quarta-feira, 26 de maio de 2010

SCUT’S e vias sacras


No toque a rebate para tapar o grande buraco dos caminhos financeiros e das suas manobras perigosas, tudo o que seja sujeitável a fonte de receita, está debaixo de fogo.

O problema das SCUT’s, que vinha sendo tratado nas palmas das mãos por estar associado às mentiras políticas locais e regionais, vai entrar nos eixos da oportunidade da política terrorista, similar à mobilização das tropas de elite para as acções de limpeza geral, entrando sem tibiezas na direcção da tributação.

A ocasião faz o ladrão e abandonados os caldos de galinha, o concílio PS/PSD avança a todo o vapor para o roubo público de cobrar nas SCUT’s e empurrar as pessoas e as empresas para os atropelos das vias que justificaram a sua construção.

De uma maneira geral, as SCUT’s não são auto-estradas, acumularam já muitas histórias de perigos e custos, nasceram como vias rápidas para a tal alternativa de poupar vidas e baixarem os custos da funcionalidade das empresas e da vida social, bem como do escoamento dos produtos primários.

Noutra frente, não menos importante, são as redes de transportes públicos, que em preços, duração e horários, são de todo incompatíveis com uma justa alternativa.

A desestruturação do território em que as SCUT’s estão inseridas e deveria ter tido respostas atempadas, vai continuar assim e, os objectivos estratégicos enunciados, aliás correctos, que deveriam subsistir, são agora esmagados pela política de conjuro

No caso a sul, com o estado de colapso e ensanguentado da EN 125 e as prometidas obras enleadas, as forças de conjuro, estão a assinar a sentença de morte de muitos mais algarvios, de visitantes, entre os quais muitos estrangeiros, com os impactos que tais acontecimentos podem ter sobre a cegueira do processo económico e social do Algarve.

Com a profundidade do conjuro e a total cobertura do espaço autárquico algarvio, não admirava nada que este assunto tivesse feito parte da ementa do jantar de conjurados, sob a batuta da Governadora Civil.

A avidez de dinheiro para os cofres do despesismo, levará à mudança de linguagem usada no passado recente, já devem ter destacado as figuras públicas para se associarem aos eventuais buzinões e para o controle por dentro de quaisquer estruturas que venham a ser formadas. Não pondo de parte que não tenham decidido ocupar o espaço de iniciativa, para com mais eficácia, o levarem ao objectivo de amouchar.

A sociedade civil está por sua conta e não há muitas figuras confiáveis para a dinamização de uma batalha política desta dimensão.

O roubo e os seus autores levam vantagem mas não podemos baixar a cabeça. Estar atento às acções, participar nelas, desmascarar os infiltrados e recorrer à criatividade e ligação nacional, são caminhos a seguir.


FORUM ALBUFEIRA

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