segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Segurança, insegurança e casos de polícia, na polícia


Reportando-nos só ao Algarve, os últimos anos viram disparar os números e gravidade dos diversos crimes, ainda sem grandes casos de sangue mas com alguns horrores associados.

Os números oficiais de queixas estão longe de nos levar a uma dimensão dos problemas mas, não será despropositado afirmar que serão largos milhares de ocorrências, o que dará um rácio elevado por milhar de habitantes.

A região, considerada como privilegiada e estatisticamente acima da média dos factores de produção de riqueza (?!), atestando o estado geral do país, ganhou espaço nas capacidades e interesse dos gangs organizados e dealers por conta própria, ao ponto de estes se debruçarem na leitura da ineficácia de resposta das autoridades.

Quer o ministro da tutela e as diferentes autoridades aceitem ou não, a realidade é que algumas forças vivas, poucas, e sobretudo os cidadãos, incluindo residentes estrangeiros, que têm sido afectados e sentem o problema num país que não é o seu, não têm deixado cair o assunto e levaram estes responsáveis a anunciarem medidas que, continuamos sem perceber se foram implementadas, a julgar pelo acinzentado do panorama.

A situação está a mudar de tal maneira que, se os invernos acobertavam a criminalidade, agora, o verão, é alvo da atenção dos que se dedicam a actividades ilícitas, que vão do pequeno assalto de praia e sua retaguarda, até aos assaltos à mão armada onde sabem haver dinheiro corrente.

O que os cidadãos vão percebendo, é que a disponibilidade e isenção de horários dos meliantes revela-se incompatível com a organização e rentabilização das forças policiais, cujas chefias, por natureza de classe, vão continuar a descurar.

Num cruzamento intrigante, pelo Algarve, para além da subida de tom da actividade criminal veraneante, desde assaltos a notas falsas, vão chegando notícias de súbitas preocupações de diversos responsáveis políticos, dominadores dos meandros e gravidade dos factos em princípios de maior degradação social, como nos chega também o conhecimento da prevaricação de funções dentro das forças policiais, acompanhadas de afirmações dos responsáveis associativos, preto no branco, por culpa de comandos que usam do favorecimento.

O quadro descrito, historicamente inalterável, com altos e baixos e a população prejudicada pelo meio, é um produto de marca do Estado burguês, onde as polícias são classificadas e treinadas para defesa das entidades supra, deixando as forças distribuídas pelo país, com salários de miséria, falta de meios, instalações e treinamento, potenciando o desinteresse, queda na tal orla de influências das chefias e completa ausência de respeito pela valorização das ideias e das experiências, que nos conduzem aos efeitos de ineficácia nunca admitidos.

Se de dentro para fora há críticas bem colocadas, imaginemos o volume dos supostos usufrutários e contribuintes, que são duplamente prejudicados e também raramente são ouvidos.

Os tempos que se aproximam, com o Algarve a fechar para férias sazonais, cada vez mais compridas e com os cortes impostos nos direitos assistenciais, avizinham-se conflitos que vão continuar a ultrapassar as forças policiais, cabendo a total responsabilidade às políticas económicas e sociais do retomado e envergonhado bloco central e apêndices, que depois da delapidação e endividamento dos cofres do Estado, se refugiam no momento especial que vivemos e, vejam só, não é culpa deles, veio de fora.


Luis Alexandre

3 comentários:

Anónimo disse...

É só maldizer de tudo não é Luis?
E da linha PPD como lhe chama o rais parta não se diz nada?

Anónimo disse...

Qual linha PPD,qual merda.O custo da linha ascende a 110.000mil euros ano.Será que as mais valias da dita valem o custo,nos moldes,em que foi negociada com a EVA?Responda quem souber,Aguarde-se.

Anónimo disse...

23:17
não passas de mais 1 otário ignorante.
Quanto custam 2 autocarros?
E não são 110 mil...
Vai ver as receitas do Giro o ano passado. Procura e encontras 1 milhão e 300 mil