sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O DESEMPREGO ESTÁ AMEAÇADO NO CONCELHO COM O EXEMPLO DO EXECUTIVO?


O desemprego alastra por todo o concelho neste final de mais um mau ano turístico mas, o PSD e Desidério Silva, ganhadores de fresco de mais um acto eleitoral, num esforço titânico, dão o exemplo na luta contra o desemprego na região e no concelho, criando mais um posto de trabalho no executivo autárquico e outro no GAP (Gabinete de apoio ao presidente).

Graças à perda de um mandato do PS, foi possível alcandorar mais uma família laranja a um bom salário no executivo camarário. A permanência de um vereador PS, arrefecia mais do que aquecia e assim sempre está criado um posto de trabalho de referência com implicações nas finanças e vida do concelho.

Faltou um pouco de sorte para varrer o PS do mapa, porque assim o PSD teria ido mais longe e para além de fazer o pleno no executivo, teria arranjado espaço para empregar outro chefe de família da sua confiança.

Nunca esteve no imaginário de Desidério Silva, cometer o erro de atribuir um pelouro ao vereador do PS, tal como fez Arsénio Catuna, até porque a correlação de forças das duas épocas é bem diferente.

O convite feito por Arsénio Catuna e prontamente aceite por Desidério Silva em 1998, resultou em claro beneficio para o presidente que, pôde contar com a discrição geral deste e, no momento especial de votar o famoso Plano de Pormenor da Guia, justificou toda a confiança com a necessária ausência na sala que permitiu a sua aprovação. Plano esse que, já na governação do PSD, permitiu a aprovação do novo grande centro comercial previsto para aquele espaço.

O novo cargo criado no GAP, dada a pessoa que o vai ocupar, Helder Sousa, o reeleito presidente da Junta de Freguesia de Albufeira, é que não constitui uma medida de combate ao desemprego mas pode bem tratar-se de uma medida de futuro com vista a melhorar as condições de vida deste, o que não deixa de ser uma decisão que se insere no plano da louvável elevação da qualidade de vida.

Julgamos não haver razões para questionar a legalidade desta decisão, nem a insofismável utilidade da presença deste autarca nos dois cargos.

No futuro, todos iremos perceber o alcance e os resultados desta escolha.

Com decisões desta clarividência na área do emprego de topo, não temos dúvidas do empenhamento que se seguirá para se encontrarem as soluções para as situações graves de desemprego no concelho e que não pára de subir.


FORUM ALBUFEIRA

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO DAVID CONTRA GOLIAS


Neste mandato autárquico será que vamos assistir a uma verdadeira luta entre David e Golias, com todos os ingredientes de coragem, frontalidade e altruísmo que caracterizaram a história épica?

Já é de saudar a decisão de David Martins de exercer o seu cargo de pleno direito como vereador mas, levantará ele a bandeira do serviço ao povo, assumindo um papel de destaque na luta contra as más políticas que não concorrem para o desenvolvimento do concelho? Ou, pelo contrário, não mudará uma virgula na sua postura de quadro superior, ex-deputado, educado nos elementares princípios do seu partido de a alternativa vir pela podridão e queda natural dos adversários, como se de um pacto se tratasse?

Não queremos antecipar situações, deixando que o tempo fale por si mas, também não podemos passar ao lado do estilo morno e distante evidenciados quer na campanha eleitoral, quer no seu percurso de mais de um ano como novo presidente da concelhia.

No acto eleitoral, o povo demonstrou que não reconhecia mudanças no estilo lamacento e comprometido do partido dito socialista. O povo não hesitou em condenar ou a ignorar pela abstenção, a política de continuidade de não afrontar as más políticas do PSD. Não foi por ausência de descontentamento que o PSD ganhou e o PS perdeu. Quem tem o poder tem uma enorme vantagem e se não tiver oposição, não há quem o derrube.

Não nos esqueçamos que mais de metade dos eleitores não foram às urnas porque não foram em velhas conversas de novos e velhos figurantes. O povo não respondeu por falta de civismo como alguns tentam desesperadamente explicar mas, porque se sente impotente perante a força organizada instalada contra os seus anseios. Pesam nas cabeças e nas decisões, muitos anos de mentiras e oportunistas.

O rasto das más gestões do PS em Albufeira levaram-no á decadência, o PSD seguiu-lhe os passos não percebendo e agindo sobre os erros e novos desafios e os dois ainda se puseram de acordo para aplicarem o famigerado Programa Polis, que resultou, no essencial, numa intervenção de cosmética, deixando os problemas de fundo sem soluções.

David Martins comanda um PS enterrado na amargura da conivência, no desconforto do papel dos seus anteriores dois vereadores e, por isso, o povo não lhes reconheceu a importância de voltarem a ser dois, um ou mesmo nenhum.

Se a acção política das gestões PS e PSD produziram os mesmos maus resultados e se as políticas de fundo dos dois partidos pouco diferem, que papel de oposição se pode esperar de David?

Com certeza vai ficar pela discordância de pormenores, onde o PSD quer 5.000 novos fogos o PS quererá 4.950, onde o PSD quer fazer 50 habitações sociais o PS quererá pouco mais e, em muitas outras medidas estará de acordo, como já aconteceu com a nova vigência dirigente, no pouco tempo em que está empossada.

O FORUM ALBUFEIRA, como só tem compromissos com o servir a população, não vai ficar sentado para ver e não deixará de produzir as suas opiniões para influenciar o processo governativo, na senda do que tem vindo a fazer com bons resultados e muita irritação do poder e dos seus apoiantes.


FORUM ALBUFEIRA

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

POEMAS DE JOSÉ ARMANDO SIMÕES

CARTA ABERTA AOS PORTUGUESES


"Sobre o baptismo de uma ponte de Lisboa"


Quem deu o nome de Ponte Salazar?

Foram os áulicos bajuladores do ilustre ditador

quando já havia por cá outras pontes com esse nome.


Quem deu o nome de Ponte 25 de Abril?

Foi a revolta contra a guerra colonial

no Ultramar, e na Metrópole aonde a Besta Fascista

tinha assentado praça;

Revolta contra a mordaça

E contra a matilha que matou Delgado;

Contra o Tarrafal,

Presídio infernal

Negado por Marcello

Exilado no Brasil...


Deviam tê-lo enviado ao Tarrafal.



José Armando Simões

(membro do FORUM ALBUFEIRA)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

INICIATIVA DA ALMARGEM

PASSEIO OUTONAL NA SERRA DE MONCHIQUE

Actividades2009-2010

Ronda da Fóia

1 DE NOVEMBRO

Caminhada sempre acima dos 700 m de altitude,
mirando o ponto mais elevado do Algarve
pelos quatro cantos da rosa-dos-ventos.
Pontos de encontro: 8h30 (Loulé - Duarte Pacheco); 9h45 (Fóia).
Nível: 5 de 10 (12 km - alguns declives acentuados).
Seguros e logística: 3,5 € (isenção para condutores com lotação completa).
Equipamento: botas de marcha; bastão; mochila pequena; almoço; água.
Inscrições: até 30 de Outubro (Telef. 289412959 / 960295202. SMS: 937306942).
Guia - Luís Raposo
almargem@mail.telepac.pt
www.almargem.org
Alto de S. Domingos, 14 - 8100-756 Loulé - Portugal
O PS, A LIDERANÇA E O MURO DA SERRA DO CALDEIRÃO


Miguel Freitas é um dos "monstros sagrados" da política algarvia. Não por feitos alcançados, que não se lhe conhece nenhum mas, porque consegue sobreviver aos insucessos das suas estratégias.

Dentro de um partido disforme, insonso e cada vez mais distante das grandes transformações sociais, o seu papel histórico encetado por Mário Soares de capacho dos ditames do grande capital, tão bem consubstanciado no estilo manhoso de Sócrates, mostram a disponibilidade da grande casa de albergue de todo o tipo de interesses das camadas da classe média urbana, onde o protagonismo, o carreirismo e as fidelidades são uma escola, onde não há reprimenda para os maus resultados.

Uma análise atenta sobre as eleições autárquicas na região, afinal aquelas que melhor aferem o trabalho organizativo das direcções distritais dos partidos, permitem concluir que a vitória em Tavira não apaga a profundidade da derrota global, onde sobressaem o esmagamento de um ex-presidente em Loulé e de dois ex-deputados em Albufeira e Vila Real de Stº. antónio, mais as perdas das Câmaras em Faro e Monchique.

As teses das "Polis para as pessoas" não passaram e o denominador comum foi a condenação da ausência do PS na vida das populações locais, optando pela política de gabinete sobre a denúncia e o trabalho persistente junto destas.

