quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

CAROS LEITORES


O FORUM ALBUFEIRA, vai estar ausente da vossa companhia por alguns dias, pelo menos até dia 8 de Março.

Trata-se de uma situação excepcional, voltando depois ao vosso convivio, que tanto apreciamos.


FORUM ALBUFEIRA
TEXUGUEIRAS NO MINISTÉRIO PÚBLICO


Quarta-feira, dia 10 de Fevereiro, uma delegação do FORUM ALBUFEIRA, deu entrada de uma queixa formal no Ministério Público de Albufeira, sobre o nosso entendimento de ilegalidades praticadas na Urbanização das Texugueiras.

Foi entregue um dossier com toda a documentação oficial recolhida pelo representante dos queixosos, sr. Manuel Carvalho, proprietário de um lote na referida urbanização, e a que foi trocada nos muitos contactos com a Câmara e Assembleia Municipal.

Esta denúncia, vem no seguimento de terem sido esgotadas todas as possibilidades de obter reacções da Câmara Municipal, que em momento nenhum revelou qualquer preocupação séria de proceder a qualquer diligência no terreno e na companhia do queixoso, para se confrontar o que está construído e o que está determinado em Alvará da Urbanização, nos projectos e despachos da autarquia.

Decorreram mais de três anos de insistências infrutuosas, não restando outra alternativa aos que na mesma Urbanização cumpriram todos os requisitos legais, pelo que este passo foi pensado e executado com intenção e devidamente documentado.

A denúncia no Ministério Público foi o último passo de um sem número de outros contactos junto de entidades públicas, entre elas o IGAL, organismo de fiscalização do exercício do poder autárquico, o qual nem se dignou responder.

O Ministério Público é o último refúgio para a reposição da legalidade, que julgamos está ferida em todo este processo.

Vamos aguardar e manter toda a vigilância sobre o assunto, sem prejuízo de iniciativas de outra natureza.


FORUM ALBUFEIRA


Depois de elaborado este texto, programado para sair a 17 de Fevereiro, tomámos conhecimento que o presidente da Assembleia Municipal, deu seguimento às diligências desenvolvidas pelo sr. Manuel Carvalho e colocou o assunto para discussão como o ponto três da ordem de trabalhos da próxima sessão, marcada para as 21 horas do próximo dia 24.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

ALBUFEIRA: A PROPAGANDA E O FUTURO


O discurso oficial da gestão autárquica de Albufeira, assenta nos últimos tempos numa expressão jornalística mais intensa e direccionada, mais para consumo externo, na tentativa de fazer passar uma mensagem de um concelho em movimento de franco desenvolvimento, pela vontade e capacidade de uma maioria absoluta.

Anunciam-se avultados investimentos em obras como o Museu do Barrocal em Paderne e um Palácio de Congressos na cidade, os dois com projectos de renomados arquitectos portugueses, exalta-se o crescimento demográfico, a conclusão de infra-estruturas sociais, de ensino e desportivas e a criação de oportunidades.

Considerando que todas as infra-estruturas são positivas, todavia, têm de concorrer para objectivos e obedecerem a planos que lhes dêem consistência e rentabilidade. As iniciativas avulso, desalinhadas ou desacompanhadas de outras que lhes dão razão e sustentabilidade, podem tornar-se num desequilíbrio estrutural e num peso financeiro para a autarquia, ficando os seus resultados aquém das expectativas.

O concelho de Albufeira, bafejado pelas virtudes da natureza, cresceu a um ritmo acelerado e desordenado, porque nunca obedeceu a um Plano Global e Estratégico, que definisse com clareza que tipo de objectivos se pretendiam alcançar em cada uma das partes do território e para cada um dos sectores da vida social e económica. Mesmo os PDM, que cumprem parte dos objectivos, nunca foram respeitados.

O Museu do Barrocal é uma mais-valia para a aldeia de Paderne mas, precisa de ser acompanhado de unidades de turismo local, incluindo para a área da saúde, que fixem visitantes e dêem circulação de pessoas e dinheiro, para o crescimento do emprego e das oportunidades.

O Palácio de Congressos, requer que se comece a trabalhar com anos de antecedência para se influenciar e calendarizar actividades mas não consta que tal tarefa tenha sido atribuída ao pelouro ou outra entidade.

O crescimento demográfico, que é real, deu-se pela vinda de nacionais e uma maioria de estrangeiros, de uma maneira geral desqualificados, que, devido ao facto de em oito anos não se ter construído habitação social, pagam rendas superiores aos rendimentos e vivem amontoados. Dado o agravamento da sazonalidade e da precariedade do emprego, temos assistido à queda destes estratos na criminalidade, criando constrangimentos na segurança, que foi uma imagem de marca do concelho e da região.

Nos equipamentos sociais, desportivos e escolares, apesar de se terem construído novas unidades, estas são manifestamente insuficientes para satisfazer as necessidades. Nem ao fim de uma década, a Guia deverá ter pronta a prometida escola ou o concelho verá satisfeitos os cuidados continuados e colmatada a cobertura de metade da população que não tem médico de família.

