segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A pressa de chegar…


A crónica de Desidério Silva no “CM” de sábado passado sobre o próximo Orçamento do Estado, é mais um salto de hipocrisia política, num ensaio de candidato a candidato e numa atitude de obediência à confusão política que norteia a condução do PSD no assalto ao poder.

Presenteia-nos o cronista com uma aberrante lamúria sobre o desastre do OE no tratamento das verbas a deslocar para as autarquias, crucificando o velho parceiro instalado no Governo, pela inveja do seu partido em trocar de posições.

Face à grave crise criada e acobertada nas más políticas que sempre dirigiram o país, divididas e aplicadas em primeira instância por PS e PSD e apadrinhadas pelos partidos das migalhas, o confronto político resume-se aos meios e profundidade das medidas para a debelar e que já tiveram consensos nos PEC I e II.

O PSD de Passos Coelho e do discípulo Desidério Silva se fossem poder, iriam mais longe na gravidade do pacote de medidas e no coartar das liberdades democráticas, como ensaiaram na proposta de revisão constitucional.

O escarcéu político do PSD põe a nu a ansiedade e a nebulosidade de ideias que domina as novas hostes de comando, nas quais se insere o sôfrego peão e presidente de Câmara de Albufeira, a qual quer ver pelas costas para abraçar novas e fulgurantes tarefas de mediação de alguns interesses que o abraçam, precisando de mostrar serviço em apoio regional para com as propostas de saltos e sobressaltos de quem lhe fez promessas.

O PSD está com as medidas de escravização do trabalho para salvar as finanças do país que desprotegeram e, eventualmente, seguiria passos diferentes do seu aliado no Governo, para os mesmos fins.

Desidério Silva precisa de encenar a desgraça junto das populações locais, não lhes mostrando qualquer solidariedade para com as desgraças que o seu partido vem assinando e pretendendo apenas justificar o incumprimento de promessas aos seus eleitores.

No tempo das vacas gordas foi fartar vilanagem de despesas supérfluas, gastavam-se 200 mil euros para um dia de passeio dos professores na frente de costa, pagava-se, sem que alguém da oposição pegasse no assunto, 50 mil euros por um dia de máquina a um amigo do peito da autarquia, quiseram forçar 10 milhões para os bolsos de outro amigo, os Cavacos SA, e outras manigâncias de folclore despesista.

E se lhe juntarmos as derrapagens várias das obras autárquicas, as paragens de obras, os contratos pagos e não cumpridos, o banquete do Polis, estamos a falar de muitos milhões malbaratados que deveriam ser alvo de outros juízos… e não só eleitorais.

E se o dinheiro não vem do Orçamento, terá de ser arrancado dos bolsos dos contribuintes… com os aumentos tarifários locais já iniciados…

FORUM ALBUFEIRA

1 comentário:

Anónimo disse...

O poder cega! O PSD está no caminho da cegueira. O PS está cego e com a aflição, pois claro, os trabalhadores que se desfaçam em dinheiro para a falta de vista dos outros. O sr Desiderio só vê o tacho de deputado? Claro, é bom sair antes de tempo, dá estilo e deixa o caminho para quem ele quer. O truque é mais que velho e seré que tudo vai dar certo? Desiderio não conta para nada no partido e nem escrever nesse jornal traz mais calorias para quem lhe dá recados. Metam isso na cabeça, fora dos amigos de Albufeira o homem é zero!!!!!
Ás de copas