Ficou provado que, os nomes, os títulos, os chavões e o muito dinheiro, não chegam para ganhar eleições.

Depois da capitulação à atitude de diminuição do papel do líder distrital, que não chega para liderar a candidatura da região às legislativas, esta derrota de Miguel Freitas deixou-o numa posição de fragilidade para conduzir os destinos do partido em actos futuros.

As segundas linhas do PS na região, não percebendo o que está em causa nos propósitos de José Sócrates para a formação de um Governo a prazo ou, na melhor das hipóteses de ministros a prazo, acreditando que possa chegar ao fim da legislatura, revelam uma total incompreensão da realidade que criaram de uma vez menorizados para o parlamento, nem seriam achados para o Governo.

Os grandes partidos trazem o Algarve domesticado e basta olhar para a degradação dos factores sociais e económicos que não justificam um levantar de voz dos seus dirigentes locais.

Os partidos do centrão, teoricamente diferentes, acabam por se fundir nas suas práticas políticas generalizadas e no que se refere ao Algarve, os políticos para cá do Caldeirão afinam pelo mesmo diapasão e continuam a preferir a submissão partidária e provinciana, a uma atitude regionalista
de energia reivindicativa, que imponha o valor e importância da região no conjunto da capacidade de criação de riqueza no país.

A atitude no interesse colectivo da região, tem sido muitas vezes preterida pelos interesses pessoais da maioria dos nossos representantes e por este caminho continuaremos a ser vistos e controlados à distância e as nossas afirmações não passam de simples lamúrias.

Por quanto tempo mais vamos aceitar estas situações, é a pergunta que fica no ar!



FORUM ALBUFEIRA

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tomada de posse autárquica...

O DISCURSO DA TRETA!




Como qualquer outra tomada de posse, esta centrou-se em mais um discurso de auto-satisfação, ornamentado com uma série de elogios umbilicais e elevado ao mérito das vitórias épicas.

O centurião Desidério Silva, exaltou e exultou com a sua retumbante vitória sobre um adversário que ele próprio trazia controlado, humilhado e agrilhoado aos favores. Durante toda a sua governação nunca teve oposição e julga-se um vencedor sem ter tido a coragem de ir ao campo de batalha da luta de ideias.

A presunção governativa permitiu-lhe gerir mais de 500 milhões de euros em quase oito anos e de obra feita em função das reais necessidades (habitação social, estacionamentos, escolas, jardins,etc.) do concelho, pouco há para mostrar.

Entre iniciativas de pequena monta, as obras que considera emblemáticas da sua gestão, estão todas com orçamento e execução a decorrer. E para tal, já contraiu dívidas que se estendem pelos próximos anos.

Explicações onde e como foram derretidos tantos milhões, descontando os cerca de 22% consumidos pelos custos de administração, não houve.

Sobre a Saúde e os cuidados continuados, vamos ter os privados a abocanharem o bolo e a fazerem doer a carteira, desaparecendo mais uma bandeira do PSD de lutar por um Hospital no eixo Albufeira/Silves. Os bailes e as excursões para os seniores estão assegurados, como que a dizer: "pode não haver dinheiro nos bolsos para a saúde mas morram alegres".

No arrendamento apoiam 50 famílias (gostaríamos de conhecer o número de pedidos dirigidos à Câmara e conhecer as razões porque não foram atendidos todos) e os pedidos de habitação social continuam a amontoar.

Nos estacionamentos continuamos como há 30 anos, os passeios vão resolvendo.

No ordenamento e ruído, os amigos do poder falam mais alto e iremos continuar a ser um mercado de trabalho para ciganos e dealers, bem como uma cidade de folguedo fora de horas.

Na segurança não há sinais de mudança e as condições agravaram-se na gestão do PSD. Até já chegámos ao patamar de termos um gang juvenil cujas ligações exteriores desconhecemos, para além dos outros que sempre actuaram em áreas de espécies protegidas...

A sazonalidade, disseram, está finalmente a ser alvo da elaboração de um plano... e só temos que esperar para ver se é desta que pegam no problema, depois de oito anos de degradação da qualidade e procura turística.

Por último, o tema da qualidade de vida que mereceu tantas referências, na proporção da sua queda. Aumento do desemprego, falências, degradação dos salários e até salários em atraso, perda de clientes e rendimentos, não se ouviu uma palavra sobre a forma como é que o Município vai intervir nestes problemas.

Foi mais um discurso da treta e dissimulador do passado, para consumo interno e sem estratégia para o desenvolvimento sustentado da cidade e do concelho.



FORUM ALBUFEIRA

sábado, 24 de outubro de 2009

O DESIDERISMO, A CLAUSTROFOBIA DEMOCRÁTICA E A CAÇA ÀS BRUXAS.


As vitórias eleitorais retumbantes têm efeitos celestiais nos corações dos populistas que, se por um pequeno feito (a primeira eleição) se achavam o máximo, depois de esmagarem apenas nas urnas alguns dos seus adversários, a tendência natural é para pavonearem a suposta superioridade, mesmo que esta assente na força das ordens e das assinaturas ao dispor.

Os últimos quatro anos de desiderismo, conduzidos debaixo de rédea curta sobre uma oposição do PS bem engodada, deixou-lhes o campo aberto para o proselitismo e as políticas dos favores bem reflectidas no desbaratar de quatro orçamentos milionários, que rondaram os 330 milhões de euros mais os empréstimos contraídos e sem que sido concluída qualquer obra de grande relevância para a população do concelho.

Todo o festival de obras públicas, prometidas ou não e sem olhar à sua importãncia estratégica, foram lançadas nos doze meses que precederam as eleições sem que merecessem comentários substanciais do novel líder do PS, entretanto enviado para pôr ordem na pouca vergonha socialista.

O acto eleitoral de 11 de Outubro acabou por sancionar em números, um poder claustrofóbico, rancoroso e mancomunado na força dos interesses de obediência que dependem das assinaturas do incontornável poder autárquico.

Os populistas ainda se assustaram com o volume, clarividência e determinação das criticas sofridas por parte dos sectores progressistas independentes, viveram os últimos tempos em alerta máximo, mobilizaram todas as hostes e as orlas, empregaram mais meios financeiros do que desejariam, numa reacção normal de quem tem medo da própria sombra e pouca confiança no trabalho produzido, não fosse o povo faltar-lhes à chamada. O mentiroso nunca está seguro, mesmo entre um milhar de iguais.

Conhecendo o estilo pouco católico do presidente eleito e dos seus pares, que confunde a legitimidade do voto para uma maior responsabilidade em cumprir o que promete, não nos admiraremos se este ainda agravar a sua conduta autoritária, sem ouvir ninguém, ridicularizando as perguntas e propostas adversárias, não importando o seu valor como contributos e que venha a usar os meios que controla e influencia para subretciamente perseguir e prejudicar os seus adversários.

Da parte das forças progressistas do concelho e porque os últimos oito anos foram esclarecedores dos interesses que norteiam o PSD e o seu presidente, não só não nos assustaremos como podem contar com a nossa atitude crítica e de fiscalização do elevado volume de promessas renovadas.

A população e os seus anseios estão primeiro e não vamos vergar a quaisquer formas de nos silenciarem. O FORUM ALBUFEIRA nunca deixará de denunciar a democracia de pacotilha que esteve e acreditamos que vai estar instalada nos órgãos autárquicos do concelho.




FORUM ALBUFEIRA

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SAZONALIDADE, O CANCRO DO TURISMO!




A sazonalidade é a doença gangrenosa do Turismo e todos os responsáveis do sector e autárquicos têm adoptado uma atitude lasciva, deixando que a sua propagação consuma os recursos físicos, mentais e financeiros de uma actividade demasiado desgastante.

No caso de Albufeira e a realidade no resto do Algarve não é muito diferente, de facto, para a tesouraria da Câmara Municipal nunca ouve sazonalidade, vivendo até momentos de grande felicidade de aumento de receitas, em contra-ciclo com as actividades económicas do concelho.

Na última década e com maior incidência de 2005 para cá, todos os factores que sustentam a pandemia da sazonalidade têm-se agravado, colocando as empresas em sérias dificuldades financeiras e por arrastamento criando menos emprego e de menos qualidade.

A especulação imobiliária sustentada pelas decisões camarárias, contribuiu por um lado para o aumento exagerado da oferta e dos números irreais que se pedem pelos imóveis e pelas rendas e, por outro, massificou os espaços ao ponto de termos uma cidade enorme e sem as condições de beleza e sustentabilidade para prenderem proprietários e visitantes.

