quinta-feira, 3 de julho de 2008

QUINZE PRAIAS DE OURO E TRÊS PRAIAS DE LATA


Todos os albufeirenses têm orgulho nas praias do seu concelho. Da praia dos Tomates à dos Salgados, podem-se satisfazer todos os gostos. Temos praias pequenas e recatadas e outras de amplos espaços arenosos.
Estas praias criaram fama por toda a Europa e são responsáveis por todo o "desenvolvimento" à vista. De lugares pacatos, passaram em poucos anos a lugares sobrecarregados de presença humana, cimento e desordenamento.
Autorizou-se tudo, sem obedecer a quaisquer planos e, sobretudo, sem salvaguardar os espaços que permitissem a infra-estruturação desses lugares. Da linha de água para trás é o caos. Tudo consentido e tudo aprovado com chancela. Para melhorar a qualidade dos serviços públicos dessas praias, a Autarquia tem de dispender verbas exorbitantes. E como as necessidades permanecem, as intervenções, mais tarde ou mais cedo, terão de se fazer.
As vistas curtas do passado têm-se prolongado até aos dias de hoje.
As quinze praias de Ouro, na apreciação da QUERCUS, são uma das imagens de marca que o Município alavanca para publicitar o concelho. Mas não nos esqueçamos que este galardão apenas se refere à qualidade da água. Tudo o que está para trás da linha de água não é considerado.
As quinze praias de Ouro contrastam com as três praias de lata, dada a lata das desculpas e a ineficiência nas soluções. Ao longo de todos estes anos, houve muito mais preocupação em escamotear a gravidade da situação do que preocupação para encontrar soluções definitivas.
Sem desprimor para todas as outras praias e dada a gravidade deste problema, as três praias da frente da cidade exigem que se concentrem esforços financeiros. O Programa Polis/Câmara menosprezou este problema e falhou redondamente. Os esforços para aplicar essas soluções, há muito que ultrapassaram o Município e requerem também a intervenção da AMAL, para exigir do Governo o seu reequacionamento.
Para bem do futuro de Albufeira e por arrastamento do Algarve, façam o favor de agir.
Para o ano há eleições e este assunto vai estar em cima da mesa.

Luis Alexandre

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando menos se espera, temos descargas de porcaria nas praias do Inatel e dos Pescadores. As desculpas camarárias saem prontas e todas iguais: a culpa ou é das bombas, ou das chuvas, ou outra qualquer deficiência. A responsabilidade passa sempre ao lado da Câmara Municipal e do seu Presidente (nem vale a pena falar do vereador do pelouro).
Este é um velhíssimo problema que a engenharia pode resolver mas para o qual não tem havido a atenção devida. O Programa Polis não passou de uma tentativa mal organizada. A Câmara depositou aqui as suas esperanças, deixou-se levar pela leviandade de estranhos e não exerceu o seu papel de controladora do que se passava no terreno. Perdeu-se uma oportunidade, porque os problemas subsistem e mais tarde ou mais cedo terá de haver nova intervenção com todos os custos para o comércio e população da cidade.
Dada a longevidade deste problema, que tem sido descuidadamente desvalorizado,julgo que deve ser abordado com rigor, que se devem mobilizar os departamentos técnicos de alguma das nossas universidades ou o LNETI, para se fazer um estudo cuidado com vista a uma intervenção definitiva.
As três praias da frente da cidade deveriam ser a sua imagem de marca.