As assimetrias do concelho têm-se acentuado, por cada euro de investimento do orçamento da autarquia não corresponde um crescimento da economia, cujos sinais são preocupantes, estando o investimento privado em estagnação, não foram construídas quaisquer alternativas ao Turismo, a cidade está cada vez mais fantasma largos espaços do ano, com a mais elevada taxa de desemprego da região, problemas de liquidez de muitos empresários e os sinais para a próxima campanha não são animadores.


Perante a enormidade dos problemas que enfrentamos e a falta de um projecto convincente e sólido, todo o frenesim propagandístico da autarquia, deverá ter como clara intenção, criar uma auréola que promova a imagem de figuras que aspiram a continuar as suas carreiras políticas noutros planos, em parte já ensaiadas sem sucesso, fechando o ciclo autárquico.

Luis Alexandre

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

ALBUFEIRA E O PIDDAC



Porto de pesca


O Orçamento do Estado para o Algarve, voltou a ser uma frustração, na lógica do passado e independentemente das cores partidárias que governavam os destinos do país.

O centralismo governativo sempre trouxe os políticos algarvios debaixo do braço, não se conhecendo a história de nenhum que tivesse batido com a porta, porque se sentisse incomodado com o facto de ter defraudado as expectativas que apregoou.

O PIDACC para 2010 atribuiu uma verba global para o Algarve de 52 milhões de euros e 2.515.210 para o concelho de Albufeira, distribuídos pelas seguintes rubricas:

1. Alimentação da praia de Albufeira 2.214.000

2. Obras Tribunal de Albufeira 174.816

3. Porto de Albufeira 125.000

4. Pintura do edifício da Polícia Judiciária 1.394

Á propósito desta atribuição, o presidente da Câmara, Desidério Silva, proferiu a seguinte declaração:

“Este PIDDAC é uma desgraça completa! Apesar da verba para o areal da praia ser alta, ela não é suficiente. Uma obra importante é a correcção dos molhes do porto de abrigo de Albufeira, que não têm condições de segurança para os pescadores e barcos e não foi contemplada”.

Ficamos pois a saber, pela boca do presidente, que a obra do Estado central de construção do porto de abrigo de Albufeira não foi bem projectada, gastou-se o dinheiro e os problemas têm de ser corrigidos. Fez-se mal, não se apuram responsabilidades e é necessário voltar a gastar mais dinheiro e tudo corre às mil maravilhas, porque trabalho não falta e dores de cabeça para os pescadores também não. Desidério Silva abre a boca para lamentar a falta de verbas e o que lhe está na origem é para ser discutido nos gabinetes, fora da interpretação da população.

Quanto à redução das verbas para o Algarve, para um terço em comparação com três ou quatro anos atrás, o Sr. Desidério, vice-presidente distrital do PSD e aspirante a deputado, não tem nada a dizer e nem a fazer. Em fim de carreira autárquica é preciso ter cuidado, porque os chefes só premeiam os que lhe obedecem.

Quanto ao PIDDAC dos próximos anos, nada de melhor há a esperar…


FORUM ALBUFEIRA

domingo, 14 de fevereiro de 2010

AS CRÓNICAS DO DESIDERISMO


Em mais uma das suas teorizações “à Desidério”, desfilada no CM de sábado de Carnaval, fala-nos de “Tradição e Modernidade”, para elogiar a sua obra passada e a que pensa fazer.

Escreve o edil: “Em Albufeira, temos trabalhado num caminho sustentado que dê resposta ao crescimento do número de cidadãos residentes, mas que procure também novas janelas de oportunidade” (?!?!?!).

Espantosa afirmação do presidente de Câmara, que fala de um crescimento populacional real, à base de emigrantes desqualificados, carne para canhão, que se vêem obrigados a viver amontoados, porque em oito anos não se fez habitação social e as rendas são superiores aos salários médios, e fala de oportunidades, é claro que sem especificar, porque o concelho de Albufeira é o que ostenta a maior taxa de desemprego, de trabalho temporário, de insucesso escolar e reciclagem de muitos destes novos habitantes, em meliantes que lançam a insegurança no concelho e fora dele.

Escreve que tem construído equipamentos, pois para isso é que foi eleito, para trabalhar e usar condignamente os dinheiros públicos mas, a realidade, é que os tais equipamentos aliados ao tal crescimento demográfico, mostram uma insuficiente cobertura das necessidades, desde os infantários às escolas. Só ao nono ano de mandato é que tem em concurso a promessa da Escola da Guia, que dificilmente estará pronta para o próximo ano lectivo.

Vai lançar o Museu do Barrocal, ideia que recolheu de uma ex-vereadora que não reconduziu e sem dúvida uma mais-valia, que é alvo de propaganda há mais de dois anos e ainda não passou disso. Pelo menos corrigiu, depois das nossas críticas, a ideia rocambolesca da “marca Paderne”, porque num concelho tão pequeno, tudo deve concorrer para a marca única de Albufeira.

