, ascendem a várias centenas de milhar de euros, tendo sido igualmente afectados vários residentes.

Numa intervenção no 13º Congresso do Algarve, em 2007, o arquitecto e ex-vereador Manuel Nascimento, caracterizava o Polis em Albufeiracomo uma "irresponsável e espalhafatosa catástrofe local". Especial gravidade terá tido a alegada destruição do anterior sistema de esgotos, substituido por "minúsculas condutas" e por "escoantes erradas" que propiciam cheias e inundações sempre que a precipitação é mais prolongada, agravadas quando o período de chuva coincide com a preia-mar.

Ora, se as obras realizadas no âmbito do Polis, potenciam sucessivas cheias na mais importante área comercial de Albufeira, eventualmente devido a erros de concepção/execução do projecto, é óbvio que os objectivos de melhorar a qualidade de vida urbana e de aumentar a atractividade económica estão em causa. Importaria, neste caso, apurar responsabilidades e adoptar com urgência as medidas correctoras necessárias.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentáveis aplicáveis, requeiro ao Ministério presidido por V. Exª as seguintes informações:

1 - Na sequência das noticias sobre sucessivas cheias na Baixa de Albufeira, teve o Ministério a iniciativa de, em articulação com a Autarquia local, promover uma análise urgente sobre a relação entre estas situações anormais e as obras do Polis em Albufeira?

2 - Que medidas pensa o Ministério adoptar para que seja minorada a probalidade de ocorrência de novas cheias naquela área, com evidentes prejuízos para os residentes e actividade económica local?


A deputada Alda Macedo

15 comentários:

Anónimo disse...

A gente acaba de falar e eles aparecem. Vá lá ao menos já há um partido que ainda se mexe e curiosamente não é nenhum dos que mandam comunicados para A avezinha. Os que estão ou já estiveram aqui no poder esses não mexem uma palha. Têm a consciência pesada.
Estas inundações ainda vão abrir os olhos a muita gente.

Anónimo disse...

Aqui os votos dançam entre PSD e PS, mas quando há problemas estes partidos ou são responsáveis pelo que se passa ou calam-se e mandam uns papelinhos para os jornais e para descarga de consciência. Albufeira está nesta confusão devido a estes senhores que vão ficando cada vez mais ricos ao contrário da população. Há muito dinheirinho para dar às associações onde estão os amigos mas não há para valer quem perdeu muito sem culpas.
Quem nos vai valer ?

Anónimo disse...

QUEM PGA A RÁDIO SOLAR ?

A QUEM SERVE A RÁDIO SOLAR ?

Quem paga é a Câmaara e claro está serve a Câmara. O Dr. Rato ex Rádio Solar, como bom propagandista, cedo viu aqui um bom instrumento de trabalho e o dinheiro dos contribuintes tem sido usado abusivamente para pagar a propaganda barata, sem contraditório, desta Rádio de trazer por casa.
Hoje excedeu-se em defesa da Câmara contra os comerciantes. Começou a cavar a sua sepultura ou nunca saíu dela? A mentira e a suposição nunca ganharam por muito tempo e o vosso dia virá.
A mentira não dura sempre e a cidade não precisa de gente assim !

Anónimo disse...

O que mais me preocupa é ver pessoas que dizem estar atentas ao que de importante se passa no Concelho e andarem a perder tempo com banalidades.
Enquanto isto, lembro que já passaram 13 dias sobre a primeira inundação e depois de feito um inquérito, ainda não há respostas oficiais sobre como é que se vai ajudar os muitos lesados.
A táctica é sempre a mesma, deixar passar o tempo para desagregar o descontentamento e a sua organização.
O episódio da Rádio Solar é comparavel ao do cão que tem de servir o dono. Esta Rádio já morreu uma vez e o caixote do lixo da história já tem o lugar preparado, bem como para todos aqueles que prometem na frente das pessoas para fazerem o contrário na frieza dos gabinetes.
Porque será que Albufeira se tornou numa terra insensível? Destroi-se o património e ninguém diz nada, lesam-se a população e os comerciantes e ninguem diz nada, derreteram-se centenas de milhões de euros na gestão camar´raria e os principais problemas da cidade estão por resolver.
Esta Albufeira dos silencios e das banalidades se não acorda...

