terça-feira, 31 de agosto de 2010

Guimarães, a má da fita?


adf

Um dos históricos representantes do patronato regional, detentor de cargos sociais e partidários, deu fôlego a uma forma de linha de pacovice e hipocrisia algarvia, abrindo o saco para desancar o polvo, na sua opinião que não estará desamparada, que o berço do país, conspira contra o Algarve.

Um slogan publicitário com uma praia vazia, ferveu os miolos deste opositor laranja, Elidérico Viegas, homem que se arrasta sem sucessor e sem ideias, no cargo de presidente da AHETA.

Depois da saga contra o ALLGARVE, cujas razões são apenas de cor partidária, o sangue quente ao serviço da estratégia global do PSD em chegar ao poder, impeliu-o ao quixotismo de ver em Guimarães, capital da cultura a uma distância de dois anos, um inimigo da região que está parada no tempo e de cuja quota-parte de culpas não se deve esquivar.

O presidente Elidérico, como se lhe faltassem outras razões de crítica e em quase desespero, aponta as baterias também sobre o Governo, exigindo a suspensão de tal aviltação e reposição de uma pretensa honra, que de modo nenhum parece incomodar os restantes algarvios.

Ainda longe de 2012, pergunta-se a este dirigente do Turismo algarvio, que tipo de medidas estão a ser tomadas para a retoma e projecção da imagem de marca do Algarve, sabendo que os públicos para os dois lados são substancialmente diferentes?

Guimarães não tem sol e praia e vai puxar um tipo de público culto e interessado em valores, a que o Algarve tem dado pouco valor. Guimarães é uma cidade património com o seu cunho próprio e o Algarve tem vindo a esquecer e a desbaratar muito da sua riqueza arquitectónica e paisagística, pelo que é um fait-divers atacar a imaginação dos outros.

Elidérico Viegas e o PSD, são praticantes do Turismo de massas, assente em lucros rápidos e investimentos de betão sem critérios, factores que afastam os públicos com outras visões de História, economia e desenvolvimento.

Com o modelo de Turismo cansado e a precisar de imaginação e novos intervenientes, a par da grave crise económica e financeira que abala partes do mundo, o que se exige são combates vigorosos contra as políticas centralistas que continuam a condicionar o desenvolvimento do Algarve e não contra uma ideia de uma cidade que faz pela vida.

De notar, que perante a ameaça de uma medida mais gravosa para a região, como é a questão das portagens, este responsável e as estruturas regionais do seu partido, não sejam tão radicais e eufóricos.


Luis Alexandre

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