De cidade turística que já chamou no passado turistas durante oito meses do ano, estamos agora nuns escassos 3 ou 4 meses, o emprego que era para todo o ano ou a maior parte dele, está sujeito a contratos cada vez mais curtos e com piores salários, os encargos financeiros dos investimentos e de sustentação do negócio que se liquidavam no verão seguinte arrastam-se por mais anos levando à degradação das estruturas e da imagem dos estabelecimentos, enfim, enfrentamos problemas que nunca foram compreendidos pelas autoridades responsáveis, quanto mais combatidos.

Em oito anos de gestão do PSD, apesar de o seu programa falar timidamente de sazonalidade, na realidade nada foi feito para manter os níveis de apetência e chamamento dos visitantes de modo a minorar os efeitos negativos do crescimento desmesurado da oferta e do inegável afastamento das franjas com maior poder aquisitivo.

O Turismo de Albufeira degradou-se, somos obrigados a investir mais em captação e convencimento, quando no passado não muito distante, todas as qualidades naturais do concelho funcionavam por si e induziam a voltar, bem como uns bons milhares de idosos escolhiam esta terra para permanecerem os meses de inverno.

O cimento e a perda de qualidades não têm convencido as novas gerações de turistas e o executivo camarário, que renovou os seus votos á frente do concelho, voltou a falar do assunto nas suas promessas eleitorais sem que contudo se conheçam quaisquer planos a não ser o de continuar com o cartaz de fim de ano.

É pouco e precisamos de muito mais. Já o afirmámos no passado, a cultura e os seus consumidores são um potencial inexplorado. As iniciativas temáticas sustentadas em programas dirigidos a determinadas faixas etárias, são outra direcção a seguir e até o envolvimento das comunidades estrangeiras radicadas entre nós pode ser conseguido em acções que geram riqueza e têm reflexos além fronteiras. É tudo uma questão de vontade e imaginação e por vezes não são precisos muitos meios.

Também corroboramos as críticas dirigidas ao ALLGARVE, entendendo que em tempo de crise, mais do que animar é preciso concentrar os meios financeiros disponíveis em publicidade do destino nos velhos mercados onde já somos conhecidos bem como em novos e promissores.

É preciso travar o avanço da sazonalidade e preparar planos e meios para o fazer. Basta de atitudes contemplativas.

Também temos consciência que não basta agir ao nível da publicidade e da animação e que são precisas intervenções paralelas ao nível da requalificação urbana, dos edifícios históricos e tradicionais, da paisagem, do ambiente e da criação de actividades económicas alternativas e incremento das pescas e agricultura regionais.

Estas são tarefas de concertação e empenho globais que ultrapassam as competências da ERTA e exigem uma confluência de vontades de organismos, autarquias e forças sociais e políticas.

Luis Alexandre

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

LEMBRANÇAS PARA O SR. PRESIDENTE...

PARQUE VERDE DE VALMANGUDE ONDE ESTÁ?



Aquela que seria a obra de maior valor acrescentado para a população do concelho e servi de emblema na apresentação política do trágico-cómico Programa Polis/Câmara está embrulhada no esquecimento.

Nove anos depois de soarem as trombetas para anunciar a pomposa visita do Engº Sócrates, na altura ministro do Ambiente, ladeado por Arsénio Catuna, constatamos que o Parque Verde de Valmangude se tratava de uma promessa envenenada.

A família política rosa, na ocasião apostada em segurar a degenerescência das políticas do seu presidente de Câmara, precisava de um produto forte, que fizesse o milagre que não veio a acontecer.

Desidério Silva, vereador do pelouro do Ambiente do executivo de Arsénio Catuna, com a vitória eleitoral sobre este, esfregou as mãos de contente por lhe sair a ele a possibilidade de levar por diante e proporcionar à cidade, finalmente, um Parque Verde e logo em local de quebra da massificação do betão.

Passados todos estes anos e apesar das promessas, o Polis já fez as malas e o Parque continua uma miragem. E porquê?

Porque Sòcrates, Catuna e Desidério prometeram o Parque em terrenos que não lhes pertenciam e ainda hoje não estão assegurados.

Até se gastou dinheiro público para fazer o projecto e panfletos propagandísticos mas, tratar de assegurar a posse dos terrenos, zero.

O terreno pertence ao Inatel que tem pretensões imobiliárias para aqueles terrenos e, apesar de ser um organismo com ligações ao Estado, ninguém com autoridade neste país conseguiu estabelecer um acordo com esta instituição.

Se a autoridade do Estado se exerce sobre todos os particulares para projectos públicos de interesse nos quatro cantos do país, porque razão neste caso e representando o Parque Verde de Valmangude uma mais valia para o concelho de Albufeira, o assunto parece queimar as autoridades.

O Engº Sócrates e o seu fiel de armazém para o Algarve, Miguel Freitas, não incluíram Albufeira nos seus planos de visitas eleitorais e a razão prende-se unicamente com o facto de não quererem prestar contas por este projecto, entre outros falhanços do Polis, que foi lançado no esquecimento.

Quanto a Desidério Silva, reeleito presidente, não se lhe ouve uma palavra há muitos meses e nem na campanha ou no programa foi feita qualquer referência sobre o assunto.

Se procura jogar no esquecimento da população, não o vai conseguir porque o FORUM ALBUFEIRA não adormeceu sobre o assunto e exige saber que compromissos foram estabelecidos entre as partes. O silêncio fúnebre sobre o assunto só pode prenunciar engenharia de concertação que com certeza passa por deixar cair o projecto.

E o executivo camarário tem ainda que explicar as razões de despender centenas de milhares de euros do erário público em pagamentos de serviços para esta instituição.

Fá-lo-á de livre vontade? Não de certeza, até porque tem, mais uma vez, a conivência do PS e o vereador David Martins não vai fazer ondas sobre os assuntos do chefe.



FORUM ALBUFEIRA

INICIATIVA DA ALMARGEM

APANHA DO MEDRONHO NA SERRA DO CALDEIRÃO


Caros amigos (as),

A Almargem em parceria com as empresas Control Eventos, Megasport, Natura Algarve e We2Win, celebraram uma parceria com o objectivo de desenvolver iniciativas de Ecoturismo no Algarve, nomeadamente em torno da Via Algarviana. No dia 24 de Outubro pretendemos apresentar os objectivos e as bases que regem a referida a parceria.

Porém, em vez de uma comum apresentação, pretendemos envolver todos os interessados numa acção interactiva e informal, com um carácter social e ambiental. Nesse sentido, vimos convida-lo a participar num evento “Teambuilding” na Serra do Caldeirão, não só para ajudar a causa inerente à mesma, mas também para conhecer a parceria.

Junte-se a nós e participe nesta acção. O programa segue em anexo.

Agradece-se confirmação para o e-mail: jministro@almargem.org, ou, se preferir, através do número da Almargem: 289412959

Desde já agradecemos a vossa participação e divulgação.

Cumprimentos,

Pela parceria

João Ministro



PROGRAMA_FINAL_SOCIOS.JPG

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A BASE SOCIAL DO VOTO LARANJA


Oito anos sem oposição e de mãos livres da execução laranja, criaram muitos vícios nas suas hostes. Desidério Silva cortou, atou e desatou como quis e fez dos dinheiros públicos, como qualquer outro soba local por esse país fora, um instrumento de consolidação da sua base social de apoio.

Uma leitura atenta da sua percepção pessoal, permite-nos concluir que os passos dados de chamar a si o protagonismo do favor de rua e de corredor, foram todos calculados e estavam à medida da sua personalidade viscosa e populista. Os favores da cadeira de decisão têm um efeito de subserviência duradoura e quando prestados a conjuntos organizados de indivíduos, tanto melhor.

Desde a sua primeira eleição até aos dias de hoje, Desidério Silva e o PSD nunca traçaram uma política de intervenção social sustentada em planos e objectivos. Tudo foi feito aos solavancos, à medida que os problemas surgiam. A única intervenção planeada foi a de manter os seniores do concelho envolvidos nalgumas actividades pouco dispendiosas mas de grande valor de influência psicológica.

Casas de renda social, cuidados continuados, assistência médica e medicamentosa, apoio generalizado a famílias numerosas e carenciadas, apoio aos bons estudantes carenciados, tudo isto não consta da acção do executivo que voltou a ganhar o comando do concelho.

No segundo mandato, há pouco terminado, em dado momento perceberam que precisavam de criar as bases da continuidade da sua política partidária e lançaram um plano de criação de uma estrutura social dependente da Câmara, a AHSA, comandada por vários satélites, ao mesmo tempo que não cumpriam as suas obrigações sociais com a estrutura secular do concelho, a Santa Casa de Misericórdia, só porque esta não é afecta a qualquer linha de subjugação.