Anónimo disse...

O "Desiderismo" está encalhado na chuva. Não sabe se deixa correr as águas ou se as trava. Não sabe se assume os seus erros perante a cidade e se ajuda os prejudicados ou, pelo contrário, continua a negar as suas responsabilidades e a esconder algumas trapalhadas subterrâneas de canos e desvios de cursos.
A oposição, que finge desconhecer o que se passa, não abre o jogo e vem a terreiro defender propostas, que sabe que não vão dar em resultados para as vítimas das inundações.
Duas maneiras de fazer política que convergem nos resultados.

Anónimo disse...

Claro que não vou dizer nada de novo.
Como o sol voltou e não há perigo iminente de mais chuva, é hora da Câmara brilhar com a feira de salvados. O meu receio é que tudo fique por aqui, porque se os comerciantes ficam à espera que outras autoridades se mexam para apurar responsabilidades, não há solução para a vida deles.
A situação criada pelas inundações tinha de ter respostas rápidas mas, esta democracia de pacotilha nunca agiu assim. Deixar correr o tempo traz amolecimento e safam-se os responsáveis.
O S. Pedro ainda se vai cansar de tomar as culpas da Câmara.

Anónimo disse...

Albufeira só tem razões para chorar as suas perdas. Vamos perdendo o património, perdemos os barcos na praia, perdemos o passeio dos tristes, enchem-nos a cidade de mamarrachos que não nos dizem nada nem aos visitantes, temos as praias com bandeira vermelha á 15 dias, temos inundações sempre que chove, vamos de mal a pior e o nosso dinheirinho pagou tudo isto e vai pagar tudo o que está para vir em reparações.
Os albufeirenses têm sido manipulados por gente sem escrupulos que não respeitam a nossa História e tradições e conseguiram dar cabo de uma vila imcomparável. Esta gente que nos tem dirigido com falinhas mansas vai ter de explicar porque é que estamos a andar para trás.
Albufeira foi uma mina para politicos corruptos e empresários especuladores que fizeram esta cidade feia e cheia de problemas.
Albufeira tem de levar uma volta.

Anónimo disse...

Passaram 15 dias e da Câmara não se houve uma só palavra sobre compensações aos comerciantes. Passado o embaraço de tanta água e tantos órgãos de informação a mostrarem a dimensão dos prejuízos e da dor dos lesados, a Câmara já se "recompôs" e vai aproveitar a feira de salvados para recuperar a face. Consegui-lo-à? Temos dúvidas.
Não são uns trocados de uma feira atabalhoada que vão resolver as perdas sofridas.
Os comerciantes e a população afectada, não podem desarmar nas suas exigências e devem pressionar as Associações para agirem junto da Câmara, como também devem denunciar as promessas não cumpridas junto da Imprensa, como uma justa forma de pressão.

Anónimo disse...

Aquilo é uma feira de salvados ou uma feira de salvação da imagem da Câmara ?
Até mete dó a maneira como as pessoas são abandonadas à sua sorte naquele espectáculo triste sem um minimo de nível. A Câmara tentou esconder a sua inacção atrvés desta feira mas penso que não se vai sair bem da fotografia.
Até a ACRAL se aproveitou da situação para dar a ideia errsda que se importa com os comerciantes...

Anónimo disse...

A verdade vem sempre ao de cima.
Ao fim de 17 dias, a Câmara anuncia que não vai apoiar financeiramente.
Confesso que não esperava. Afinal, a Câmara tem meios ao seu alcance que podem ser usados.
A Câmara de VRSAntónio, encontrou maneira de apoiar os seus munícipes para se deslocarem a Cuba e fazerem as operações à vista.
Aqui, a Câmara escondeu-se numa feira ridícula para dar uns trocados.
Tanta hipocrisia incomoda-me, sobretudo quando vimos o Presidente a servir à mesa num encontro de idosos. Só a merda da compra do voto dos idosos, que já não têm muitas defesas e discernimento é que interessa. Mas, com todo o respeito, lembro-lhe que a imensa maioria dos que sabem pensar, e eu fui um dos que votei em si, não vamos aceitar esta desfeita, porque sabemos que os prejudicados das cheias não têm qualquer culpa.