Para a semana teremos relatos de mais “feitos”, possivelmente sobre o Pavilhão que já leva cinco meses de atraso, faltando saber se com derrapagens.


FORUM ALBUFEIRA

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

AINDA A QUESTÃO ALISUPER



Estiveram a manifestar-se em Lisboa, uma parte dos trabalhadores das empresas associadas ALICOOP e ALISUPER e, se partiram com incertezas para um protesto vulgar nos últimos tempos, à porta de um Banco, voltaram sem respostas e apenas ilusões.

Pelas últimas declarações de Miguel Freitas e a presença informal de Mendes Bota na manifestação, ficamos com a ideia de que não estão envolvidos directamente nas “negociações” ou, o que sabem, não dizem.

Se um grupo de credores principais, os Bancos, avançam para a elaboração de um estudo, anunciado como tendo custado 500 mil euros e que se decidiu pela capacidade regenerativa das empresas e se uma dessas entidades, exactamente o Banco público CGD, se esconde atrás da escusa de um milhão e duzentos mil euros para todo o processo arrancar, isto significa que os factores se alteraram e as soluções já não passam por manter o anterior figurino.

Miguel Freitas, na sua primeira intervenção sobre este assunto, em Novembro, arrastando consigo uma imagem de envolvimento parlamentar e do partido do Governo, disse que seria accionado o Fundo da Segurança Social para cobrir os salários em atraso e que entendia haver solução para a empresa.

Dois meses depois, o conteúdo das declarações de Miguel Freitas, incidindo sobre “a necessidade de procurar a melhor solução para o Grupo”, faz adensar a nuvem do que o que está em discussão é como arrumar o assunto dos trabalhadores, o maior empecilho, porque as empresas valem pelo seu património e relativa penetração no mercado, valores que poderão ser espartilhados pela solução financeira julgada conveniente, a que não será alheia a entrada em cena de qualquer grupo concorrente da distribuição.

O que o horizonte parece desenhar, é que os trabalhadores, com seis meses de salários e subsídios em atraso, irão para o Fundo de Desemprego, sujeitando-se a meses de espera pelo ressarcimento dos atrasados, tal como os pequenos credores se enterrarão em despesas judiciais pela reclamação dos seus créditos.

Se o Algarve já enfrenta um nível de desemprego sem soluções à vista, acrescentam-lhe mais 500 pessoas de forma directa e desarticula-se uma das maiores empresas da região, dando margem de negócio aos velhos e novos clusters.

O problema da ALICOOP já se arrasta há anos e o da ALISUPER há meses, não tendo havido nenhuma preocupação atempada para uma intervenção que permitisse soluções correctivas. Os políticos só entraram em cena, quando a voz dos trabalhadores ecoou na comunicação social, proferindo as habituais declarações de ocasião e com o cinismo de quem chega atrasado mas está “atento”.

No decurso desta crise, cuja explosão foi gerida para fora do período eleitoral, será que na passagem pelo Algarve da nova ministra do Trabalho, estes números e os que se vão seguir já estavam inscritos no seu plano nacional?

É um facto que as empresas nascem e morrem por razões e interesses diversos mas, também é um facto que sendo os trabalhadores um dos seus principais activos, são, contudo, os mais desconsiderados e usados, como se de mercadoria se tratassem.


FORUM ALBUFEIRA


Depois de elaborado este texto, foi confirmada a rescisão colectiva com todos os trabalhadores. Confirmou-se também, toda a hipocrisia política em volta da "salvação" destas empresas. No Algarve já andamos perto dos 30.000 desempregados e a economia em queda, vai continuar a aumentar estes números.

O Governo continua a fingir que não conhece a dimensão do drama e ainda responde com o desinvestimento na região.


Embora reconhecendo que a informação que nos deram não é consolidada, porque se basearam no anúncio/ameaça de um dos dirigentes da empresa, como forma de pressão, não vamos retirar o texto, deixando-o também como uma forma de pressão para que se encontrem soluções justas.


FORUM ALBUFEIRA

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

NO CONTROLAR É QUE ESTÁ O GANHO





As contradições sociais e a luta política em torno dos meios de comunicação, geram correntes de opinião que se degladiam e exprimem por todos os meios possíveis e, ao contrário da ditadura que sonegava a cultura e a informação, a democracia parlamentar burguesa precisa de extravasar o turbilhão de compêndios, rodeando e influenciando o que se chamam as bases sociais de apoio.


O desenvolvimento imparável dos instrumentos da sociedade de informação passou a fase da necessidade para ser uma procura constante, para a venda de produtos e ideias, sobre as quais assentam as conquistas e a supremacia.

As tentativas de controle dos meios de comunicação são tão velhas como a História e se no passado se controlava uma estrada por que a vida e os valores passavam por ali, hoje, as estradas multiplicaram-se e nenhum indivíduo, empresa, partido e instituição, vive sem os cuidados estruturais da imagem e do poder de influência.