Numa política miserável de divisionismo, que continua por desmascarar, Desidério Silva afecta terrenos e milhares de euros à AHSA, cujo trabalho não contestamos e deixando a Santa Casa, de maior expressão interventiva, com valências instaladas em condições deploráveis.

Quem leu com atenção o programa do PSd para o novo mandato, percebeu a insistência das referências ao social, na prossecução desta política que consiste em aprofundar a intenção clara de ridicularizar quem não controla e criar uma nova estrutura paralela controlada pelos seus correlegionários e cujo trabalho frutifique na direcção eleitoral de 2013 e seguintes.

Estas afirmações estão escritas e sustentadas em números nos documentos camarários mas, as forças progressistas do concelho insistem em não levantar a voz.

O FORUM ALBUFEIRA não o fará e voltará sempre ao assunto por cada euro mal gasto por este executivo.


FORUM ALBUFEIRA

terça-feira, 20 de outubro de 2009

AS MANTAS LARANJA, OS BAILES E OS ROLEX DOS CHINESES!



Consumada a coroação, que ocorreu ontem no meio das maiores bajulações, bem ao gosto pimba do coroado, que teve o calor humano daqueles que gostam de estar sempre do lado do poder dos vencedores e onde até poderá ter ocorrido a leitura ou citação de telegramas de felicitações de ilustres ausentes e habituais pendurados no orçamento camarário, vêm aí mais quatro anos onde a seriedade das causas e das promessas serão mescladas com os tiques populistas da importância dos adereços.

Nos últimos quatro anos e como boa forma de desviar as atenções sobre o incumprimento da grande maioria das suas promessas, o executivo de Desidério Silva, usou em boas doses a política da diversão, dos passeios, das ofertas, dos bailaricos e da boa mesa.

A ideia herdada de uma sua ex-vereadora, a criação do Clube Avô, foi usada sôfregamente para cansar os corpos dos seniores e deixar-lhes as boas e simplistas recordações dos benfeitores. E quando o baile não chega, há sempre a sugestão dos passeios a lugares a que a falta de condições financeiras nunca permitiram chegar ou umas reconfortantes e simbólicas mantas laranjas.

Em cima das eleições e sempre no mesmo estilo desinteressado, a comemoração do dia do idoso, levou o nosso inaudito presidente a mais um ímpeto de generosidade e com o dinheiro do Município, regalou um milhar de presentes, bem enquadrados e organizados pelas estruturas municipais, com um vistoso relógio.

Acusado de populismo, prontamente se invocou a casualidade bem estudada da coincidência de ocasiões.

Nos últimos quatro anos, estes actos controleiros de sugestão pelo primarismo deram um excelente resultado eleitoral e não há nenhumas razões para não terem incremento.

E no mandato agora iniciado, em curva descendente para a despedida e a preparação do substituto, as acções vistosas para consumo do olho e da barriga vão multiplicar-se.

È uma certeza!



FORUM ALBUFEIRA

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

NÃO BRINQUEM COM O FOGO!


De repente, assim como do nada, temos um bom punhado de figuras públicas do Algarve, envolvidas em polémica à volta da (in)segurança na região.

O que ressalta das trocas de acusações, entre “a atenção que é preciso prestar aos factos e aos seus impactos”, defendidos por uns e a teoria “de que não se passa nada de invulgar”, defendida por outros, é a de que a realidade e os números não mentem.

Nos invernos de 2007 e 2008, o recrudescimento dos assaltos, o aumento da sua espectacularidade, a sua entrada nos perímetros urbanos, a agressividade com morte associada e a sua ocorrência à luz do dia em recepções de hotéis, foram razões que levaram os dirigentes da ACOSAL, a pedirem uma reunião com a Governadora Civil que, na mesma linha do presidente da Câmara de Albufeira, desvalorizou o assunto.

Mas os assaltos continuaram, tal como a sua eficiência e objectivos revelavam actuações profissionais e bem sucedidas. A sensação de impunidade e o grau de perigosidade, nunca mais deixaram de ser uma preocupação de comerciantes e população.

O concelho de Albufeira foi um dos palcos preferidos dos meliantes, que justificaram relatos quase diários da imprensa nacional.

Mesmo com a introdução desse dado novo que foram os assaltos a recepções, a quartos e a clientes nas imediações dos hotéis, a comissão concelhia de segurança presidida por Desidério Silva e onde pontuam todos os membros do executivo, o presidente da assembleia municipal e o presidente de uma associação empresarial com sede em Albufeira, não mexeram uma palha.

O verniz estala quando, o insuspeito Foreign Office inglês, em legítima defesa dos seus cidadãos, faz os primeiros avisos de que a sucessão de incidentes com os súbditos de sua magestade, exigiam mais cuidados das autoridades nacionais.

Só perante a calamidade do principal mercado emissor de turistas emitir as suas ameaças e possivelmente pressionado pelos seus associados, é que o presidente da AEHTA, Elidérico Viegas, “surpreende tudo e todos” com as suas declarações “de que é preciso agir e investigar as possíveis ligações a redes terroristas”.

Mais uma vez, têm de ser os de fora a porem os dedos nas nossas feridas.

Para Bacelar Gouveia, deputado eleito pela região e presidente do Observatório Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, faz todo o sentido a denúncia da situação e a sua investigação e para o líder regional do partido do Governo, Miguel Freitas, está-se a empolar a situação sem razões aparentes.

No meio fica a realidade e os avisos ingleses que, se não tiverem respostas eficazes, poderão muito bem espalhar-se a outros países, com todas as consequências para uma região que está mergulhada numa crise económica, financeira e social de que não há memória.

Em jeito de conclusão, se falar desestabiliza, então o que poderemos concluir da falta de acção? Os factos não podem ser apagados e este inverno vai ser o barómetro.

Cuidem-se políticos! Não brinquemos com o fogo!

Luis Alexandre

sábado, 17 de outubro de 2009

INSEGURANÇA EM ALBUFEIRA? NUNCA!


Apesar do recrudescimento dos assaltos "vulgares" verificados nos invernos de 2007 e 2008, as autoridades locais de Albufeira, continuaram a apelidar de alarmistas e desestabilizadores todas as vozes críticas que chamavam a atenção para a gravidade da situação.

Chegámos a ter dezenas de assaltos, a imprensa fazia eco do descontentamento da população e dos comerciantes e o executivo camarário e a GNR, negavam a gravidade dos factos e declaravam que tudo estava dentro "dos números normais para a época", como se nesta matéria um único assalto seja uma normalidade.

Como aqui já foi denunciado, a ACOSAL, consciente das suas responsabilidades levantou a voz e fê-la chegar ao Governo Civil que, adoptou o mesmo discurso de desvalorização da situação.

No entretanto, os assaltos partiram para um mais elevado grau de gravidade e espectacularidade, com assaltos à mão armada a Hotéis e outros com vítimas mortais e o presidente da Câmara de Albufeira e outros altos responsáveis continuam a declarar a normalidade.

A comissão de segurança concelhia, presidida pelo presidente do Município e em cuja composição figuram todos os membros do executivo e o presidente da assembleia, tal como o presidente de uma associação empresarial, nada fizeram, nem analisar a situação.

Foi preciso o Governo inglês pôr os pés à parede, indo mais longe do que as simples preocupações, passando a declarar o Algarve como uma zona de riscos acrescidos, para que todo o mundo acordasse para o que se estava a passar.

Finalmente, o presidente da AHETA resolveu abrir a boca e exigir que se tomassem medidas para se evitarem consequências mais desastrosas. O próprio novel presidente da nova autoridade regional do Turismo, saltou a terreno a aligeirar as afirmações de Elidérico Viegas. O verniz estalou entre os deputados Miguel Freitas (PS) e Bacelar Gouveia (PSD), também eleito pelo Algarve e presidente do Observatório Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo. As altas patentes das forças de segurança também se juntaram para negar tudo. É um verdadeiro desfile de declarações de alarmismo "que em nada beneficiam a região". E os factos quem os apaga? Haverá fumo sem fogo? De repente, pessoas com responsabilidades entraram em parafuso?

Os problemas estão no terreno, a imprensa volta à carga sobre o assunto e já se falam de redes internacionais que operam na região e não há razões para se parar para analisar o problema com outra responsabilidade?

Claro que o presidente do Município de Albufeira, no seu já conhecido papel de peneira, não conta para as soluções. Mas as forças sociais do concelho e da região não podem deixar de manifestarem as suas preocupações e exigirem novos modelos de segurança para o concelho e para o Algarve em geral.

