terça-feira, 20 de julho de 2010

O enteado das manobras




O ponta de lança Miguel Freitas, em mais um dos seus suspiros de sobrevivência na arte política do engano, esfarrapa-se a esconder a agonia de um Governo que esta região e o país não querem.

Com a polémica das cobranças nas SCUT ao rubro e um país revoltado no continuado desacerto das lideranças que nos afundam e envergonham, o malabarismo saltou da queixa à UE, deixa para trás a ameaça das Estradas de Portugal estar em rotura para se concentrar no pontapé de saída do visto prévio do Tribunal de Contas sobre o começo das obras na EN125, que acaba por deixar imperceptíveis se as razões tiveram solução justa, surgindo em trombetas de desenvolvimento do Algarve na intenção de calar o descontentamento.

Na sua brilhante tirada, em que o desplante ultrapassa mais uma vez a razão, Miguel Freitas, salta a terreiro com frases de encantamento dos contribuintes algarvios, que ele julgará seus representados pela mestria do voto, ditando que: “este é um primeiro passo para resolver o défice da região em matéria de mobilidade e transportes”, para rematar que a requalificação da EN125 é “uma obra estratégica para a dinamização da economia regional e para a criação de mais 3000 postos de trabalho”.

Como político que sabe o que o motiva, apruma a pontaria sobre a reconhecida importância das obras na absorção dos desempregados e algum alento nas empresas paralisadas da área da construção e, até tem a coragem de afirmar, sem varinha mágica, que serão 3000 pessoas que vão encontrar a alegria da produção. Oxalá fossem, mas para além das dúvidas, saberá também quantificar as que poderão perder o emprego por via das quebras na economia com a introdução de custos na mobilidade pelo uso da Via do Infante?

Nas suas declarações ao OdA, explicitou que esta é uma “obra fundamental” e um dos principais compromissos do seu partido para com o Algarve. Esta é uma verdade tão insofismável como aquela em que, anos atrás, também em compromisso eleitoral, foi prometido não haver portagens por razões estratégicas de desenvolvimento e única via de comunicação digna desse nome.

Em tom de elevação final, para terminar em beleza as declarações, Miguel Freitas explodiu a ideia da criação imediata (!?) de uma Entidade Regional de Transportes, que elabore um plano de mobilidade para a região, “para assegurar bons transportes públicos que constituam uma alternativa à utilização do automóvel”!

Não restam dúvidas que em política vale tudo, mesmo continuar a reduzir os algarvios à condição de imberbes, de que a inactividade, a falta de ideias e de coragem de longos anos, se vai resolver com o discurso da treta, só para nos assaltarem os bolsos se quisermos viajar na única estrada a sério que o Algarve tem.


Luis Alexandre

4 comentários:

Anónimo disse...

Dizem que a malta da noite foi avisada e bem para baixarem o som, será verdade?
Dizem que a tolerancia para com os bares é zero a partir de agora, será verdade?
Dizem que muito boa gente, daquela que gosta de Albufeira e entende que isto está totalmente descontrolado em termos de ruido pressiona quem de direito para acabar com esta algazarra, será verdade?
Acho que sim.
Aguarda-se para breve noticias.

Anónimo disse...

perguntem ao joao do cais velho'
A asae ai em força em albufeira

força manos estamos com vcs acabe-se de uma vez com esta bandalheira

Anónimo disse...

perguntem ao joao do cais velho'
A asae ai em força em albufeira

força manos estamos com vcs acabe-se de uma vez com esta bandalheira

CIDADÃO disse...

A ASAE,deveria não só inspecionar os restaurantes,mas tambem os bares.Há bares a não cumprirem a lei,nem a do ruido como a da pribição de venda de bebidas alcoólicas a menores.É um farta a vilanagem.