quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

NO CONTROLAR É QUE ESTÁ O GANHO





As contradições sociais e a luta política em torno dos meios de comunicação, geram correntes de opinião que se degladiam e exprimem por todos os meios possíveis e, ao contrário da ditadura que sonegava a cultura e a informação, a democracia parlamentar burguesa precisa de extravasar o turbilhão de compêndios, rodeando e influenciando o que se chamam as bases sociais de apoio.


O desenvolvimento imparável dos instrumentos da sociedade de informação passou a fase da necessidade para ser uma procura constante, para a venda de produtos e ideias, sobre as quais assentam as conquistas e a supremacia.

As tentativas de controle dos meios de comunicação são tão velhas como a História e se no passado se controlava uma estrada por que a vida e os valores passavam por ali, hoje, as estradas multiplicaram-se e nenhum indivíduo, empresa, partido e instituição, vive sem os cuidados estruturais da imagem e do poder de influência.

As acusações de manobrismo e agravamento das intenções do poder em controlar os meios de comunicação, através de planos urdidos bem alto, são mais um reflexo da fraqueza de uns contra outros na luta pelo poder, do que uma verdade que os incomode.

O passado recente do nosso país no pós 25 de Abril, mostrou à saciedade que a actividade subterrânea para a influência e controlo de todas as formas de comunicação foi uma constante e já teve várias acusações e crises.

A democracia parlamentar burguesa e os seus componentes, lutam linha a linha, imagem a imagem, euro a euro, pelo espaço que influencia o dia a dia dos cidadãos e nenhum deles passa sem o Jornal das Oito onde o problema está nos pivots e perguntas certas. A importância da comunicação atingiu dimensões que Portugal até criou um partido televisivo, bolsa de reservas do descontentamento temporário de camadas da população.

No salazarismo/marcelismo imperava a mordaça e a proibição e, no novo regime, querem-se os cidadãos, sobretudo os que votam, estimulados a acompanharem e absorverem as mensagens enviadas.

Num ponto pusemo-nos todos de acordo, governantes e governados, que a universalidade da informação é irreversível, estando as diferenças nos fins da sua utilização. Contudo, o problema continua a estar do lado do poder, que ao formar objectivos menos claros, certamente terá as devidas respostas.

A modernidade tecnológica e a globalização derrubaram fronteiras e criaram problemas alargados a quem tem algo para esconder, dando, por outro lado, vantagens às correntes de opinião livre que hoje convocam manifestações, influenciam candidatos a qualquer coisa e decisões.

Factos indesmentíveis, são o permanente apetite e até a sofreguidão que as alternativas políticas revelam pelo controlo do universo informativo, seja pela força do poder económico público ou do privado. O país, do mais influente ao mais humilde meio de comunicação, está cheio de tristes exemplos de clientelismo, subserviência e prepotências multicores, para fazerem vingar opiniões... e quem se incomoda...

Na discussão presente, uns apenas quiseram ir mais longe e a mobilização das virgens não deve toldar a visão democrática e a vigilância das suas forças.


Luis Alexandre

1 comentário:

Anónimo disse...

este blogue também pratica a censura,porque só publica os comentários depois de os ler analisar censurar, o que não acontece com blogues verdadeiramente livres que instantaneamente publicam os comentarios dos leitores dos trabalhos dos jornalistas sem aplicar a censura, de certeza que isto não vai sair neste blogue censuravel