O Turismo vive de imagens e a segurança figura na primeira linha delas. Temos todos de estar muito atentos ao que o próximo Governo vai fazer em prol dos interesses desta região turística.


FORUM ALBUFEIRA

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PARA QUE SERVE O PS?


A gravidade da situação criada em Albufeira, não apenas por via dos últimos resultados eleitorais, obriga-nos a reavaliar tudo para encontrarmos maior eficácia no longo trabalho de desmascaramento da direita e das suas políticas.

Quando se elabora ou renova uma estratégia, definem-se os fins, os meios e os aliados.

Os fins estão definidos, os meios são exíguos e o terreno dos aliados é pantanoso. A sociedade albufeirense está minada pelo servilismo consciente e inconsciente, todo ele desenvolvido à volta da questão de ter ou mão ter acesso aos meios financeiros da Câmara, que foram exímiamente usados pelo PSD para comprar uma parte considerável da base social que grangearam.

No xadrez partidário, o panorama é confrangedor. Os pequenos partidos dividem-se entre a muleta e o contar das memórias (CDS e PCP) e o BE não tem qualquer expressão, apesar de ter criado um embrião.

Quanto ao PS, longe de ser parte das soluções é, na realidade, parte de todos os problemas. A sua conduta oportunista de vinte cinco anos de destruição de Albufeira e oito anos de cobertura da política de direita, fazem dele um partido moribundo e profundamente desprezado pela população.

A tentativa encetada por David Martins de conciliar o inconciliável, resultou em maior humilhação.Esta gente, pensa que o povo tem memória curta e poucos foram os homens das fileiras que quiseram levantar a bandeira que representa o pior da política em albufeira.

E como este partido é incorrigível e os seus dirigentes incapazes de aprenderem com os erros, nada se vai alterar no futuro.

O PSD vai governar como sempre o fez e o PS dará ou não o seu aval, em função dos interesses dos seus apaniguados. O estilo de tratar de todos os assuntos em circuito fechado, no interior dos gabinetes e no desconhecimento da população, vai continuar como no passado, porque o PS não é um partido virado para os problemas dos mais humildes e para as suas soluções.

Alguns assuntos, quando foram do domínio público e podemos citar o caso concreto dos 10 milhões para a empresa Cavacos SA, acabaram por abortar devido à pressão exercida de fora para dentro pelas forças progressistas do concelho. Foi o PS que trouxe o assunto ao conhecimento da população? Claro que não, tal como também omitiram as manobras à volta da compra da FACEAL, que de 1 milhão da proposta inicial acabou por ser comprada por quse 4 milhões.

Estas experiências do passado são esclarecedoras da política de conluios do bloco central levada a cabo em Albufeira, pelo que dificilmente poderemos contar com este partido.

Como sempre dissemos, o tempo explica tudo!


FORUM ALBUFEIRA

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O POVO NUNCA ESTEVE PRIMEIRO!


Entre as várias metas dos próximos 4 anos, uma delas, de entre todas, assume uma inegável preponderância, a criação das bases de sustentação da próxima candidatura do PSD.

O desenvolvimento da situação política do país vai acabar por ter interferência na definição da estratégia para esse fim, consoante se multipliquem os factores de crise que determinem o enfraquecimento e eventual queda do futuro Governo.

Seguindo a observação do principio de Peter, em que "todos somos promovidos até ao patamar da incompetência", Desidério Silva mantém intactas todas as suas aspirações de vir a ocupar um lugar "merecido" no parlamento. Conhecendo o seu estilo insinuador, não duvidamos que já terá feito ver aos seus colegas da direcção distrital, da qual é vice-presidente, "o como este passo é vital para o país que o chama".

Os dois próximos anos, se lançarem o país em eleições, cenário que eteve nos pressupostos do programa do PSD para 27 de Setembro, o PSD local pode matar dois coelhos de uma assentada. Sai o líder populista para o Olimpo e entra sem dor, o delfim que vai preparar o seu próprio terreno eleitoral que fica muito facilitado. Tudo numa simplicidade de processos mas na total falta de respeito para com o eleitorado, que conferiu a Desidério Silva um mandato para ser levado até ao fim.

Este é um velho truque, tristemente aplicado na sociedade portuguesa e que tem merecido o repúdio das populações.

Portanto, vamos ter um PSD e um Desidério Silva a desejarem uma situação política de "quanto pior, melhor", aliás já desenhada na estratégia nacional do partido , ao afirmar "de que não haverá coligação nem acordos parlamentares com o futuro Governo".

O Governo terá de procurar outros parceiros ou enfrentar sozinho o aprofundamento da crise, porque o principal partido da oposição não está disponível para as soluções, preferindo ver o país definhar ao longo de dois anos para satisfação da sua estratégia de poder.

Esta é uma velha teoria, absolutamente condenável, mas recorrente na prática política.


FORUM ALBUFEIRA
política à moda de albufeira (55)


O resultado eleitoral do dia 11 de Outubro, dificilmente sairia do parâmetro recorrente e atá veio a aumentar a sua diferença.

Em política nada se inventa e tudo tem uma fundamentação. Uma coisa são as justas razões de fundo para se alcançar um objectivo e outra é o peso da realidade instalada.

É evidente que uma governação oportunista, egocêntrica e usurpadora do PSD e do seu grande líder, foi sendo construída a par e passo até à cobertura total do pequeno território e dos seus principais sectores de influência, com os meios físicos e financeiros de um Município rico e sem oposição, pelo que a tarefa não era difícil.

A humilhação do 6 a 1 é o preço da claudicação numa primeira fase e do colaboracionismo no segundo mandato de Desidério Silva. Fernando Anastácio e Soares Alves, vereadores do PS, corporizaram o pior que há na política e puseram-se a jeito para esconderem da população, todas as medidas políticas que foram tomadas. Nada que não seja normal no PS, dado o historial de confabulação com os sectores mais reaccionários da sociedade portuguesa.

Os sectores progressistas e a sua linha mais consciente, iniciaram um trabalho de resistência e de formulação de propostas alternativas de poder, que efectivamente não tinham no terreno pernas para andar, porque o importante era marcar o território e fazer o adversário perceber que estava vigiado.

Todo este trabalho contou e possivelmente vai continuar a contar, com a indiferença do principal partido da oposição, co-responsável pelo estado lastimoso a que o concelho chegou, onde tudo parece brilhar num solo e sub-solo completamente apodrecidos. Os líderes do PS merecem as humilhações sofridas mas não a população do concelho!

É preciso não esquecer que, apesar dos números da vitória parecerem fantásticos, correspondem a um terço do eleitorado. Se considerarmos que mais de metade foram comprados não pela justiça das políticas mas com prendas e mordomias ridículas, poderemos pensar que o poder tem pés de barro. O desiderismo atingiu o apogeu e tem limite legal de existência. Daqui a 4 anos o monstro tem de ter nova cabeça e o PSD tem um dilema: como construir uma base de apoio ao novo candidato, sem deixar cair os interesses privados ávidos de se abotoarem dos chorudos meios financeiros da Câmara, que no próximo mandato podem atingir os quase 400 milhões de euros.

Como Desidério Silva disse na apresentação da sua recandidatura, tem um projecto para acabar. Desmultiplicando, sabe que não satisfez todos os sectores privados que o apoiam e querem ver deixados escritos no PDM e PU, os fundamentos da continuação da exploração desenfreada dos solos no horizonte da próxima década. É claro que este PS, tal como no passado praticou a mesma política, não se lhe vai opor, ficando esta luta e as consequências às costas da população e das suas forças progressistas.

Vêm aí dias muito difíceis, onde a direita no poder e os seus aliados, vão continuar a oprimir um concelho que tem vindo a perder fulgor social e económico por força da sua descaracterização.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

SERÃO OS PRÓXIMOS MESES DE CONVULSÃO?


A sequência de actos eleitorais que poderiam ter sido trágicos para o partido do Governo, acabaram por lhe sair de feição e a ganhar uma posição de vantagem para as presidênciais.

Enfrentando a carga política do descontentamento sobre o mal-estar geral do país, Sócrates, de Junho a Outubro e não por feitos alcançados, conseguiu transferir os anátemas para as costas de terceiros quando deveriam ser estes a assumirem um papel de liderança das alternativas.

Uma manobra política bem engendrada prendeu os principais adversários na teia, PR e PSD, deixando o eleitorado órfão de grandes escolhas.

Um primeiro-ministro que sai vencedor dos dois principais actos eleitorais do país, depois do falhanço das suas políticas reformistas e com uma situação de crise económica e financeira mais profunda, um deficit público assustador e um número crescente de falências e desempregados, não é bom augúrio para o futuro e mostra bem o estado de incapacidade de renovação política.

