domingo, 3 de outubro de 2010

As portagens estão em boas mãos…


Ao fim de muitos despistes, aparentemente sem consequências, o Governo PS, policiado pelo seu parceiro natural de condução, o PSD, determinou-se na fixação de datas para impor a vontade de fazer milhões em nome do interesse público, quando em nome desse mesmo interesse, nada fez para criar as alternativas prometidas às populações.

Até aqui nada espanta, porque nada fugiu do estilo de fazer política a que nos habituaram as direcções partidárias, ficando a parte mais grave da encenação para os políticos regionais, que num espaço de 6 anos e sem que os cenários regionais tivessem mudado, porque pelo contrário agravaram-se, estes receberam novas indicações no GPS que os levam a mudanças de direcção nas opiniões.

O aparecimento de uma comissão de utentes proveniente das redes sociais, com um GPS oferecido pelo BE, veio intranquilizar as autoridades regionais, que davam o jogo por ganho, com data efectiva para 15 de Abril e engodada em absolvições temporárias de pagamento para residentes e empresas.

A AMAL e a sua frota vão reunir-se para voltar a decidir a orientação perdida e, os dois chefes a sul das tribos que concertaram as portagens, dividem-se verbalmente na unidade, dizendo Miguel Freitas que não se revê na tal comissão, como está ao lado dos superiores interesses do país e, Mendes Bota, que perdendo a noção das horas que andou a buzinar e tudo o que afirmou no passado, prefere, de consciência sempre tranquila, ficar preso a uma decisão da reunião marcada para esta segunda-feira.

Um tem o álibi dos superiores interesses do país e a chancela da UE, que de forma muito preocupada desvalorizou as suas queixinhas, dando razão à decisão do Governo de somar dividendos e, o outro, espera que a estrutura dominada pelos dois partidos, com declarações avulsas do presidente e outros membros, encontrem uma linguagem politicamente correcta, próxima do descontentamento por terem de aceitar uma imposição.

O toque a rebate nacional à volta das finanças do país, que impõem à política vigente a lucidez das receitas, sem que nenhum partido do regime negue esta evidência, divergindo nos pormenores, não deixa grandes margens aos cidadãos descontentes sobre as influências que estes procurarão exercer, variando entre a desmobilização ou instrumentalização dos protestos, pondo em causa os seus anseios.

Protestos que saem à rua a 8 de Outubro pelo país, com um buzinão regional na EN 125 sob a orientação da tal comissão que, ao que parece, ou não tem, ou não se conhece uma agenda própria.

A continuação desta luta e o seu sucesso, que necessariamente terão de ir além de um buzinão sobre a surdez da alargada frente de interesses de PS, PSD e CDS, poderá colocar questões na área da desobediência civil, com acções em pontos estratégicos que causem verdadeiros embaraços políticos, ficando as dúvidas sobre as orientações do GPS inicial, verdadeiramente colado às ilusões e pretensas legalidades do regime portageiro.

As portagens estão mais perto do sinal verde do que do vermelho e as camionetas cheias do justo descontentamento algarvio, não podem tirar os olhos do caminho e do desempenho dos condutores.

Luis Alexandre

(Depois deste texto redigido e apenas porque se sentem ultrapassados, Mendes Bota e a direcção distrital do PSD, criam uma nova faceta de opinião, apelando a uma frente de luta, com a mobilização de todas as forças vivas do Algarve, que atinja a intensidade de 2004 e reclama que seja a AMAL a dar o mote. Isto está a quecer!)

3 comentários:

alex bibi disse...

os Peses (PS) do Algarve não se metem nestas coisas com medo de o egenheirozito ficar zangado

Anónimo disse...

vamos todos lutar pelo algarve ,as portagens são roubo aos algarvios, sexta todos lá na estrada a fzer barulho mas queremos mais até ganharmos a luta.

carlos

Albufeirense disse...

Quem não quer pagar,na via do infante,que ande pela 125.