As acusações de manobrismo e agravamento das intenções do poder em controlar os meios de comunicação, através de planos urdidos bem alto, são mais um reflexo da fraqueza de uns contra outros na luta pelo poder, do que uma verdade que os incomode.

O passado recente do nosso país no pós 25 de Abril, mostrou à saciedade que a actividade subterrânea para a influência e controlo de todas as formas de comunicação foi uma constante e já teve várias acusações e crises.

A democracia parlamentar burguesa e os seus componentes, lutam linha a linha, imagem a imagem, euro a euro, pelo espaço que influencia o dia a dia dos cidadãos e nenhum deles passa sem o Jornal das Oito onde o problema está nos pivots e perguntas certas. A importância da comunicação atingiu dimensões que Portugal até criou um partido televisivo, bolsa de reservas do descontentamento temporário de camadas da população.

No salazarismo/marcelismo imperava a mordaça e a proibição e, no novo regime, querem-se os cidadãos, sobretudo os que votam, estimulados a acompanharem e absorverem as mensagens enviadas.

Num ponto pusemo-nos todos de acordo, governantes e governados, que a universalidade da informação é irreversível, estando as diferenças nos fins da sua utilização. Contudo, o problema continua a estar do lado do poder, que ao formar objectivos menos claros, certamente terá as devidas respostas.

A modernidade tecnológica e a globalização derrubaram fronteiras e criaram problemas alargados a quem tem algo para esconder, dando, por outro lado, vantagens às correntes de opinião livre que hoje convocam manifestações, influenciam candidatos a qualquer coisa e decisões.

Factos indesmentíveis, são o permanente apetite e até a sofreguidão que as alternativas políticas revelam pelo controlo do universo informativo, seja pela força do poder económico público ou do privado. O país, do mais influente ao mais humilde meio de comunicação, está cheio de tristes exemplos de clientelismo, subserviência e prepotências multicores, para fazerem vingar opiniões... e quem se incomoda...

Na discussão presente, uns apenas quiseram ir mais longe e a mobilização das virgens não deve toldar a visão democrática e a vigilância das suas forças.


Luis Alexandre

Algarve convida-o para ver ALLGARVE'10



Allgarve 2010: Estreia com Amália Hoje

O concerto do colectivo português acontece a 20 de Fevereiro, no Centro de Congressos do Arade (Lagoa), e será apenas um dos momentos de abertura deste evento de experiências que marcam. Em palco, Sónia Tavares e Nuno Gonçalves, dos The Gift, Fernando Ribeiro, dos Moonspell, e Paulo Praça vão reinventar os fados de Amália Rodrigues com sonoridades pop, fazendo-se acompanhar do coro de vozes com quem gravaram o álbum de tripla platina «Amália Hoje», que liderou durante semanas as tabelas de vendas em Portugal com o single «Gaivota».

O concerto – que começará às 21h30 com bilhetes ao preço único de 10 euros – é apenas um dos momentos altos do programa da inauguração oficial.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PRESIDENTE DA CMA MANDA FORUM À JUDICIÁRIA



Desidério Silva, presidente da C. M. de Albufeira, que se julga a estrela mais cintilante deste concelho, no pleno uso das suas faculdades cognitivas, decidiu apresentar queixa no Ministério Público, sentindo-se ofendido pelo desejo de uma parte da população não o desejar como dirigente máximo da autarquia, tendo retratado a ideia de forma simbólica, apenas como expressão política, a levar um chuto no cu.

Tal figura de expressão prosaica, incomodou a reverência, que para além de lhe dar visão pública em sessão de Câmara, tendo merecido resposta, resolveu passá-la a queixa, vendo no comentário político razões de incómodo para a sua segurança física, confundindo com a insegurança política que lhe queremos causar, pela sua má gestão.

Este arauto, que provou ter a sua própria visão de democracia, aliás, dentro da linha das queixas do PSD, de asfixia democrática e da possibilidade, se for necessário, suspender a democracia, põe os serviços públicos em desperdício de tempo com os seus medos e fantasmas, que só ele saberá se são de consciência.

Todas as acusações políticas que lhe foram dirigidas na condução dos destinos e dinheiros do concelho, não lhe merecem preocupação e de todos os postes publicados no blogue do FORUM ALBUFEIRA, só o do chuto no cu o preocupa.

A nós, preocupa-nos os 10 milhões que assinou com legalidade duvidosa para a empresa dos lixos, os milhões derretidos no Polis, num desperdício sem precedentes e outras "brincadeiras" dispendiosas que já estão na História do concelho e que um dia poderão ser alvo de outras apreciações e diligências.

Desidério Silva, não se dá conta da forma como expôs a sua formação interior, supondo-se um deus, usando o seu cargo público para se fingir ofendido e com a ridícula acusação pretender atingir o trabalho de cidadania do FORUM ALBUFEIRA.

