quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Portos do Algarve comandados a partir de Sines



Portos do Algarve comandados a partir de Sines


O recém-nomeado administrador-chefe da APS (Administração do Porto de Sines), um tal João Franco, fez declarações públicas de apoio ao controlo dos portos do Algarve (Faro e Portimão), que vão, finalmente, receber obras de desenvolvimento… pelos fins diferentes que desenvolvem.
Depois do ostracismo de anos, onde apenas se destacou a voz de Portimão em reivindicações, por razões de multiplicação de negócios e dividendos públicos e privados repartidos que o desembarque de turistas representa, com o planeado desaparecimento do IPTM, foi esta a solução silenciosa encontrada, de mais uma alfinetada na dependência da região.
O Algarve, que já não recebia reconhecimento em investimentos, também entrega o controlo das suas necessidades. Normalmente, nestas questões explicadas pela História, o que se propõem são remendos de pouco alcance e não uma acção assente em consulta e estudos que dêem dimensão de médio prazo. Aqui entra o silêncio de Faro, onde nunca existiu uma estratégia para a rentabilização do seu porto no contexto alargado da Ria Formosa, a quase todos os níveis e em particular os turísticos. João Franco, não mexeu em estratégia…
Se barcos de médio calado navegam na Ria para fins comerciais, possivelmente debaixo de critérios ambientais acautelados… também os cruzeiros de média dimensão poderiam fazer escala dentro do ecossistema lagunar, oferecendo uma vista diferenciada e a multiplicação de serviços e mais-valias.
Em Faro, pensar, ouvir e agir, nunca estiveram nos planos dos mandantes… e pensamos que estas decisões vão voltar a passar ao lado…

Luís Alexandre

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