Sócrates não tem uma estratégia para tirar o país da crise e limita-se a jogar com o tempo, esperando pela conjugação de factores internacionais.

O Governo que sair destas eleições, com ou sem queijo para cortar, já tem a lista de recados dos burocratas europeus, que o deficit público é uma prioridade a levar em linha de conta porque o país não tem mais condições para o endividamento. Se não há uma ordem, há um aviso, o que coloca a amargura sobre o pequeno e médio tecido empresarial que não tem condições por si só de fazer face aos múltiplos aspectos da actividade, como não haverá inversão no desemprego e dinheiro para aliviar as dificuldades de quem não recebe qualquer subsídio.

Durante o ruído da campanha eleitoral, os factores de crise não deixaram de se agravar em toda a extensão do território nacional, com destaque para a nossa região que continua na frente dos indicadores negativos. Como não existe qualquer política específica direccionada à economia local, o que há é a promessa de um plano de apoio à formação de trabalhadores que venham a ser dispensados e que só terá reflexos num pequeno número de empresas, deixando o universo das mais de 30.000 micro e pequenas entregues à sua sorte.

Ganho o confronto com o voto, o próximo Governo encetará o caminho da recuperação financeira do Estado, atacando a política social com cortes, aumentando subrepticiamente alguns impostos e a economia funcionará dentro dos mesmos parâmetros de falta de liquidez, à espera que a animação venha de fora.

Em termos regionais, amarrados que estamos ao Turismo, a falta de recursos das famílias e o aumento do controle do crédito ao consumo provocou um inverno passado sufocante, as receitas de verão quebraram perigosamente e o novo inverno terá efeitos mais devastadores.

Empresários e trabalhadores irão protestar, o Governo não se desviará do seu rumo, cumprindo as ordens de resistência da EU e ainda que lhe custe o desgaste e o cenário para o qual todos se preparam, de eleições antecipadas.

O capitalismo e as suas potências lançaram a miséria sobre o mundo, não beliscaram os detentores das mais-valias arrecadadas com a especulação, as off-shores espreitam as novas oportunidades e os Governos fazem o seu trabalho preparatório, afinando os novos instrumentos jurídicos para chicotearem o trabalho e este voltar a produzir riqueza.

Desta crise, o rasto de pobreza gerada, não serviu de lição e não gerou as tranformações sociais que o país e o mundo precisam.

Luis Alexandre

O COMENTÁRIO...

Não acredito na lealdade e justeza da cultura política em Albufeira. Só em países de 3º mundo é que se vê maiorias seguidas como aqui. Não teria nada contra nem duvidaria de nada. Mas há batota da grossa com os bens públicos em proveito do Didi. Quem consegue ver em 700 relógios dados a 700 velhotes uma medida simples e gratuita? Quem consegue acreditar num político que oferece jantaradas, cheques, espectáculos e ameaça os membros do associativismo se não votarem nele?
Onde tem ele tanta dinheirama honesta e credível? Há combate desleal em Albufeira a partir desgtas e doutras... Pode ser que um dia tudo se conheça com mais pormenor! Mas isto não é normal... Este país não pode cair em atitudes e práticas anormais por muito tempo. Que o Didi já deve estar arrependido de ter comprado tanta gente... deu demais "nas vistas"!
A ver vamos....

anónimo

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A VERDADE NUNCA MORRE!


Estas eleições e os seus resultados, merecem a nossa análise cuidada nas suas várias linhas de força. Se há lições para os vencidos, também as há para os vencedores.

Dizem os vencedores, pela segunda vez consecutiva inebriados pelos resultados eleitorais, que secaram tudo à sua volta e que “o mundo” local está a seus pés. O que faz prever que a uma gestão autoritária, sucede outra na mesma trajectória. Num outro contexto, também Hitler tinha a Alemanha e outras nações aliadas a seus pés e depois de retumbantes vitórias, sobreveio a catástrofe final sobre si e o seu povo.

Como na guerra se degladiam duas correntes de opinião e muitas vezes a força da demagogia vai levando tudo à frente, Albufeira vive o mesmo filme onde um partido tem gerido os destinos e os meios financeiros do concelho a seu bel-prazer, privilegiando os seus apoiantes e determinados interesses privados sobre as soluções que afectam a imensa maioria e vão sendo adiadas.

Quem conhecer o concelho profundo, sabe da quantidade de injustiças sociais desprezadas pelo executivo camarário. Em jeito de exemplo, dois conhecidos equipamentos do concelho, Os pirilampos e a Gaivota, porque estão sob a égide de uma instituição – a Santa Casa de Misericórdia, que não é alinhada com o poder laranja, estão a ser alvo de atenção da imprensa estrangeira e mais uma campanha de sensibilização e recolha de fundos entre essa mesma comunidade. O que faz o executivo todo poderoso? Nada.

A onda laranja que varreu o concelho, assenta na cobertura dada por 1/5 da população, 1/3 dos eleitores ou seja, 9977 indivíduos. Os que não foram votar, mais os brancos e os nulos, são um número astronómico que atinge os 14.137 eleitores, cujo desinteresse é proporcional ao abandono a que têm sido votados pelas más políticas do PSD.

Se os vencidos têm de repensar tudo, desde o estilo à natureza das políticas que defendem e os meios para as alcançar, os vencedores, vêem aumentado o seu grau de responsabilidade de execução perante os cidadãos.

O esmagamento do PS e a sua redução a mínimos de representação histórica nos órgãos autárquicos, pode bem constituir uma grande lição e o motor para uma mudança de atitude, de maior aproximação e criação de propostas que relancem noutros moldes, a discussão dos grandes problemas e linhas de orientação.

A presença de Rosário Charrua na assembleia municipal, eleita pelo BE, vai também introduzir novas dinâmicas no estilo pasmaceiro e seguidista deste órgão.

Quanto ao FORUM ALBUFEIRA, não tenho dúvidas que continuará firme na sua estratégia de cidadania, de não se deixar instrumentalizar por nenhum partido apesar dos impropérios que lhe são dirigidos. O FORUM ALBUFEIRA desempenhou um papel muito importante de intervenção na vida pública, por isso se quiseram apoderar dele sem sucesso e para o bem do serviço que presta e deve ser o de maior base social possível.

Luis Alexandre

domingo, 11 de outubro de 2009

HUMILHANTE DERROTA DA OPOSIÇÃO PARTIDÁRIA!


Se a manutenção do PSD no poder se apresentava a caminho de ser um dado adquirido, a sua distanciação em relação ao conjunto da oposição partidária revela bem a má prestação desta junto da população.

Um executivo camarário que durante oito anos geriu para grandes interesses privados e num desprezo das necessidades mais prementes dos mais desfavorecidos, tendo revelado desprezo pelas promessas feitas a importantes sectores da actividade económica e social e cometido graves erros estratégicos na condução dos interesses do concelho no caso do Programa Polis/Câmara, ao reforçar a sua influência demagógica sobre a população abre péssimas expectativas sobre o tipo de políticas que vão ser seguidas no futuro.

O grande responsável por esta ascensão do poder autoritário é sem dúvida o PS e as suas políticas erradas. Depois da primeira derrota em 2001, optou por colaborar com o poder e não demarcar-se do poder. Fernando Anastácio, um daqueles políticos que estão na política para se servirem dela, foi o último dos colaboracionistas.

David Martins, aureolado pelo perfume do parlamento e ainda que em mangas de camisa, nunca percebeu onde veio cair e se percebeu, o que torna mais grave, preferiu fugir dos fantasmas do que exorcizá-los. Levou com todos os erros do partido em cima, porque nunca quis colocar como ponto de partida da sua carreira o corte com as figuras que figuram na galeria dos ódios da população. Faltou atitude.

A CDU local vai embrulhar-se na habitual "vitória" nacional do partido e esquecer o pesadelo.

O BE, que não existia, vai continuar sem existir. "O Aires faz falta" volta para casa e a experiência dos supostos independentes não passou de um fenómeno esporádico sem reflexo na vida do concelho.

Será que os perdedores têm a humildade de analisarem a frio a derrota que sofreram e tirarem daí as lições para o futuro?

Nas actuais circunstâncias e com a mesma estrutura de ideias, temos muitas dúvidas.



