Debaixo do luar de Agosto, os números e os factos que fazem a realidade do Algarve, são de tirar o sono por longos meses.
Setembro aproxima-se a passo rápido, mês em que todos os factores conjugados começarão a mostrar sem tibiezas o mau estado geral da economia nacional, vão desmentir a propaganda oficial eleitoral e a incapacidade deste Governo em lidar com os problemas e as suas soluções.
Entre as medidas pós pancada na cabeça a 7 de Junho, que produziu um reavivar de memória, com recurso a vistosos investimentos públicos que se dividem entre a necessidade e o questionável, o Ministro da pasta das Finanças, no entretanto acumulada com a da Economia, por efeitos do descontrole e falta de convicção para o futuro do anterior titular, também incluiu o Algarve no seu roteiro, respondendo aos apelos que justamente partiam da região.
O Governo, na posse de todos os dados estatísticos estruturais, do deve e haver regional e percebendo a sua gravidade, baixou do seu pedestal de arrogância para dizer aos algarvios “que não deixará de dar respostas”, trazendo apenas um projecto de sustentação do emprego para um tecido fraccionado em dezenas de milhares de micro e pequenas empresas, o mesmo que foi formulado na EU para o sector automóvel europeu.
Faltando pouco tempo para o descalabro e as eleições, vivendo-se um período negro de perdas de receitas que variam entre os 40 e 60%, afectando todo o espectro empresarial, que determinaram números assustadores de desemprego em época alta e uma perda acentuada das receitas estatais provenientes do Turismo, faltando contabilizar o segundo semestre do ano, que inclui os meses fortes de Verão, tudo se prepara para mais um Setembro negro da História do Algarve, na primeira década de um novo milénio.
O Plano do Governo, ainda que apresentado debaixo da afirmação que “nenhuma empresa deixará de ser ouvida” e que não poderá ser aplicado sem o apoio das Associações, acabou por ser uma afirmação de impotência perante a gravidade da situação criada na economia e cujos efeitos se abatem violentamente sobre os que não têm qualquer responsabilidade, os pequenos negócios e o trabalho.
Todos os chamados planos de apoio em vigor, dotados de pequenas nuances, mantêm de pé o essencial dos mecanismos impositivos, bem como a palavra final continua a pertencer aos Bancos, eles próprios selectivos e face à profundidade da crise, limitados nas suas reservas e pelas garantias disponibilizadas pelo Governo.
A ideia que extraímos das intenções do Governo, é a de que vai seguir a premissa capitalista das mortes positivas e da renovação, depois de ter governado sobre a carga fiscal imposta aos rendimentos do trabalho e das empresas, ficando os problemas económicos e sociais envolvidos na grande mentira que são os programas existentes.
O choque financeiro do Setembro negro de 2008, teve um forte impacto negativo imediato na economia e na confiança dos consumidores, sofrendo o Turismo os seus nefastos efeitos com apogeu marcado para Setembro de 2009 e depois dos revezes iniciados com o Setembro de 2001, em que a procura, a qualidade e gastos dos clientes entraram em curva descendente, já assumida por responsáveis.
Contudo as leituras políticas e económicas não sofreram alterações e apesar da mensagem do futuro Presidente da República, Cavaco Silva, ter alertado em 2005 em terras algarvias e perante empresários e autarcas, para a necessidade de inverter a importância da quantidade sobre a qualidade, assistimos à continuação dessas más políticas persistindo no erro criminoso da oferta ser contundentemente superior à procura e criando constrangimentos a uma região que deveria evidenciar-se como destino de eleição.
A primeira década do novo milénio fica marcada por três Setembros negros, três grandes feridas que estão longe de cicatrizar e cujas lições não foram compreendidas.
O grito tem de partir do Algarve que precisa de uma Carta de Compromisso, assente nos esforços das forças no terreno, ultrapassando as disputas partidárias e de sectores, com o objectivo claro de estabelecer uma linha de autoridade e de pensamento a sul, para os tais rumos diversificados e horizonte estratégico de sustentabilidade.
Luis Alexandre
12 comentários:
O Algarve sempre foi desprezado, tiram boas receitas à nossa custa e levam uma eternidade para fazerem qualquer coisa.
E não se ponha o Mendes Bota em bicos de pés para acusar o PS que o seu Partido fez a mesma coisa.
Se estamos no fundo do poço e as soluções no ar com os passarinhos, deve-se a esta gente que fala mas não faz.
Insistem nas teses partidárias e nas diferenças de opinião que é como dizer vai ficando tudo como estava.
A moda e a chave dizem, retomando a regionalização, que só por aqui.
Valha-nos Deus, com esta mesma gente à frente? É de fugir e com o meu voto não vão lá.
O Alexandre pede uma carta de compromisso o que nunca vai acontecer porque se for por aí que temos de ir, os Partidos têm as suas direcções que sabemos todos não coincidem.
