terça-feira, 13 de julho de 2010

A carta que faltava…




O Governo e o PSD, em qualquer questão política, não dispensam qualquer carta a jogo e os truques possíveis. A carta do momento escreveu-a o homem das estradas, Almerindo Marques e, um dos truques, consiste na ocasião em que descobriu os cofres vazios, da instituição que gere por nomeação governamental.

Depois da derrota do dia 1 de Julho, o Governo PS precisava de lavar a cara quanto às suas incongruências e daí ter lembrado ao presidente de uma empresa pública, especificamente a que canaliza os dinheiros para os contratos das SCUT, recomendando-lhe em solidariedade oportuna, que contasse ao país a miséria em que se encontra.

Com as desavenças públicas entre as duas principais jarras do altar do PEC, na sua forma de namoro negociado e temporizado, a questão urgente da cobrança das portagens, tem andado no pára arranca da controvérsia das bocas e dos amuos e acaba por desorientar os chefes de fila das regiões atingidas, que se contorcem para ajudar nos objectivos patrióticos.

No Algarve, já o havíamos afirmado, os chefes de linha há muito que se concertaram na estratégia da requalificação da EN 125, como condição para deixarem cair a contestação das portagens na Via do Infante, não importando o que ficou afirmado para trás.

Macário Correia, presidente da CIA/AMAL e da Câmara de Faro, já esclareceu a sua posição neste sentido, Miguel Freitas sempre lá esteve, Mendes Bota resguarda-se e o futuro líder regional do PSD deixa o assunto com os outros.

De passagem pelas menoridades políticas regionais, pelo lado do PS, não se sabe se Manuel da Luz já começou a escrever o texto da providência cautelar para o qual não poderá contar com a assinatura do presidente de Olhão, Francisco Leal, que já disse aceitar se houver imposição.

Do lado do PSD, com as sondagens no positivo e tantas personalidades injustiçadas no protagonismo, reina um novo silêncio com cheiro a poder, substituindo o da pólvora seca.

O que podemos concluir do falatório superficial e alinhado, que envolve figuras do empresariado algarvio, é que, perante a ausência de um movimento independente de cidadãos, as portagens serão uma realidade que terá de ser contabilizada na fragilizada economia regional.

Quanto aos outros partidos, os conhecidos revolucionários… parlamentares, têm mais um motivo para arrastar na agenda das lamúrias de que tentaram.

As direcções nacionais de PS e PSD, já saíram dos alinhavos do conchavo e terão, no conforto dos canais internos, passado as linhas mestras da nova estratégia vencedora, agora com o reforço da assinatura do enorme buraco das Estradas de Portugal.

A teoria do caos costuma resultar e a carta com assinatura legível do Almerindo, de porte a bom grado a pagar no destino, que desinteressadamente a tornou pública, veio levantar todas as dúvidas sobre a capacidade do IPE nas suas tarefas que podem comprometer a segurança e investimentos na rede nacional de estradas, numa forma de procurar o confronto e divisão da opinião pública, considerada necessária para o sucesso da imposição das portagens.

Os próximos tempos não se adivinham fáceis entre cobradores, pagadores e aqueles que perfilam a dualidade de posições.


Forum Albufeira

1 comentário:

Anónimo disse...

O que estavamos à espera, que eles não viessem buscar dinheiro ao Algarve?Eu pagava era para saber o que faz os politicos de cá debaixo não piarem mais?

carlos