FORUM ALBUFEIRA


NOTA:

Este artigo foi escrito e publicado ainda antes de sabermos da eleição de Rosário Charrua, candidata do BE.
Esta nova deputada municipal, mulher de inegáveis qualidades pessoais e que já passou por este FORUM, representa uma lança em África.
Tem uma missão difícil mas, também tem uma juventude e frescura de ideias que muito poderão ajudar a conhecer e desmontar muitas das cabalas que o novo poder ainda mais inchado, tem preparadas contra os interesses mais profundos da população.
O FORUM ALBUFEIRA, felicita-a pela sua eleição e dispõe-se a um trabalho de colaboração em prol do concelho.



FORUM ALBUFEIRA

sábado, 10 de outubro de 2009

O PAPEL DO FORUM ALBUFEIRA, O SEU ENTERRO E O ENSOMBRAMENTO DOS MORTOS.


Quando decidimos criar o blogue, como forma de iniciar um trabalho de união das pontas de opinião interessada que sabíamos existir no concelho, apontámos para objectivos mais modestos do que os que rapidamente alcançámos.

Conhecendo as limitações intelectuais do concelho e o facto dos sectores mais cultos trabalharem na orla ou na dependência directa do poder de um concelho turístico, que interfere em tudo, percebem-se os receios, os conluios ou o deixa andar do sistema instalado. Desde que os vá servindo o melhor é deixar correr... porque essa história da asfixia democrática ser monocórdica
tem mais que se lhe diga.

O poder enervou-se, percebendo que uma arma deste calibre e dirigida à análise dos problemas do concelho teria as suas consequências. Mais, o poder sabe que à distância de um clique, se podem obter informações não viciadas sobre a execução política do concelho.

Não há nenhum político de Albufeira, das estruturas regionais e dos diversos órgãos da administração central no Algarve, que não acompanhe o nosso blogue.

Muitos dos nossos leitores desconhecem os bastidores de produção de ideias e os contactos de diferentes origens que são estabelecidos. É deste poderoso mundo de informação que qualquer poder tem medo, menos o de Albufeira.

O nosso blogue é hoje uma peça incontornável de consulta de opinião sobre o que se passa no concelho.

Como forma de prova, temos o comentário de "um tal engenheiro" que falou com o Desidério sobre o blogue (o que é lisonjeiro para nós) e a recente entrevista do presidente-candidato no "Região Sul", onde uma das perguntas foi fundamentada na blogosfera de Albufeira.

Calculamos a irritação! Àqueles que vaticinam o nosso "enterro", agradecemos as lágrimas.

Depois de domingo iniciamos uma nova etapa, que nem eles se apercebem da importância que tem.

Até amanhã à noite!




FORUM ALBUFEIRA

(ps: o São Pedro furou a lei, ao ter votado antecipadamente no PSD)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O PREÇO DA AUSÊNCIA!



Estamos a chegar ao fim da maratona eleitoral 2009 e da sua última campanha para as autarquias.

Em jeito de balanço, pode-se dizer que a ira dos portugueses se foi esbatendo, começando por amarelar o PS e o Governo para, na segunda etapa e agora quando mexe com os nossos tostões, lhes voltar a confiar o comando do país. À terceira, a das disputas locais, com a raia miúda partidária em cena, o espectáculo político roçou o sofrível.

Em Albufeira, até ao principio da campanha autárquica, não tínhamos dado por nada porque tudo se passou ao nível da caixa mágica. Digamos que os candidatos e as estruturas locais, onde existem, se resguardaram. E para quê?

A linha de oposição quase inexistente e a atitude colaboracionista por parte do PS que se arrastou ao longo dos últimos oito anos, teve o seu prolongamento nesta campanha frouxa que nem chegou a incomodar o presidente-candidato.

Uma gestão desastrada, despesista e autocrática de Desidério Silva e do PSD, acaba por sair praticamente ilesa deste confronto feito em ritual de exagerado respeito. A ocasião era de firmeza e contundência no desmascaramento das políticas oportunistas que nos governaram.

O candidato do PS, inexperiente nestas andanças e excessivamente polido, centrou a sua estratégia em prometer fazer mais, abandonando a política de fogo aberto, quiçá carregando o peso de muitos anos de ausência junto das populações.

A CDU, com uma trajectória discreta de oposição que a tem levado a um recuo de influência e presença nos órgãos autárquicos, ainda que escolha um homem da terra para cabeça de lista, estamos perante uma figura impreparada e os eleitores reparam nos pormenores.

O "Aires faz falta", candidato do BE, sem pôr em causa o essencial das qualidades pessoais, é um daqueles candidatos de recurso dentro da estratégia deste partido de caberem todos. Na realidade, a sua campanha não trouxe nem poderia trazer nada de novo. Nem o senhor conhece os problemas da terra para deles falar com autoridade, tal como o partido que o suporta. Os efeitos televisivos ficaram para trás e aqui trata-se de uma luta corpo a corpo, ideia a ideia e se as pessoas não conhecem os candidatos...

Oposição faz-se durante os mandatos para que se possa ter credibilidade no momento de votar.

A realidade para domingo está traçada.



Luis Alexandre

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

OS DINHEIROS PÚBLICOS VOAM, VOAM...


Voltámos a passar os olhos no sitio TRANSPARÊNCIA, que publica os gastos das instituições do Estado, incluindo as Câmaras Municipais e depara-mo-nos com factos e despesas que, no mínimo, são intrigantes.

Comecemos por este investimento de ajuste directo, que se realizou a 5 dias de expirar o prazo previsto em Lei, de a Câmara Municipal de Albufeira, tal como todas as outras do país apresentar um mapa de controle do ruído.

Como todos os cidadãos sabem, o nosso dinheiro anda a monte, tal como o referido estudo, que deve ter concluído na trajectória dos interesses do executivo, uma vez que o ruído é uma imagem de marca de Albufeira, para desespero de moradores e visitantes e grande proveito de meia dúzia de poderosos prevaricadores.


2009-01-26Câmara Municipal de AlbufeiraInstituto Superior Técnico de Lisboa - CAPSAjuste directo para prestação de serviços de Assessoria Tecnológica sobre Ruído Ambiente no âmbito da Carta de Ruído de Albufeira67.850,00 €



Outra curiosidade, é o volume de dinheiro de contratualização dos serviços de uma empresa próxima do executivo e que já havia merecido interpelação em sessão pública de Câmara, tendo o presidente olhado para o chefe de contabilidade e os dois afirmarem tratar-se de um erro que iria ser corrigido.

Como não se pode corrigir o que é verdade, acontece que continua publicado um pagamento de 50.000 euros por um dis de trabalho. A trapalhada é de tal forma confrangedora, que dias depois há novo pagamento do mesmo montante mas para uma execução de 730 dias (dois anos de trabalho de máquina aonde?).

2009-03-20Câmara Municipal de AlbufeiraCONSTRUÇÕES MARQUES & GUEDES, Lda.Aquisição de serviços – Aluguer de máquinas com operador de retroescavadora e escavadora giratória de rastos com balde ou martelo hidráulico.50.000,00 €


2009-05-28Câmara Municipal de AlbufeiraCONSTRUÇÕES MARQUES & GUEDES, Lda.Aquisição de serviços – Aluguer de máquinas com operador de retroescavadora e escavadora giratória de rastos com balde ou martelo hidráulico.50.000,00 €


Também os ex-libris de Desidério Silva, as escadas rolantes e o elevador, já estão a entrar nos nossos bolsos com despesas de manutenção ao fim do primeiro ano. Quando os desgastes provocados pelos invernos se fizerem sentir, de certeza que os números vão ser mais espectaculares.






2009-06-24Câmara Municipal de AlbufeiraTYSSENKRUPP ELEVADORES, SA.Aquisição de serviços – Manutenção das escadas Rolantes da Praça do Pescador.


56.160,00 €









2009-07-09
Município de AlbufeiraThyssenKrupp Elevadores, S.A.Manutenção das escadas rolantes instaladas na Praia dos Pescadores, em Albufeira.25.740,00 €

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PARQUE DE ESTACIONAMENTO P6, DE NOVO PARADO!


Em Julho, na sessão pública de Câmara, a ACOSAL perguntou ao presidente do executivo quando é que o Parque estaria pronto e quem ia pagar os custos da empresa construtora parada em obra por ter sido rasgado o projecto de fundações elaborado sob a égide da Parque Expo/PS e ouviu:
"não é possível anunciar agora e fá-lo-e-mos quando for oportuno".

Na altura da pergunta ainda havia trabalhos no local, que ficou posteriormente disponível para estacionamento. Estamos em Outubro e os trabalhos estão de novo parados.

De facto, o FORUM ALBUFEIRA foi alertado para uma pequena nota publicada num jornal diário, que dava conta de que a Câmara ia lançar um novo concurso para as fundações do parque P6.