O FORUM ALBUFEIRA, que não alimenta palhaçadas, prestou as suas declarações na Judiciária de Faro e lamenta não ter sido considerado arguido, para podermos defrontar a outro nível de visibilidade, e só por isso, porque os dinheiros e serviços públicos não deveriam ser usados para interpretações mesquinhas, as duas correntes de opinião sobre liberdade de expressão e gestão autárquica séria.

Fica o apelo, promova uma acção em Tribunal, pelo post dos 50.000 euros para um dia de trabalho de retroescavadora...


FORUM ALBUFEIRA

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O TAL PAVILHÃO…


Como de uma maneira quase geral no resto do país, em Albufeira, está para nascer o dia em que uma obra pública municipal cumpra os prazos e orçamentos aprovados pelo executivo.

Este é o tal pavilhão que a autarquia contratou por mais 250.000 euros para estar pronto antes das eleições autárquicas de Outubro do ano passado.

A falta de cumprimento do prazo acabou por não afectar a imagem do reeleito presidente, que passa incólume tudo o que faz e não funciona, até porque ninguém o incomodou no período eleitoral, com destaque para o seu rival do PS, que na votação de prorrogação de prazo, já tem voz para votar contra.

Em plena campanha eleitoral, a dupla Desidério Silva/Carlos Silva e Sousa, sem darem explicações pelos atrasos da construção e como não podiam perder esta muleta, realizaram uma visita propagandística com a imprensa que, como sempre, não faz perguntas incómodas e se limita às fotografias das proeminências.

Na ocasião não se ouviram quaisquer protestos, nem no tempo que intermediou até à nova data de conclusão.

Agora só falta aguardar pela declaração de fim de obra e os seus números finais, para podermos fazer raciocínios sobre mais este sucesso camarário.


FORUM ALBUFEIRA


= OBRAS MUNICIPAIS – EMPREITADA DE CONSTRUÇÃO DO PAVILHÃO GIMNO-DESPORTIVO DE ALBUFEIRA, INCLUINDO ARRANJOS EXTERIORES – PLANOS DE TRABALHOS E DE PAGAMENTOS, PRORROGAÇÃO DO PRAZO – INFORMAÇÃO =

Entregue que foi, pela empresa executora desta empreitada, uma carta, com data de quinze de Agosto último, pela qual solicita uma prorrogação legal do prazo de conclusão da obra até ao dia vinte e nove de Janeiro corrente, bem como a aprovação do novo plano de trabalhos, plano de pagamentos, cronograma financeiro, mapa de equipamentos, e carga de mão de obra, foi a mesma apresentada, instruída com um parecer da empresa fiscalizadora da obra, documento que se dá por integralmente transcrito e do qual fica uma cópia arquivada na pasta de documentos referentes à presente reunião, e com uma informação, com origem na Divisão de Edifícios e Equipamentos, que também aqui se dá por integralmente transcrita e da qual fica uma cópia arquivada na pasta de documentos respeitantes à presente reunião, e que, em conclusão refere o seguinte:-----------------

“Face ao exposto: com base na alínea a) e b) do n.º 3 do artigo 151.º do Decreto-Lei 59/99 de 2 de Março, propõem-se, pela presente informação, que se conceda à Telhabel uma prorrogação legal do prazo da empreitada de 75 dias (até ao dia 18 de Janeiro de 2010) e uma prorrogação graciosa ao abrigo do do artigo 13.º do Decreto-Lei 6/2004 do prazo da empreitada de 11 dias – abonando ao empreiteiro o facto de que se mostra compenetrado e decidido a acabar a obra -, ficando o prazo da conclusão da obra para a data de 29 de Janeiro de 2010 e que se aprovem o plano de trabalhos e de pagamentos anexos ao requerimento do empreiteiro de 21 de Agosto de 2009 corrigidos através do aditamento com guia de entrega por parte da fiscalização com data de 27/11/2009.”----

Foi deliberado, por maioria, tendo em conta e nos termos da informação, aprovar o novo plano de trabalhos e de pagamentos da empreitada.------------------------------------------

Mais se deliberou conceder uma prorrogação legal do prazo para conclusão da obra de setenta e cinco dias, e uma prorrogação graciosa de onze dias.--------------------------------

Votação: votaram no sentido da deliberação o Senhor Presidente, o Senhor Vice-Presidente e os Senhores Vereadores Marlene Silva, Carlos Quintino e José Sequeira; votou contra o Senhor Vereador David Martins que declarou que a sua discordância está relacionada com o facto de se recorrer com bastante regularidade às prorrogações de prazos, o que contraria os critérios praticados aquando da análise das propostas, os quais valorizam bastante o factor prazo de execução da obra.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

FURACÃO DESEMPREGO




A região do Algarve, a mais castigada pelas consequências da crise que abala a economia nacional, com destaque para a mais elevada percentagem de desemprego, está a ser varrida por dois factos distintos, com epicentros em Silves e Faro.

De uma assentada, se não houver uma intervenção concertada e de elevado sentido de responsabilidade das entidades públicas e privadas envolvidas, poderemos ver os números do desemprego acrescentados de 500 e 160 trabalhadores.

