domingo, 8 de agosto de 2010

O que podem os cidadãos esperar das presidenciais?



O Verão trouxe a habitual acalmia ao frenesim político dos contendores, com os últimos barómetros a darem vantagem, sem surpresas, ao inquilino de Belém.

Sem esforço, no carro da presidência e o seu staff, Cavaco Silva fez os trabalhos de casa do cargo a contento e vai de férias com os elogios dos vários quadrantes, sobre o seu papel desenvolvido no aperto de mão ao salazar angolano.

Manuel Alegre, que ainda não sabe se o apoio do PS é bom ou mau e quantos dirigentes é que estão com ele, continua a palitar os dentes enquanto pensa no prejuízo de silenciar as políticas do Governo, contra a imensa maioria do povo mais humilde, afinal, aquele que foi o seu anterior eleitorado.

Sobre o noivado com o Bloco que se diz de Esquerda, oriundos de uma amálgama de crenças e mezinhas, agora coloridas com as vantagens parlamentares ganhas com os efeitos especiais das televisões, não há nada a dizer de especial, apenas que estão um para os outros.

Manuel Alegre, que joga num tabuleiro minado, onde o próprio partido que se atrasou no apoio joga com outras peças, ao arranjar a muleta do BE, seu primeiro proponente, poderá ter ficado mais coxo, dadas as alergias conspirativas que caracterizam os interesses cruzados do magistério do PS, alérgicos a subalternos da sua área de ilusão ideológica e com manias de conselheiros, que até desencantou uma ala e um candidato de centro-canhota, com o argumento de levar os resultados a uma segunda volta.

A matemática está sempre presente nos arranjos dos carnavais eleitorais, onde as preocupações são as vantagens para os quintais em que se divide o folclore político-burguês, deixando para segundo plano os arrazoados a injectar para convencimento das cabeças dos eleitores.

Fernando Nobre, o iludido nestas andanças e mais sério nas suas funções sociais, está na corrida como lebre, facto que o seu estatuto não merecia.

A segunda etapa, depois do bronze, afigura-se tão cinzenta como a anterior, com os candidatos amarrados aos compromissos que juraram para a condição, de amor ao PEC e às novas medidas do OE para 2012, tão necessárias para pagar o passado e o futuro folguedo público.

A revisão constitucional proposta pelos meninos que tomaram conta do PSD, será um dos temas que poderão acalorar a contenção de palavras, dada a reverência e continência do tema e a necessidade absoluta dos contendores de fugirem dos custos e de quem paga a crise em que os políticos e financeiros nos meteram.

Faça chuva ou faça Sol, até ao dia e resultado das eleições, que vão definir as estratégias do ano 2012, os portugueses estarão a braços com as suas dificuldades para responder ao aumento da exploração e, ganhe quem ganhar de entre os candidatos do mais do mesmo, o povo sai sempre a perder.


Luis Alexandre

2 comentários:

Anónimo disse...

quantos gajos vão por dia pras reformas vitalicias ?e o parvo sou eu tá-se a ver

carlos

Anónimo disse...

ó abécula chamada carlos:
sempre que comentas tás bebado? é que o que escreves nunca faz sentido.
alem disso desta vez para variar... veio mais uma calinada: as reformas não são todas vitalicias?? na tua cabeça pelos vistos não são.
E TENS RAZÃO, O PARVALHÃO ÉS MESMO TU!