Toda esta sucessão de factos põe a nu que existem muitos problemas à volta deste projecto e que o executivo municipal tenta gerir em surdina, sabendo que os atrasos se viram contra os comerciantes e a população e põem em causa a sua imagem de incumprimento, em período eleitoral.

Como tudo indica que vai ser preciso outro projecto, a ser pago pelo erário público, perguntamos ao presidente do executivo e candidato a nova eleição, que se explique de forma transparente sobre o que se passa, se alguma autoridade fiscalizadora levantou problemas sobre o cumprimento da Lei, se vai proceder contra quem fez e cobrou os projectos rasgados e qual a situação real de compromissos com a empresa HABIPRO, que ganhou o concurso de empreitada.

Depois de ter enrolado durante dois anos o avanço desta obra de grande importância para a baixa da cidade, apenas para servir os seus interesses eleitoralistas, eis que, bem ao seu estilo, Desidério Silva e o PSD, criaram mais um problema que convém esconder do conhecimento de todos.

Não há fumo sem fogo e em plena campanha eleitoral, seria desejável que os restantes candidatos questionassem o seu adversário titular do poder, do que se está a passar.

Fica o repto e aguardemos!



FORUM ALBUFEIRA
MAMA MARATONA - 25 DE OUTUBRO - PORTIMÃO

http://www.aoa.pt/news_details.php?id_noticia=85


Mama maratona.jpg

terça-feira, 6 de outubro de 2009

TODOS
AO ENCONTRO-PASSEIO
NA LAGOA DOS SALGADOS

SÁBADO 10, com encontro marcado para as 9:30, EM ALCANTARILHA, junto à bomba de gasolina no interior da aldeia e próximo da rotunda para Armação de Pera.


Este encontro-passeio é organizado pela ALMARGEM, tem o apoio de várias organizações da área do ambiente e pretende ser, para além do contacto com a natureza, uma forma de protesto contra a intenção já aqui denunciada de pôr o erário público a pagar as despesas de definição das margens e recuperação da Lagoa e não os promotores imobiliários que dela se "apossaram".

NÃO FALTES E LEVA OS AMIGOS!



FORUM ALBUFEIRA
Vale a pena relembrar textos atrasados sobre o Programa Polis/Câmara que tem estado ausente da discussão nesta campanha.

POLIS (PS+PSD) E EXECUTIVO CAMARÁRIO (PSD+PS) TÊM OS MESMOS ANOS DE VIDA, OS MESMOS OBJECTIVOS, AS MESMAS FALHAS, AS MESMAS INUNDAÇÕES, OS MESMOS ATRASOS E AS MESMAS RESPONSABILIDADES.

Uma notícia do semanário “O ALGARVE”, na edição da semana passada, sobre o Programa Polis/Câmara em Albufeira, dá-nos conta em como o actual Executivo camarário cuida ao pormenor da sua imagem fora do Concelho, procurando trazer de fora para dentro, a ideia da sua popularidade além “fronteiras”.

Este é um velho truque eleitoralista, levado quase à perfeição pelo adjunto do presidente, Dr. Paulo Dias Rato, especialista em comunicação e organização de eventos.

É deste homem, o sucesso de tanta subida ao palanque, para os discursos retumbantes de auto-sucesso. Onde estão as massas, seja de que tipo forem, tem estado o Executivo!

Mas onde estão as contestações, tipo inundações ou atrasos das obras lançadas pela Câmara nas Ruas 5 de Outubro e Cândido dos Reis, já não é tão aconselhável, vai o vereador Carlos Quintino e mais um qualquer engenheiro, para diluir a conversa.

Voltando à noticia, o sr. presidente Desidério Silva, pela primeira vez reconhece aquilo que já foi afirmado em artigo de Luis Alexandre, que aceitou as exigências do Governo PS, de que as sumidades da Parque Expo, viessem planear e conduzir os trabalhos em Albufeira.

Assume-se, finalmente, que os maus resultados que se conhecem, executados debaixo do nariz do Executivo que aceitou o silêncio, poderiam ter sido evitados.

Os erros do Executivo recaem agora sobre os comerciantes, restauração e população, que tanto protestaram a tempo de se operarem as rectificações necessárias.

Não tínhamos voz, mas a Autarquia participou com 40% dos investimentos e ainda temos de arcar com todas as despesas de correcção e de manutenção. PÉSSIMO NEGÓCIO!

Um dos erros desta subserviência, foi ter-se começado a casa pelo telhado, encerrando ruas sem que se tivessem construído primeiro os parques de estacionamento, que nos deixaram completamente em desvantagem com as grandes e médias superfícies comerciais entretanto autorizadas por este mesmo Executivo PSD.

À pergunta do jornalista, de ser acusado de ter liquidado o centro, o presidente responde pronto que pôs cobro a uma situação de “sem lei nem roque”, de mistura de carros e pessoas, e que daqui a uns meses vamos passar da miséria à fartura de 1000 lugares de estacionamento.

O Executivo claudica nas suas responsabilidades e pagam a actividade económica e a população!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

HAVERÁ MENTIRA SEM MENTIROSO?

Oito anos de governação, oito mentiras grosseiras, oito grandes preocupações para o futuro!

  1. Prometeram habitação social: fizeram ZERO!
  2. Prometeram Parques de Estacionamento: fizeram ZERO! ( O que existe foi feito no âmbito do Programa Polis/Câmara e construíram 200 lugares e destruíram 370!)
  3. Prometeram combate à sazonalidade: fizeram ZERO! (Os problemas da liquidez e do desemprego agravaram-se com o encurtar da presença de turistas)
  4. Prometeram melhorias nos cuidados de Saúde: fizeram ZERO! (Baixou a cobertura de médicos de família bem como o número de profissionais de enfermagem e médicos no Centro de Saúde!)
  5. Prometeram escolas profissionais, pólo de ensino superior e escolas nas freguesias: e fizeram ZERO!(Remendaram, acrescentaram mas mantêm os resultados do ensino em baixos níveis de aproveitamento)
  6. Prometeram cobertura de creches e infantários: e muito pouco fizeram, mantendo-se as necessidades em números frustrantes!
  7. Prometeram milhares de hectares de verde: apenas fizeram um parque radical com uma pequena sementeira de árvores.
  8. Prometeram qualidade de vida e baixaram-na a todos os níveis, aumentando impostos, descaracterizando os traços históricos, autorizando a massificação da construção para especulação, ridicularizando o apoio às instituições de carenciados, pouco fazendo pela mobilidade e a confusão de verão, deixando a segurança e o ruído ao sabor dos prevaricadores, entre outras questões que somadas empobreceram a cidade e o concelho!

Albufeira merece melhor!

FORUM ALBUFEIRA

domingo, 4 de outubro de 2009

A ALMARGEM TOMOU A INICIATIVA DE QUESTIONAR TODOS OS CANDIDATOS AUTÁRQUICOS SOBRE VÁRIAS MATÉRIAS AMBIENTAIS ALUSIVAS AOS DIFERENTES CONCELHOS.

Eleições Autárquicas 2009


As eleições autárquicas são um momento muito importante da vida
dos
cidadãos, especialmente porque estão em causa os grandes temas e
problemas locais com que cada um de nós se debate no dia a dia
profissional, social ou familiar.

Importa por isso saber o que pensam aqueles que se candidatam ao cargo
de Presidente da Câmara acerca de todas essas questões e que medidas
se propõem levar a cabo no caso de serem eleitos no próximo dia 11
de
Outubro.

A Associação Almargem tem como obrigação defender as causas
ambientais
e sensibilizar os responsáveis políticos para a conservação da
natureza e para modelos sustentáveis de desenvolvimento.

Neste contexto, a Almargem enviou aos vários candidatos, um conjunto
de questões que dizem respeito à política ambiental de cada
concelho, como forma suplementar de esclarecimento aos eleitores
algarvios.

As respostas serão divulgadas logo que possível.

A Direcção da Almargem



QUESTÕES COLOCADAS AOS
CANDIDATOS ÀS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2009


Albufeira
1. Que medidas pensa implementar no sentido de preservar a
Biodiversidade no seu Concelho (tendo nomeadamente em conta que 2010
vai ser o Ano Mundial da Biodiversidade)?
2. Qual o balanço que faz relativamente à quase integral ocupação
do
litoral do concelho por espaços urbano-turísticos?
3. Como pensa preservar e revitalizar toda a zona do vale da Ribª de
Quarteira integrada na Rede Natura 2000?
4. Como avalia o facto de nas últimas duas décadas (1990-2006) o
concelho ter visto aumentar a área urbana em mais de 50%?