No concelho de Silves, sede da cooperativa ALICOOP e da sua associada ALISUPER, empresa que acumulou um passivo considerável e completamente alheio à responsabilidade dos trabalhadores, o conjunto das entidades credoras não se entendem quanto à recuperação da empresa.

Dizem os trabalhadores e o seu principal administrador, curiosamente presidente da Confederação do Comércio e responsável pelos resultados da má gestão, que a CGD, Banco público, não quer participar no financiamento do plano de recuperação apresentado por uma empresa especialista e em cujos honorários participou.

Tratando-se de um Banco do Estado e se a exequibilidade do plano não foi posta em causa, não vemos razão para se empurrarem 500 pessoas e famílias para a responsabilidade pública, noutra disciplina e noutro Ministério.

Em Faro, o caso tem contornos diferentes, porque se trata de uma entidade pública, a Câmara Municipal.

A entrada de um novo presidente, velha raposa das questões públicas, que concorreu no conhecimento do lastimável estado das finanças e que em momento nenhum se referiu a despedimentos de funcionários, resolveu encetar a recuperação começando pelas pessoas.

Cento e sessenta funcionários a termo certo, num momento de grandes aflições sociais, estão sob a ameaça de saída dos seus lugares de sustento.

Nem o argumento repetido do aumento de efectivos por clientelismo, que não se resume a Faro, justifica a intenção e o momento escolhido para reorganizar os serviços camarários, pondo as razões economicistas acima das necessidades destas pessoas.

É inaceitável, que um presidente de Câmara parta para uma solução desta natureza e tenha criado o alarme social, sem ter esgotado todas as possibilidades de salvaguardar os postos de trabalho.

Tendo sido anunciado no Algarve, um plano nacional de apoio ao emprego, os responsáveis políticos da região e o presidente da Câmara de Faro, têm a responsabilidade de encontrarem as soluções adequadas que garantam o emprego e a dignidade dos trabalhadores em causa.


Luis Alexandre

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

BOTA E FREITAS DÃO UM TOQUE AO CARNAVAL DO OE


A nível do Algarve, nos intervalos dos Carnavais de Inverno e de Verão, a política encarrega-se de manter a animação.

A propósito do OE e da forma natural como este continua a atropelar os interesses do Algarve, assistimos a reacções diferentes dos dirigentes regionais, sempre em consonância com as visões respaldadas das cores partidárias.

Miguel Freitas, que não consegue surpreender ninguém e já “jurou” que vai para o fundo com o barco, foi o primeiro a debitar considerações envergonhadamente satisfeitas, assim num estilo de máximo possível, sobre os números vergonhosos que varreram o Algarve.

Para ele, as contradições estão na ordem dos factores e na forma de apresentação. Vai propor “um documento que sintetize total de investimentos”, porque eventualmente não percebe o que todos os algarvios já perceberam: “a ostracisação do Algarve é para continuar”.

Digamos que fez o seu papel, no estilo a que já nos habituou, de incondicional ao serviço dos superiores interesses do partido para o país, instrumentalizando por conveniência as suas partes.

Mendes Bota, sub-chefe em condição de representação parlamentar e chefe da oposição na região, está desgostoso com o Orçamento no que toca ao Algarve, porque o resto, de o PSD nacional estar contra e tencionar aprová-lo, é com a avozinha.

Mendes Bota sufragou a sua “revolta” no interior da direcção distrital, a qual se decidiu pela coragem de pedir autorização para votar contra o OE.

Numa situação de impotência, em nada diferente de outras do passado, vem esta mascarada para consumo dos foliões algarvios. Este papel de Tarzan da tanga, funciona mais para dentro do partido, irritando a Dra. Manuela e o cavaquismo, do que revela bom senso e verdadeira defesa dos interesses dos algarvios.

A política de desprezo para com as expectativas da região, trespassaram todos os Governos da III República e nunca se viu determinação de gerações de políticos locais e dos continuadores Freitas, Botas e companhias. O último facto que está na memória, foi a condição de segundas vozes nos votos algarvios, retirando a força e a homogeneidade que a região deveria gerir na AR.

Muitos anos ao lado das políticas centralistas e de desconsideração para com o Algarve, aparando todos os golpes em silêncio, como podem ter crédito nas suas “censuras”?

O Algarve precisa de gente que o sirva e não dos que se servem. Até quando?


FORUM ALBUFEIRA

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Texto corrigido em função das últimas notícias...

O OE DA NOSSA SALVAÇÃO?


O país assiste com atenção e medo, a mais uma manobra política de base consensual, o OE, que pretende substituir os sentimentos de crise, pela ansiedade da sua suposta solução.

Os políticos da nossa praça, em estado de “inocência política e intelectual”, os mesmos que em 2008 viviam no “desconhecimento” do que se passava nas profundezas do sistema financeiro, desdobram-se em negociações, acordos sem concordar e conferências para encontrarem a paz política e as referências para o convencimento da população.