Anónimo disse...

Os factos ocorridosem Albufeira nos últimod dias de Setembro, tiveram tanto de previsível, quanto a inoperância da Câmara.
Os argumentos recorrentes, da baixa estar em leito de cheia, deveriam constituir um aviso e não uma desculpa.
Na verdade, este problema foi sendo deixado ao correr do tempo, num verdadeiro exercício de abstracção de que a natureza poderia um dia chamar a si o que é seu.
Todos os autarcas, sem excepção, descuidaram que, no contexto do crescente valor e visibilidade turistíca da cidade, factos como os de Setembro mais os que ocorreram nos Olhos de Água, Arrifes, Salgados e praias da cidade, poderiam ocorrer, causando prejuízos e manchando a imagem de Albufeira, que se quer tranquila, limpa e funcional.
É do senso comum que, as infra-estruturas são um aspecto fundamental para a sustentabilidade de qualquer cidade. Acontece que, todas as gestões camarárias, limitaram-se a dar cobertura à má gestão dos solos, deixando para trás, com todos ods custos inerentes, essa infra-estruturação nas zonas mais antigas e mais expostas.
Para que uma cidade turistíca possa ser próspera, não basta ter casas para alojar muita gente. Tem de ter condições de salubridade, drenagem, higiene pública, equipamentos, estacionamentos, acessibilidades, transportes, segurança e praias limpas e organizadas.
Albufeirafalha em muitas destas condições, quiçá nas mais importantes.
Albufeira valeu sempre pela sua beleza e não pelos seus autarcas que sempre deixaram muito a desejar.

Anónimo disse...

Estou de acordo com tudo o que disse o sr. Antonio Cerdeira. Este blogue tem pessoas muito lucidas a comentar. Mas eu tambem gostava de propor ao sr. presidente da Câmara uma solução par não haver inundações, façam as contas e vejam lá se não sai mais barato mandar fazer um grande telhado para a baixa. Acabavam-se as chatices e aquilo ainda dava umas comissões.

Anónimo disse...

O PS reclama vitória dos seus vereadores nas suas propostas sobre as inundações. PS e PSD voltam a estar juntos nas lágrimas, tal como estiveram juntos na incapacidade de interpretar e resolver os problemas do saneamento da baixa de Albufeira.
O Programa Polis/Câmara é uma obra de arte conjunta.
Em trinta e cinco anos à frente da Câmara, conhecendo os problemas estruturais, os partidos que dominaram o espectro político local preferiram cimentar a cidade. E os resultados estão à vista.

Anónimo disse...

Mas o PS reclama vitória de quê? O Dr. Anastácio e lá o outro vereador que a cidade nem conhece alguma vez estiveram junto das populações? Eles dedicam todo o seu tempo às negociatas do imobiliário porque para isso é que quiseram ir para a Câmara.
Eu corroboro a afirmação que PS e PSD é que são os responsáveis pelas inundações. Pela sua má politica na cidade. E toda a população tem esta ideia. Não é por acaso que o PS andou calado e aos papeis durante as obras mandadas fazer pelo Socrates. De tal maneira que para acalmar o saco de gatos do PS tiveram de mandar de fora um chefe que o sofrimento da cidade não conhece.
As lagrimas deles só podem ser de crocodilo.

Anónimo disse...

As obras do Polis não trouxeram só as inundações, mas tambem cabeças, mãos e pernas partidas e muitas escoreações. O Polis causou muitos prejuízos com as obras, com os atrasos e agora que as dão por prontas ninguem ganhou nada com a mudança. As ruas estão fechadas para os peões, mas estes só chegam lá a pé ou levados por carrinhas dos hoteis. Estacionamentos nem vê-los e assim muita gente vai embora para outros lados e quem ganha é o shopping. E isto não acontece por acaso. Aqui há mão manhosa e interesses. O Polis tem montes de coisas partidas para resolver e quem vai pagar tudo? Os cidadãos é claro, os mesmos que caem nas armadilhas dos buracos das calçadas mal feitas e das grelhas. Quem é que pode estar satisfeito com isto tudo? E quem são os responsáveis por isto tudo?