Eu não tenho nenhuma dúvida que vamos continuar a andar aos papéis.
E vou mais longe, o Algarve não tem uma figura que a defenda como deve ser e porquê?
Porque não têm vontade própria, nem coragem para a ter.
cidadão
Mosse Debe o que aí vem depois de Setembro, a crise só tem vítimas não tem culpados como na Maria luisa.
Oh Luizinho, as tuas lágrimas são de crocodilo, o que queres é tacho, como o didi não foi nisso, andaste à volta do PS e levaste com os butes, viraste-de para o advogado, para te dar boleia... diz que não, que eu rio!
Algarvio que se preze, vota em branco a 27 SET, pois é sabido que terá dois paraquedistas colonizadores impostos pelo centrão...
Mas!... Que mentalidade democrátrica é esta?... Os dois maiores partidos não têm algarvios capazes?... E, tanto Bota como Freitas ficam-se... agarrados ao poder!...
Professor Carlos
Luís "PiriPiri"!,
Para quando as tais placas junto ás placas dos candidatos a Albufeira a divulgar este blog? Abra lá a conta bancária para podermos contribuir para esta campanha de informação aos cidadãos de Albufeira: talvez se tornem cidadãos mais esclarecido aos conhecerem alguns dos assuntos aqui abordados!
AVANTE! CAMARADA...
Candidatos por Albufeira sem Estratégia para Albufeira:
http://albufeirasempre.blogs.sapo.pt/2009/08/30/
São muitos de subserviencia e ficou provado que não é desta que nos vamos safar, com o tal Bacelar de não da onde e mais o Joãosinho soares que não ata nem desata. Boas merdas que mandaram para cabeças para matarem á nascença que venha qualquer algarvio destemperado porque de momento não temos nada de bom para pôr lá e esta é a ideia que tem Lisboa aqui sobre a malta.
FESTA É FESTA!
ALBUFEIRA SEMPRE EM FESTA!
Sardinha, carapau, frango, arjamolho, polvo, salsicha, caracol!Admirem-se!A laranja algarvia, ironicamente, devia estar classificada e demarcada, mas a incompetência e incapacidade dos políticos é tal!!!não consegue.É triste. Vendem os espanhóis laranja "espanhola do algarve"!Boa! É o cúmulo da incompetência. Só olham para os bolsos deles!!! Viva a gastronomia. os foguetes e os grandes e caros artistas. Há dinheiro para tudo e ainda sobra muito.Milhões para desbaratar naquela obra da ribeira que é uma vergonha.Contra todas as regras e ninguém sabe !Ninguém vê!!! Nem se preocuparam em acabar antes do Verão. Para quê?? O povo come tudo o que estes políticos baratos fazem.
O desidério paga sim e bem.Paga sempre!! Com o dinheiro da câmara? Não. Com o dinheiro do estado? Não. Com o dinheiro que ele ganhou quando fazia projectos e estava (e está) ligado à construção civil? Não! Então de quem é o dinheiro???? É nosso.Devia estar na educação dos nossos filhos.Na assistencia social.No bem estar da população porque é a obrigação de todos eles (as organizações públicas). Parte do dinheiro, fiquem a saber, é o que vamos todos pagar quando compramos (caríssimos)os livros da escola dos nossos filhos!!Na Alemanha, para evitar o negócio sujo, (como a consciência dos políticos), os livros são entregues aos alunos e devolvidos no fim do ano para serem entregues aos novos alunos!!!Tudo grátis. Que raio de políticos temos nós???Meus amigos o desidérios está a esbanjar o nosso dinheiro, quando temos o dobro dos desempregados que havia no ano passado!!É incrível!Nínguém se aprecebe?'?As empresas estão a falir. O turismo não tem contratos para o próximo ano e toca a festejar!Está tudo maluco!!!
Olhem albufeirenses, se não conseguirmos dar conta desta situação, lamento muito, mas é tempo de começar-mos a ter pena de nós próprios e vergonha dos nossos filhos que vão herdar o reino do desidério!!!
então albufeirenses! EXIGAM um programa eleitoral como deve ser... um programa que reflicta uma estratégia para melhorar a atractividade de Albufeira, para melhorar o turismo, para melhorar a qualidade de vida de quem cá mora. Festas sabemos que para o ano teremos! Mas pão, teremos para o ano?
Vamos a ver se para o ano, aquele estudo da boa qualidade de vida em Albufeira, dá Albufeira por vencedora outra vez!
Que estratégias para desenvolver Albufeira os candidatos tem? Não devem ter nenhumas, pois andam todos ao sabor, não do vento, mas dos interesses, pois o vento pode não soprar de feição!
João de Paderne
Mas então não sabiam que o estudo foi comprado pela camâra. Peçam informações á universidade que o fez.Ainda há mais a seu tempo se saberá,a seu tempo...
Avante camarada-laranja Aires pela super-esquerda divisionista, inteligente e revisionista!!!
o povo vencerá!
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