Depois de um Orçamento estrategicamente montado em 2009, segredado pelos burocratas europeus e apelidado de combate à crise e incentivos à economia, com a clara intenção de evitar o descrédito no sistema e nas suas instituições, os seguintes, farão forçosamente a cobrança.

O Orçamento de 2009 cumpriu o papel essencial de financiar aqueles sectores vitais de penetração e sustentação do poder do grande capital especulador, o mesmo que chantageia por todas as formas o actual momento de decisão, pressionando a estratégia do Governo, que faz uma leitura de que, para 2010, não estão reunidas as condições para levar a recuperação tão a fundo, como é exigido.

A chamada desilusão dos mercados internacionais e dos seus agentes de rating, com intromissão descarada e consentida nos assuntos internos do país, são parte da estratégia de preparação de eventuais medidas extraordinárias e da inevitável sobrecarga das que nos esperam até 2013.

Por outro lado, estes agentes de rating, subsidiários do capital especulador, que não dizem que não se deve emprestar dinheiro a Portugal, ganham a vantagem de fazerem lucrar os seus patrões, elevando os custos do serviço da dívida.

Na análise fria do estado do país, o que se manifesta uma evidência, é a desestruturação e dependência da nossa economia, incapaz de resistir às tempestades de saturação dos mercados e consequente “desaparecimento” do dinheiro.

É escusado falar dos ideais europeus, da construção europeia, que no fundo vamos percebendo, consistiam em fazer de Portugal um espaço de consumo, de preferência importado e dividido entre uma franja que trabalha barato e, outra, que se dedica a receber bem.

Quando as depressões sobrevêm e a racionalização passa a palavra de ordem, o sofrimento abate-se sobre os países que já foram “bons exemplos de crescimento”. Florescia o investimento estrangeiro, no aproveitamento dos fundos comunitários e outras mordomias, que desaparecem à primeira oportunidade. Os países da faixa mediterrânica e a Irlanda, historicamente mais débeis, foram e serão os mais afectados e usados.

Ao Portugal engodado, dizem-lhe que falhou. Os velhos amigos, o FMI, os Bancos Mundial e Europeu e outros algozes, estão de volta para castigar o mau aluno.

O OE e os políticos que o fabricam, em obediência a outros interesses que não os nossos, voltam a punir o país, paralisam o investimento, envelhecem as estruturas, abandonam o tecido produtivo de base nacional e exportador, sobem impostos, minguam ainda mais o poder de compra e a qualidade de vida e falam de projectos colossais, cuja incorporação de tecnologias e serviços nacionais são mínimos, provocando uma hemorragia de dinheiros emprestados que voltam para as mãos dos credores com grande valor acrescentado.

Nestes dias, o povo português assiste indefeso e inocente, a um conjunto de encenações para mais um filme de terror que lhe caberá pagar.

O Algarve, como parte do país adiado e com as suas estruturas servilistas, não poderia esperar outra atitude de Lisboa, quanto ao pouco peso que tem no OE. Custa muito a perceber?

Quanto ao “protesto” do PSD regional… será que o primeiro dos deputados também vai votar contra?

Luis Alexandre

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O OE DA NOSSA SALVAÇÃO?


O país assiste com atenção e medo, a mais uma manobra política de base consensual, o OE, que pretende substituir os sentimentos de crise, pela ansiedade da sua suposta solução.

Os políticos da nossa praça, em estado de “inocência política e intelectual”, os mesmos que em 2008 viviam no “desconhecimento” do que se passava nas profundezas do sistema financeiro, desdobram-se em negociações, acordos sem concordar e conferências para encontrarem a paz política e as referências para o convencimento da população.

Depois de um Orçamento estrategicamente montado em 2009, segredado pelos burocratas europeus e apelidado de combate à crise e incentivos à economia, com a clara intenção de evitar o descrédito no sistema e nas suas instituições, os seguintes, farão forçosamente a cobrança.

O Orçamento de 2009 cumpriu o papel essencial de financiar aqueles sectores vitais de penetração e sustentação do poder do grande capital especulador e, o de 2010, não tem reunidas as condições para encetar a recuperação a fundo.

A chamada desilusão dos mercados internacionais e dos seus agentes de rating, são parte da estratégia de preparação de eventuais medidas extraordinárias e da inevitável sobrecarga das que nos esperam até 2013.

Por outro lado, estes agentes de rating, subsidiários do capital especulador, que não dizem que não se deve emprestar dinheiro a Portugal, ganham a vantagem de fazerem lucrar os seus patrões, elevando os custos do serviço da dívida.

Na análise fria do estado do país, o que se manifesta uma evidência, é a desestruturação e dependência da nossa economia, incapaz de resistir às tempestades de saturação dos mercados e consequente “desaparecimento” do dinheiro.

É escusado falar dos ideais europeus, da construção europeia, que no fundo vamos percebendo, consistiam em fazer de Portugal um espaço de consumo, de preferência importado e dividido entre uma franja que trabalha barato e, outra, que se dedica a receber bem.

Quando as depressões sobrevêm e a racionalização passa a palavra de ordem, o sofrimento abate-se sobre os países que já foram “bons exemplos de crescimento”. Florescia o investimento estrangeiro, no aproveitamento dos fundos comunitários e outras mordomias, que desaparecem à primeira oportunidade. Os países da faixa mediterrânica e a Irlanda, historicamente mais débeis, foram e serão os mais afectados e usados.

Ao Portugal engodado, dizem-lhe que falhou. Os velhos amigos, o FMI, os Bancos Mundial e Europeu e outros algozes, estão de volta para castigar o mau aluno.

O OE e os políticos que o fabricam, em obediência a outros interesses que não os nossos, voltam a punir o país, paralisam o investimento, envelhecem as estruturas, abandonam o tecido produtivo de base nacional e exportador, sobem impostos, minguam ainda mais o poder de compra e a qualidade de vida e falam de projectos colossais, cuja incorporação de tecnologias e serviços nacionais são mínimos, provocando uma hemorragia de dinheiros emprestados que voltam para as mãos dos credores com grande valor acrescentado.

O Algarve, como parte do país adiado e com as suas estruturas servilistas, não poderia esperar outra atitude de Lisboa, quanto ao pouco peso que tem no OE. Custa muito a perceber?

Quanto ao “protesto” do PSD regional… será que o primeiro dos deputados também vai votar contra?

Luis Alexandre

MAIS BATATAS QUENTES...





Será que o mar também não gosta do elevador pendurado na falésia?

Vamos aguardar pela brilhante solução para este "azar"!



FORUM ALBUFEIRA

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A BATATA QUENTE



Exemplo das execuções do programa Polis/Câmara


A grande oportunidade perdida de operar transformações de fundo no centro de Albufeira, que dá pelo nome de Programa Polis/Governo PS/Câmara, ainda se arrasta nos gabinetes, em completo desespero de causa, quanto à entrega das obras.

O lançamento deste Programa foi feito por José Sócrates, na qualidade de ministro do Ambiente, que não se coibiu de exaltar a enorme capacidade do investimento na mudança e valorização da imagem da cidade de Albufeira.

No entusiasmo do discurso, de entre todos os projectos, elegeu a construção do Parque Verde de Valmangude o de maior relevância, porque, para além da fruição do primeiro espaço verde digno desse nome, seria erguido um centro de monitorização ambiental, para a educação das futuras gerações. Só ficou a promessa.

O Programa Polis resultou de uma parceria entre o Estado e a Câmara Municipal, com lugares no Conselho de Administração e pertencendo-lhes a responsabilidade política, sendo o planeamento e controlo técnico entregue à Parque-Expo.

O Programa começou tarde e prolongou-se para além do tempo estimado, tendo o seu Conselho de Administração terminado funções em fins de 2007 mas, a Comissão Administrativa criada ainda lançou obras de recurso, para além do programado e apenas para corrigir as decisões inadequadas quanto à exiguidade das tubagens, responsáveis pelas várias inundações ocorridas posteriormente.

Todas as iniciativas decorreram com sobressaltos, não acabando nenhuma nos prazos estabelecidos. As opções estéticas feriram os sentimentos da população, pela forma abusiva como descaracterizaram traços históricos, pela inadequação de materiais, pelos transtornos causados pelos atrasos e pela má qualidade das execuções.

Caminhando pelo perímetro do conjunto do Programa, são visíveis as anomalias que representam o malbaratar dos dinheiros públicos e a necessidade de voltar a intervir. A entrega das obras para a posse da Câmara, conforme o que está contratualizado, pressupõe o seu fim e bom estado.

E aqui reside o problema actual, que pela gravidade das contradições instaladas, está a ser gerido fora das atenções da população. De um lado, o Polis e o presidente da Câmara, interessados em se desembaraçarem do peso e, do outro, a desconfiança dos técnicos camarários, conhecedores das irregularidades e sobre quem impendem as responsabilidades das decisões finais.

Esta grande operação de cosmética, cuja estética e resultados práticos são uma desilusão, teve uma previsão de 47,5 milhões de euros, foi reconhecido há meses ter ultrapassado os 60, desconhecendo-se os números reais das derrapagens.

O que facilmente se pode constatar, é o embaraço que este Programa continua a produzir, ao ponto de nenhum dos partidos e individualidades o terem usado na propaganda eleitoral, no lote das suas habituais façanhas.

O facto de, no futuro, haver lugar a vultuosos investimentos para reposição de muitas patologias ou outras intervenções adicionais e inevitáveis, que implicarão muitos recursos financeiros, não é de todo justo que a autarquia fique com essa carga, devendo o Governo da República participar na sua proporção de responsabilidade.

Também a má gestão do Programa e as suas envolventes técnicas e financeiras, deveriam ser alvo de rigorosa investigação das entidades competentes, onde destacamos o Ministério Público de Albufeira. A população e a transparência agradecem.


FORUM ALBUFEIRA